o dono do morro

capítulo 5

                           Julia💞

                  6 anos atrás!

Pai da ju __ filhaaa - gritou me chamando.

Ju ___ já vou papai - respondi saindo do meu quarto correndo e indo ao seu chamado.

Desci as escadas correndo e me joguei nos braços do meu pai.

Pai da ju __ parabéns princesa. - ele me ergueu para cima rindo e me colocou no chão de novo depositando um beijo no meu rosto.

Era o meu aniversário e eu estava fazendo 12 anos.

Peguei o presente da mão do meu pai e comecei a abrir o mesmo curiosa.

Ju __ uma arma? - perguntei surpresa quando consegui abrir o presente.

Mãe da ju  __ eu não acredito que você vai dar uma arma para a sua filha? - perguntou brava entrando na sala.

Pai da ju __ ela precisa se proteger joana. A minha profissão é perigosa de mais e acaba colocando vocês duas em risco, não posso estar com vocês 24 horas. - respondeu.

Ju __ ela está descarregada pai. - avisei quando puxei o gatilho e a mesma não disparou.

Pai da ju __ eu vou te ensinar a usar ela princesa. Assim quando você estiver em perigo você usa ela. - disse fazendo a minha mãe arregalar os olhos.

Ju __ eu posso usar a arma para atirar no menino da escola que fica me atormentando papai? - perguntei séria.

Pai da ju __ não princesa. - riu. - só pode usar em bandido mal ou em quem quiser machucar você e a mamãe. - explicou.

Mãe da ju __ eu sou totalmente contra você dá uma arma para ela. - repreendeu ele irritada - você não pode ser simplesmente um pai normal que dá brinquedos para a sua filha e não uma arma 38 cor de rosa ainda. - ela olhou pra mim e depois voltou a olha-lo com fúria. - se ela matar uma pessoa inocente eu vou colocar a culpa em cima de você. - avisou 

Pai da ju __ quanto drama joana. _ deu os ombros. -  Amanhã eu vou te ensinar como atirar ju. - sorriu orgulhoso. - você vai ser da Polícia igual o papai, vai matar e prender bandido.

Ju __ eba. - sorri feliz. - viu mãe, eu vou ser da Polícia igual o papai - mirei a arma em um ponto qualquer dentro de casa e fiz um barulho como se fosse de tiro com a boca.

Meu pai riu e minha mãe voltou para a cozinha irritada.

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Depois que eu atirei no polícial que queria matar o cobra, saí do beco rapidamente. Até porque vai que um desses policiais me reconheça ai eu to perdida.

Mais mesmo assim antes de sumir do beco escutei o tal cobra gritar:

Cobra __ caralho! ASSIM EU ME APAIXONO LOIRINHA.

Garanto que se você ao menos soubesse com quem eu aprendi a atirar não se apaixonava. - pensei comigo mesma.

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Cheguei na casa da gabi e já fui entrando igual um raio para dentro da casa. Ainda estava um pouco em choque por ter matado aquele cara.

Por que você fez isso julia? - minha consciência me alertava o meu erro.

Eram 04:30 da manhã. Amanhã eu to ferrada pra ir para faculdade.

Tirei a roupa que eu estava e vesti um pijama qualquer.
Fui no banheiro escovei os meus dentes e voltei me jogando na cama. Peguei no sono rapidinho e nem vi quando os tirotei terminaram.

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Ju __ bom dia meninas. - entrei na cozinha e beijei o rosto da gabi, rafa e da lua que já estava ali tomando café com elas.

Meninas __ bom dia. - responderam juntas.

Gabi __ foi mal por ter te deixado sozinha ontem mona. - deu uma mordida no pão.

Ju __ relaxa amiga. - pisquei pra ela. - mais e ai, se acertou com o menor?

Rafa __ fui trabalhar. - se levantou da mesa. - beijos para quem fica, e ó, hoje a noite tem resenha na casa do neto e ele mandou chamar todas vocês. - avisou. - "todas" - deu em fase no todas olhando para a lua, que riu.

A gente já tinha contado para a rafa sobre a lua e o neto e ela riu horrores.

Gabi __ então, voltando ao assunto do menor, a gente mal conversou e ele já me levou para a casa dele onde transamos 3 vezes. - riu - ai quando a gente ia partir para a quarta vez começou os tiroteio. Ele simplesmente vestiu a roupa dele, pegou a arma dele, me deu um selinho e foi pra guerra. - bufou.

Lua __ e você?

Gabi __ eu fiquei lá né amiga, eu não ia sair de lá depois de ter transado para morrer com um tiro no meio da rua. - riu - ai quando foi lá pras 05:20 da manhã que os tiroteio já tinham acabado, eu levantei da cama vesti minha roupa e sai vazada de lá.

Ju __ mais e vocês dois como ficou? - perguntei não entendendo mais nada.

Gabi __ não sei amiga. - respondeu com um olhar perdido. - Eu só namoro com ele com pedido oficial e com aliança no dedo.

Lua __ que frescura no cu gabi. - lua revirou os olhos e se levantou da cadeira. - vamos amiga, estamos atrasadas para a facu.

Olhei no relógio e marcava 08:15.

Ju __ acho melhor você resolver logo isso ai, antes que você acabe saindo dessa história machucada. - pisquei pra ela saindo.

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Assim que chegamos na faculdade já fui atualizando a lua com os acontecimentos de ontem.

Lua __ sério que ele falou isso pra você? - o queixo dela caiu. - to até arrepiada, olha isso. - mostrou os pelinhos do braço dela. - amiga eu vi ele, que homão da porra, você foi burra de não ter deixado.

Eu estava contando pra ela que o cobra queria me fazer companhia no baile.

Ju __ mais não é isso que eu queria te contar. - ela parou no caminho me fazendo parar. - eu matei um cara da Polícia. - contei soltando o ar que até então nem sabia que estava segurando.

Lua __ oi? - os olhos dela se arregalaram e a boca dela abriu em um "O".

Ju __ Ele ia matar o cobra e eu não sabia o que fazer. Eu só peguei a arma de um cara morto que estava caído no chão e atirei no polícial. - senti meus olhos encherem de lágrimas. - eu não sei se atirei para matar...ele só caiu e....

Ela nem esperou eu terminar de falar e me envolveu em um abraço.

Lua __ tá tudo bem amiga, você não fez por mal, você só não tinha escolha e...

Ju __ eu tive amiga. - solucei. - eu podia ter ido embora e deixado aquele polícial matar o cobra...por que eu fui salvar um bandido que eu mal conheço? - perguntei olhando para ela, com as lágrimas caindo em meu rosto. - o que meu pai ia me falar se me visse matando alguém da Polícia para salvar um bandido?

Lua __ não pensa mais nisso amiga, eu to aqui, tá. - me abraçou apertado.

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             6 anos atrás.

Pai da ju _ isso ju, boa pontaria filha. - disse orgulhoso. - quando você ver qualquer bandido filha, atira nele sem hesitar. - ele pegou a arma da minha mão e mirou bem no meio do alvo atirando.

Ju __ pode deixar papai, jamais eu vou te decepcionar. - sorri para o mesmo que me olhava com orgulho.