Especial: Um Presente de Aniversário.

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Nota do Autor:

Olá! Faz um tempo que eu não apareço por aqui, mas é  por um bom motivo. Estou na reta final da minha faculdade e com ela vem o tão temido TCC, o que está me custando muito tempo e dor de cabeça. Por conta disso, não estou escrevendo com a mesma frequência de antes. Me desculpem! Bem, mas o motivo de eu ter surgido aqui não é esse. Hoje, 17 de Fevereiro, é o meu aniversário e eu sempre fico bastante sentimental devido uma série de fatores. Conforme essa data se aproximava eu pensei em fazer algo que mostrasse meu agradecimento de alguma forma e não podia ser mais clichê do que através um texto. Nunca achei que tantas pessoas fossem gostar de Terminal 25 e muito menos que um dia ela chegaria a ter tantas leituras e tantos comentários em questão de meses, sério mesmo! Isso me deixa feliz de várias formas possíveis e a cada novo comentário ou a cada leitor novo essa felicidade se renova. São poucas coisas, mas que significam muito para mim. Obrigado! Enfim, hoje estou trazendo uma pequena amostra da continuação (sim, eu estou escrevendo) que ainda segue sem nome e data prevista para término. Ele vai continuar postado por um tempo, provavelmente até que a continuação esteja totalmente pronta. Espero que gostem!

Boa leitura!



Passei uma das mãos no vidro sujo e fitei o interior com atenção. O banco estava rasgado e o para-brisa exibia uma rachadura que ia de uma ponta a outra, bloqueando parcialmente a visão. Toquei a maçaneta e forcei a porta, tendo êxito em abri-la, revelando o interior estragado e com forte cheiro de umidade, além de algumas ervas daninhas que surgiam pelo assoalho. Debrucei-me em direção do painel e abri o porta-luvas, a fim de procurar algo que fosse útil, mas encontrei apenas o compartimento vazio. Suspirei e ajeitei a postura, saindo de dentro do carro em seguida. Eu não sabia o que iria encontrar ali exatamente, já que os pneus completamente secos denunciavam que não haveria nada de interessante ali.

– Achou alguma coisa? – Connor indagou e eu me virei.

– Nada. – passei uma das mãos pelos cabelos e olhei em direção à rua. – Mas deve haver algo de útil aqui, não é possível.

– Tudo bem, só não vamos perder muito tempo. – ele continuou. – Já está ficando tarde e logo mais é noite.

– Sei disso, mas sem um mapa fica difícil traçar um caminho. – falei enquanto seguia em direção do carro em frente. – Os sensores de Willy não estão funcionando da mesma forma.

– Suspeitei disso desde aquele dia na floresta. – Connor comentou enquanto o ajudante se aproximava. – Não achei que os componentes defeituosos seriam justamente os de localização.

Dei de ombros enquanto avançava por entre os veículos. Depois de quase duas semanas viajando na floresta, acabamos esbarrando naquela rodovia que, de certa forma, era um pequeno sinal de que estávamos perto de uma cidade. Olhei o interior de uma van através da janela, percebendo pedaços de roupa e um dos bancos fora do lugar. A fila de veículos se estendia de forma quase quilométrica e eu tinha certeza de que a maioria das carcaças se encontrava na mesma situação.

Parte da vegetação invadia o asfalto, ficando difícil discernir em que ponto de fato a floresta começava. Continuei seguindo por alguns minutos, até que alcancei um caminhão de carga cuja as portas traseiras estavam escancaradas. Seja qual fosse o conteúdo do transporte, o contêiner marrom agora estava completamente vazio e exibia marcas profundas de ferrugem. O vento soprou vindo da floresta, fazendo o metal estalar e em seguida ranger, enviando um calafrio que percorreu todo o meu corpo.

– Elise! – Connor chamou e então olhei para trás. Eu estava tão distraída, que acabei não percebendo que ele havia parado alguns metros antes. – Tem uma trilha aqui.

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