- Escola? – pergunto confusa.
- Sim, você tem que terminar seus estudos pra poder ir a faculdade, nossa vida não é só lobisomem e florestas e caçadores, se não fosse todos os problemas que ocorreram nos últimos dias você já teria ido, mas quisemos da tempo pra você se adaptar.
- E não se descontrolar na frente de todos e matar todo mundo. – acrescenta Ted se levantando da cadeira.
- Animador em pirralho. – Suzan revira os olhos.
- E um pouco disso também. – Jane dar um sorriso consolador. – Tome seu café da manhã eu irei levar você e Suzan pra escola.
- Eu sei dirigir mãe. – Suzan protesta.
- Diz isso pro amassado do terceiro carro do ultimo dois meses. – fala Felipe.
- Até você aprender a dirigir sem causar acidente pela cidade sem carro pra você mocinha.
- O que, mas mãe como eu vou pra escola, se você se esqueceu nos moramos longe da cidade e você não vai poder nos levar todos dias.
- É por isso que existe seus amados irmãos e seu querido pai que leva seu irmão Ted pra escola. – Jane sorrir e acena com a mão pros homens da casa.
- Que maravilha. –Dylan levanta da mesa nada feliz, saindo do cômodo.
- Eu não ligo, mas tenho treino de hóquei no gelo nas segunda, quarta e sexta de manhã cedo e nos outros dias depois da faculdade então só posso buscar quando eu for levar. –Jacob sorrir e se levanta, provavelmente indo se preparar pra ir à faculdade.
- Bom como o papai aqui não pode protestar, eu vou ir atrás da pequena cria pra ela ir a escola. – Felipe da um beijo na testa da esposa e sai.
- Mãe isso não é justo, minha vida vai depender do horário de todos.
- A vida não é justa com quem derruba poste, ou atravessa cercas e o que você fez mesmo da ultima vez?
- Estacionei errado, e um carro bateu na lateral. – murmura. – Mas esse literalmente foi um acaso do destino.
- Anham sei, por acaso é culpa do destino você não verificar se o carro está bem estacionado? – Jane levanta a sobrancelha e cruza os braços.
Eu contenho a risada.
- Isso é injusto, pois quando não tinha ninguém pra buscar o pirralho eu que ia.
- Nossa que cansativo deve ter sido fazer uma responsabilidade de irmã, até que eu e seu pai ache que você possa ficar responsável por um carro vai ficar dessa forma, se não quiser ficar dependente dos nossos horários pra sair leve a Kelly pra tirar a carteira.
Eu salto da carteira e arregalo os olhos.
- Eu? – pergunto boquiaberta.
- Claro, você também pode dirigir, enquanto não seja que nem a barbeira aqui.
- Mãe.
- Nada de mãe, agora as duas já pra cima se arrumar, Kelly queria sua mochila com material já está pronto eu te entrego quando formos eu vou tirar a mesa vamos ande já estamos atrasadas.
Eu e Suzan corremos pra escada e vamos direto pro quarto, eu sinto meu coração sambar no meu peito, não tenho boas lembranças da escola, sempre fui, pois era obrigatório para ter um boa formação, eu nunca tive amigos, sempre fique isolada no canto os professores faziam questão de me ignorar, eu me olho no espelho e vejo que meu cabelo esta coberto de farinha, droga não posso ir assim terei que tomar outro banho, eu pego o xampu herbal essences com fragrância de morango branco, jasmim e menta e lavo meu cabelo e passo uma hidratação de cinco minutos, eu vou no guarda roupa como um furacão eu escolho uma bota de couro preto cano médio abaixo do joelho, uma meia calça azul escuro e um vestido flórido, vou na banheira e puxo a ducha pra enxaguar meu cabelo, já vestida e de cabelo lavado pego o secador e uma toalha pra agilizar o processo de secagem, se eu sair com o cabelo molhado vou ficar gripada com certeza, eu passo a escova e divido no meio e deixo eles bem alinhados, escovo os dentes, um gloss e um rímel e estou pronta.
- Meninas andem logo, já estamos 5 minutos atrasadas. – Jane grita da escada.
Eu pego uma jaqueta de couro preta e desço as escadas, Suzan vem logo atrás de mim.
- Que saco, não deu tempo nem de pranchar meu cabelo. – resmunga Suzan ajeitando a mochila
- Todo dia você se arruma com tempo menor que esse, anda vão pro carros madames. – Jane estica o braço indicando o corredor pra saída, Suzan sai soltando fumaça pelas orelhas enquanto eu e Jane rir.
.........
- Certo, eu não sei que escola você frequentou em Seattle, mas a daqui é diferente a Riddle School é pior que a selva. – diz Suzan se virando pra mim no banco do passageiro.
- Suzan, não a assuste. – repreende Jane.
- Duvido que seja pior de onde eu vim. – murmuro.
- Onde o ancião vive não é o único lugar neutro na cidade, a escola também é, bom mais ou menos no caso ninguém pode se mata, evite o Maximo de brigas.
- Brigas, se matar. – eu começo a rir. – Eu sei que a escola é um campo de guerra, mas não nesse nível.
Suzan me encara seria, e eu paro de rir.
- Na floresta se o sul pisa no território do norte, uma guerra é instalada, o mesmo vale pro norte, mas não podemos ignorar o fato que vivemos na mesma cidade, que temos que ir ao mesmo mercado ou a mesma escola uma hora ou outra vamos nos encontrar no meio dos humanos e não podemos brigar na frente deles.
- Espera, o sul frequenta a mesma escola que os nortenhos, pensei que odiassem, por que não frequentam uma escola diferente, tipo mercado até entendo você não vai nele sempre.
- Riddle School é a melhor escola da cidade, não podemos privar uma área de uma boa educação, e se privássemos isso levaria a uma guerra sem fim, pois um lado não cederia ao outro, cada um tem direito de estudar de onde quiser ou ir aonde quiser, isso só muda um pouco na floresta, tanto que reservamos uma parte da floresta pra reserva para que os humanos também aproveitem desse paraíso que a mãe natureza. – diz Jane ao volante.
- Obrigado mãe pela sua palestra e seu final brega. – Suzan se vira pra mim de novo. – Olha uma dica, se você ver eles com uma tatuagem de um circulo com uma das estações do ano dentro, ou um simples significado sobre estação do ano sabe inverno, verão, outono, primavera – ela faz bico e da de ombro. - Você saberá que é um deles.
Eu tento imaginar a tatuagem, será que vou ter que fazer varias tatuagens também assim quando for apresentada a comunidade.
- Chegamos.- anuncia Jane.
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Lua Cinza
LobisomemGrey Moon Kelly cresceu em um orfanato sem saber de onde veio sem saber o dia de amanhã, nunca teve nada pra chamar de seu, sempre foi isolada no orfanato até que um dia ela acordou na floresta nua e ensanguentada sem entender o que tinha acontecido...