Capítulo 134

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Autora narrando

O garoto parecia ainda mais assustado olhando para Lilian, certo, talvez ela não devesse ter dito que o mataria, mesmo assim, ela gostava de por as cartas na mesa e ela estava falando, realmente sério, dependendo do que ela ver, ou ela deixaria ele viver ou o mataria. Ele podia, aliás, ele era um risco para si e para Layla.

Mesmo assim, ela pensou um pouco melhor, ela estava no controle do corpo, mesmo assim, tudo tinha um efeito colateral, era melhor ela parar por ali, pelo menos naquela hora. Ainda tinha que ir dormir, apesar de não ter notado, o seu corpo estava cansado e a única coisa que a sua mente queria era descanso.

Lilian-Por hoje terminamos, mas ainda tenho que ver o que vou fazer com você e com aquele garoto, eu estou aqui a pouco tempo, então não posso simplesmente ficar trazendo pessoas para cá, ainda mais sem avisá-las.

Ivy-Nessa casa tem algum tipo de porão? Eu sei que é meio estranho colocar os convidados lá, mas é melhor do que nada.

Naquilo Lilian concordava com Ivy, o que importava realmente não era sobre o conforto deles, era sobre as garotas, não era apenas por colocar desconhecidos dentro da casa delas, mas sim porquê eles podiam representar perigo para elas.

Um podia ser um humano normal e mesmo que Lilian não tenha sentido nada de ruim vindo dele, ele ainda sim seria uma ameaça e poderia botar tudo a perder. O outro tinha perdido a memória, mas por quanto tempo? Ela poderia voltar a qualquer momento e ele poderia acabar atacando a todos ali.

A garota tocou na testa do rapaz a sua frente e fez o mesmo que tinha feito com o outro, fez com que ele ficasse desacordado. Ela lembrava de Ágata ter comentado sobre um porão, ficava do lado de fora da casa, pra ser mais precisa, atrás da casa.

Ela pegou os dois garotos e os colocou sobre seus ombros e sim, ela era bem mais forte do que aparentava, talvez por ter absorvido um pouco da força das pessoas em que ficou, apenas para poder sobreviver dentro do subconsciente delas.

Ela abriu a porta dos fundos e andou para fora, logo ela avistou um tipo de porta de madeira que ficava no chão, próximo a casa. Ela foi até a mesma e teve que colocar os garotos no chão para poder abrí-la, já que a mesma parecia estar enterrada, ela tentou fazer isso com menos barulho possível e quando finalmente conseguiu abrir, o cheiro de poeira bateu forte e ela teve que fechar os olhos para não entrarem em seus olhos.

Bom, pelo menos não seria ela a estar ali. Pensou.

Ela espirrou algumas vezes e depois de um tempo, olhou para dentro do local, era um breu danado, mas ela pode ver melhor com a visão de lobo, tinha uma escada que levava até o cômodo, ela suspirou pesadamente e primeiramente pegou o humano, desceu as escadas o puxando pelas mesmas sem nenhuma delicadeza. Ele com certeza acordaria com muita dor nas costas, mas quem disse que ela ligava?

Depois de colocá-lo em um local qualquer, foi atrás do outro e o puxou da mesma forma, só que com um pouco mais de cuidado. Ela não tinha porque ser gentil, em toda sua história ela nunca tinha feito aquilo.

Quando ela começou a tentar roubar o controle do corpo de Layla, ela gostou de ver a garota desesperada tentando impedir que aquilo acontecesse, ela apenas não tinha matado, realmente, nenhum daqueles dois, porquê Layla estava a persuadindo, apesar dela estar adormecida, parece que o corpo dela e sua mente, limitam Lilian, ou seja, mesmo que ela quisesse machucar eles, não poderia.

Ela é apenas algum tipo de parasita dentro do corpo de Layla, então tem que agir conforme a garota queira, talvez por isso ela ainda não tenha cometido nada de errado, talvez por aquilo que ela ainda estava se mantendo sobre controle, talvez fosse por aquilo que ela estava se sentindo tão... Humana.

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