Capítulo 148

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Desculpem pelo sumiço, minha rotina mudou completamente e eu ainda não consegui alternar minhas horas de sono, eu durmo com sono, acordo com sono, é uma desgraça, enfim, eu acordo cedo de manhã pra revisar as coisas da minha escola, de tarde eu vou pra escola e quando chego, estou cansada demais pra poder pensar em como vai ser o capítulo, então, a partir de agora, eu provavelmente só vou postar nos fins de semana.

Layla narrando

Ainda continuava chovendo e eu não podia simplesmente voltar para a casa das garotas com esse garoto, também não podia jogar mais um problema nas costas de Caleb e Luke, já bastavam Kaio, Ian e a outra transformada.

Por esses motivos, eu acabei dando meia volta e fui para o lugar mais discreto, na vizinhança onde eu morava antigamente, junto com minha avó e Lucas, não haviam tantos vizinhos, provavelmente as duas casas, tanto do lado esquerdo quanto direito, deviam estar interditadas por causa do incêndio que aconteceu na casa de Luke.

Minha antiga casa, ficou parcialmente queimada, mas ainda assim era o melhor lugar, era muito melhor do que na casa das garotas ou mesmo na casa de Caleb, eu precisava de silêncio e ninguém em sã consciência iria invadir a casa, até porque ela devia estar em um estado deplorável depois de tantos meses sem ninguém para cuidar dela.

Mesmo se alguém estiver lá, eu a expulsarei.

Quebra de tempo♦

Como esperado, a vizinhança estava silenciosa como sempre, aqui moravam apenas alguns velhos caducas e não perceberiam se acontecesse algo dentro da casa, até mesmo porque eu não sou burra o suficiente, para não fazer uma barreira de proteção, ou mesmo uma barreira de restauração ao redor da casa.

Um sentimento familiar tomou conta de mim enquanto eu observava a casa, apesar de tanto tempo... Ela parecia ser a mesma, tirando pelo jardim que agora estava com as flores murchas e pela parte da casa que foi atingida pelo fogaréu.

Eu andei pelas trilhas de pedrinhas que eu tinha feito junto de André, a pequena varanda parecia mais sombria que o normal e agora, como nunca eu percebo o quanto ela sempre foi tão vazia e sombria... Até mesmo o jardim, ele sempre esteve repleto por aquelas flores estranhas, cada uma mais esquisita do que a outra, inclusive havia... Acônito, eu ainda não descobri como isso não afetava minha avó, já que a mesma era parte lobo.

Eu precisei apenas empurrar a porta com um pouco de força para que ela abrisse, lá estava a sala na qual eu passava as tardes chuvosas, sentada no sofá, lendo meus livros... Eu podia até ver tudo passando como um replay, era lógico que voltar para aquele lugar não me faria bem, mesmo assim... Uma hora isso ia acontecer e também, aqui era o lugar mais seguro para esse tipo de magia.

Eu não sei como Lilian entrou na cabeça de Ian daquele jeito, talvez pelo fato de que ele estava confuso e consequentemente desprotegido, assim como sua mente, mas geralmente não é tão fácil entrar na cabeça das pessoas, enquanto eu estava no Castelo, Malu me ensinou como entrar na mente das pessoas e não é tão fácil quanto aparenta.

Se algo acontecer enquanto você estiver na consciência dessa pessoa, você pode acabar ficando presa lá ou mesmo já sua própria consciência. Você fica vulnerável nessa situação, não importa que tipo de ser você seja.

Eu deitei ele no sofá e fiz uma barreira ao redor da casa e também, uma barreira de restauração, tudo que acontecer aqui dentro, vai ficar aqui dentro. Se algo acontecer comigo e eu acabar ficando presa dentro da minha própria mente, não significa que acabou, não é completamente impossível sair da mente de alguém, você apenas tem que... Enfrentar seus piores medos.

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