Depois da conversa com Felipe eu me senti bem melhor, quando voltei Jane e Suzan me abraçaram e pediram desculpas, mas eu ainda não consegui me desculpar com Dylan sobre a noite na floresta, Felipe disse que o rapaz disse o dia e a hora que devíamos encontrar com o ancião, os dois adiaram todos os compromissos pra me levar mesmo eu dizendo que não precisava eu vestir uma calça jeans e uma camisa justa de manga com dois botões e casaco de pelos no capuz como o outono ainda não acabou e vamos pra montanha a Jane me fez me cobrir toda me fez até por uma bota de cano médio marrom, eu seguro o pano bem apreensiva para o que me espera, o que o ancião quer me falar, eu vejo Jane e Felipe toda hora trocando olhares, Jane segura uma vasilha com assado ela disse que sempre que vai visitar o ancião você deve levar algo de oferenda para os espíritos, Felipe diz que é só um meio de alimentar o ancião o que fez a Jane lê dar um tapa pelo comentário, eu amo a cumplicidade desses dois eu quero muito encontrar alguém para poder compartilhar esses momentos com ele assim, eu fecho os olhos e encosto a cabeça na janela, e a imagem do lobo me vem a mente eu abro os olhos na mesma hora e me belisco pro pensar naquele grosseiro de novo, depois daquela noite eu não sonhei com ele de novo o que foi um alivio pois pude dormir em paz.
O carro começa a diminuir a velocidade e eu vejo que chegamos, eu olho pros lado e só vejo arvore ele mora na mata?
- Onde estamos?- pergunto.
- Ele mora mais adentro e a estrada que leva ate lá de carro está escorregadia então vamos pela floresta. - diz Felipe saindo carro e Jane em seguida.
Eu desço e começamos a andar, parece que choveu ontem então tudo está molhado e a floresta está bem úmida, eu sempre ameaço escorregar mas Felipe sempre vem a meu socorro antes que aconteça, eu sinto que estou mais próxima dele dês que conversamos, ele é um ótimo pai, meu pai.
- Chegamos.- diz Felipe respirando o ar puro.
Eu olho em volta e vejo um campo aberto limpo com flores e varias tendas, então nos aproximamos então o garoto do outro dia nos recebe enquanto as criança e mulher e homens nos encaram, eu olho em volta e vejo algumas casas de madeira pequenas.
- Muito preferem morar do jeito antigo em tendas, mas outros preferem um bom teto pra se proteger da chuva como de ontem.- sussurra Jane perto de mim.- Eles sabem quem somo, e respeitam muito pois acreditam que somos os guerreiros protetores da aldeia que os espíritos enviaram.- ela complementa.
- E eu aqui achando que eu era apenas um fera selvagem.- falo, e ela começa a rir baixinho.
- O ancião a espera.- o garoto fala olhando pra mim.
- Nos não vamos poder entrar?- pergunta Jane preocupada.
- Não ele quer apenas falar com ela, depois vocês poderão entrar.
- Certo. - fala Felipe lambendo os lábios pensativos e então olha pra mim.- Kelly nos vamos esperar você aqui fora, qualquer coisa é só nos chamar.
- Isso mesmo meu amor, aqui toma entrega pra ele quando o ver, pergunta tudo que você quiser saber esta bem.- diz Jane me entregando a vasilha e me abraçando e me dando um beijo na testa, eu apenas confirmo com a cabeça.
Eu caminho ate a tenda do ancião, ela é enorme e toda colorida e parece que foi bordada a mão e é cheia de desenhos tribais e símbolos e a um lobo uivando também, eu me abaixo para entrar na tenda, onde vejo um senhor com cachimbo de madeira com duas penas enfeitada pendurado, ele tem longos cabelos pretos liso com algumas tranças entrelaçadas a algo que parece tecido e algumas penas pretas e brancas, ao seu lado a um lobo uivando de madeira, ele está sentado em frente a uma mesa de madeira baixa com alguns objetos em cima, a tenda parece maior do que por fora, pois tem vários objetos dentro.
- Sente-se .- diz o ancião jogando fumaça no ar, o que me faz torci levemente.
Eu me sento no tapete que foi feito a mão também assim como tudo ali, quando eu olho nos olhos dele eu vejo que ele esta quase cega.
- O tempo as vezes é mais cruel para um do que para outros, isso é o efeito de ver coisas que os outros não podem.- diz o ancião percebendo o que eu tinha visto.
-Mas como você sabe que eu ...
- Mocinha eu sei de muita coisa e uma delas é não sou tão estúpido pra perceber que voce ficou surpresa por eu esta quase cego . - ele sorrir o que faz suas rugas ficarem mais aparente.
- Desculpe
- Não se desculpe por se perguntar por que um velho esta ficando cego.
Eu fico sem reação então resolvo mudar de assunto.
- Isso aqui é um...
- Eu sei, coloque ali no canto.- ele aponta pro canto da toca onde tem um baú, eu me levanto e ponho a vasilha em cima dela e volto pro meu lugar.
- Ancião eu quero saber sobre...
- Sobre a outra força que lê reside alem da do lobo, me de suas mãos mocinha.- diz ele colocando o cachimbo na mesa.
Nossa ele é bom eu nem disse nada e ele já sabe o que responder.
- Eu irei responder suas duvidas, mas só as que eu puder responder.
- As que o senhor puder responder como assim?- falo entregando minhas mãos.
Mas no momento que eu as entrego o clima fica frio e pesado, seus olhos ficam mais brancos, e parece que ele não está ali, eu começo a olhar em volta assustada, ele aperta mais ainda minhas mãos eu fico nervosa e os objetos a minha volta começam a flutuar, droga agora não.
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Lua Cinza
WerewolfGrey Moon Kelly cresceu em um orfanato sem saber de onde veio sem saber o dia de amanhã, nunca teve nada pra chamar de seu, sempre foi isolada no orfanato até que um dia ela acordou na floresta nua e ensanguentada sem entender o que tinha acontecido...