o dono do morro

capítulo 8

                        Cobra🐍

Raquel __ voltei amor e trouxe uma bebida pra voc...O QUE ESSA PATRICINHA ESTÁ FAZENDO AQUI, COBRA? - gritou fuzilando a julia.

Cobra __ fala baixo comigo porra! - fui até ela e segurei seu queixo com força. - você não é minha dona. Eu apenas FO...DO você. - falei pausadamente para ela entender e a mesma começou a chorar.

Lipe __ cobra, a ju saiu praticamente correndo daqui. - me avisou.

Lua __ eu vou atrás dela. - disse a amiga dela.

Neto __ não, pode deixar que eu vou. - neto saiu sem ao menos deixar a amiga dela protestar.

Lua __ quem ele acha que é? Melhor amigo da ju agora. - resmungou irritada.

Raquel __ ela é só mais uma né cobra. - fungou. - você vai comer ela e vai voltar pra mim de novo, né? você sempre volta.

Soltei do queixo dela e olhei em volta, vendo que todos ali estavam nos observando.

Cobra __ não vou nem perder o meu tempo com você Raquel, você é ridícula mano. - falei dando as costas pra ela para ir atrás da loirinha, mais a mesma se jogou no chão agarrando as minhas pernas me impedindo de andar.

Raquel __ não vai atrás dela cobra, por favor, eu te amo. - implorou chorando.

Cobra __ ME LARGA, RAQUEL! - esbravejei perdendo a paciência.

Gabi __ larga ele garota, olha o papel ridículo que você está fazendo. - disse Gabi rindo. - você era só um lanchinho dele, já deveria está mas do que acostumada com isso.

Raquel __ CALA A BOCA! - gritou. - vai segurar o seu macho que vive correndo atrás de mim. - riu ardilosa.

Menor __ vai tomar no seu cu raquel, se eu quisesse piranha eu ia no mar buscar uma.

Gabi __ agora eu vou te mostrar quem vive atrás de você sua puta mal amada. - Gabi foi pra cima dela e tirou ela da minha perna pelos cabelos. Elas começaram a brigar no chão igual dois animais.

Aproveitei a deixa e sai de lá vazado atrás da loirinha.

Comecei a descer o morro em passos rápidos e logo vi ela e o neto parados no meio da rua conversando.
Ela estava de costas pra mim e não viu quando eu me aproximei.

Ju __ e quem me garante que ele não vai fazer isso comigo? - colocou as mãos na cintura brava.

Era engraçado ver uma garota pequena como ela brava.

Cobra __ eu te garanto! - exclamei atrás dela fazendo a mesma levar um susto. - valeu por não ter deixado ela ir embora irmão, fico te devendo essa. - fiz um toque de mão com o neto lhe agradecendo.

Neto __ pensa no que eu te falei julia. - ela concordou com a cabeça e o mesmo saiu deixando eu e ela sozinhos.

Cobra __ me desculpa por aquilo. - falei coçando a cabeça sem jeito.

Qual é, eu sou Henrique picinato, o cobra, dono desse morro todo. Qual é o poder que essa garota tem de me deixar sem jeito com as palavras.

Ju __ posso te fazer uma pergunta? - me olhou sem jeito.

Cobra __ claro.

Ju __ se essa tal de Raquel usou o seu amigo para tentar engravidar para dizer que o filho é seu, por que ainda está com ela? - perguntou me deixando sem palavras.

Cobra __ é...é...complicado. - respondi colocando as mãos no bolso da calça.

Ju __ você gosta dela? Ta apaixonado por ela?

Perguntou me fazendo rir.

Ju __ qual é a graça? - me olhou brava.

Quanta marresa para uma pessoa só meu deus.

Cobra __ é que você é a primeira pessoa que me pergunta se eu estou apaixonado. - expliquei. - eu nunca me apaixonei por nenhuma garota. É mais assim um lance de momento, tesão, nada além disso.

Ju __ legal. - disse meio incrédula.

Percebi que ela não gostou muito das palavras que eu usei. Então resolvi explicar mais afundo.

Cobra __ eu sou dono de um morro julia, se eu me apaixonar eu me torno vulnerável, fraco. Eu sou procurado aqui no Brasil pela polícia e até mesmo fora dele. Eu tenho muitos inimigos que daria até a própria mãe em troca da minha cabeça. - ela arregalou os olhos. - eu tenho a minha irmã que já me faz ficar vulnerável. Todos os dias eu coloco mais de 30 homens para vigiar ela, é claro que é sem ela saber. - sorrio sem ânimo. - porque todos os dias eu recebo ameaças diferentes envolvendo ela.

ju __ a isa sabe dessas ameaças?

Cobra __ não, e é melhor que ela não saiba e só me veja como um irmão ciumento e chato mesmo. - ela sorri, me fazendo rir. - quando eu era só um bebe a minha mãe abandonou eu e meu pai para fugir com o amante dela, então logo depois meu pai se juntou com uma mulher e ai tiveram a isa, mais a mãe dela não resistiu ao parto e acabou morrendo.

Ju __ eu sinto muito cobra. - diz com um olhar de pena.

Cobra __ depois da morte dela meu pai ficou vulnerável, fez um monte de merda e foi a onde os canas pegaram ele. Depois um polícial filha da puta acabou matando ele na cadeia. - falei com ódio nas palavras.

Vi que a mesma ficou desconfortável com o assunto.

Ju __ eu tenho que ir cobra, eu...eu...

Não esperei ela falar mais nada e me aproximei da mesma puxando ela pela cintura e selando nossos lábios.

Nosso beijo era um beijo calmo, ela foi dando passagem para a minha língua explorar cada canto da sua boca. O beijo dela era doce o perfume dela era doce. Como eu necessitava do beijo dela deis da primeira vez que eu bati os meus olhos nela.

Ju __ para! - pediu saindo do beijo e se afastando de mim. - isso Tá errado, tá tudo errado. Eu não posso ficar com você. Meu deus! - colocou a mão na boca chocada. - o meu pai me mataria e eu também não posso ser só mais um tesão reprimido pra você ou uma atração. - disse desconcertada.

Cobra __ eu não disse isso, que você é um tesão reprimido pra mim ou uma atração. - me defendi.

Ju __ eu vou embora. - disse eufórica.

Cobra __ não, como assim vai embora?

Ju __ com as pernas, é...é...tchau cobra. - ela saiu toda atrapalhada igual um foguete.

Fiquei igual um panaca rindo sozinho do desespero dela.