Capítulo 52

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Kelly

Eu nem consigo acreditar que eu o beijei daquele jeito, e que fui eu que tive a iniciativa, eu solto um gritinho de felicidade na minha cama batendo os pés, eu fiquei com ciúmes por ele ter visto outras garotas da comunidade sem roupa e algo me tomou por dentro, eu não queria que ele fosse embora posso até sentir ainda a sua respiração na minha pele e o calor do seu toque, se continuar desse jeito não sei se conseguirei controlar meus sentimentos, antes eu nem conseguia ficar perto dele hoje eu não consigo ficar longe eu fico com borboletas no estomago sempre que estou com ele. Eu me levanto pra pegar meu caderno e meus livros na mochila pra poder estudar e cruzo as pernas na cama e abro livro inglês, eu respondo algumas questões e leio os textos, mas uma dor de cabeça começa a surgir me fazendo desconcentrar, mas eu insisto na leitura e marco as partes importantes com marca texto, só que a dor aumenta, e vejo sangue pingando em cima do livro, eu franzo o cenho confusa e olho pro teto pra ver se tem sangue, mas não á nada, e eu sinto algo escorrendo no meu rosto e paço a mão em baixo do nariz e vejo sangue, ele está vindo de mim, antes que eu me pergunte o porque um vento forte força as portas pra varando do meu quarto abrir violentamente, as cortinas flutuam com o vento, será que vai chover?

Eu me levanto sem ligar pro sangue no meu nariz e fecho a porta de vagar, mas uma leve brisa passa e eu escuto sussurros e vozes.

- Por favor, não faz isso, eu prometo que vou me comportar.

Escuto gritos e choros, a mesma voz da menina e do homem do meu sonho, só que estão distante.

- Kelly? – quando me viro eu grito salto de susto e me deparo com Suzan na porta do meu quarto me observando confusa. – Tudo bem?

- Sim. – confirmo perdida, os sussurros sumiram de novo, eu olho pros cantos na tentativa de achar algo, mas nada.

- Nossa estudando em pleno final de semana. – Suzan pega meu livro em cima da cama. – Nossa que organizada, você marca tudo?. – ela o vira pra mim e eu me estremeço quando não vejo mais a marca das gostas de sangue, eu passo os dedos no meu rosto e olho meus dedos, não tem sangue ele sumiu, eu olho pra Suzan confusa, mas ela está lendo o que está escrito no livro, o que foi que acabou de acontecer eu estou ficando louca?

............

- Bom dia Kelly? – dizia Jane com seu melhor sorriso quando entro na cozinha.

- Bom dia. – cumprimento ela em meio ao meu bocejo.

- Não dormiu bem essa noite?. – ela pega o leite na geladeira e põe na bancada.

- Fiquei estudando até tarde. – minto, pois passei mais parte da noite perturbada com o que aconteceu do que estudando.

- Não exagere, temos saúde de ferro, mas o sono não. – Jane da um sorriso caloroso colocando a tigela com cereal e o leite pra mim.

Eu pego a tigela e caminho até a mesa de jantar no outro cômodo onde estão os outros tomando café da manhã, eu me sento ao lado de Jacob que não está com uma cara muito boa.

- Parece que o Jacob não foi o único a ter uma péssima noite. – Felipe comenta por cima do jornal.

Eu olho pra Jacob que parece que está quase dormindo em cima da tigela de cereal.

- Não sabia que você ia patrulhar ontem também. – dou uma colherada no cereal.

- Não fui, meu dia foi noite retrasada, ontem tive que ficar até tarde trabalhando na minha apresentação da faculdade porque eu tive que patrulhar. – diz ele bocejando.

Lua CinzaOnde histórias criam vida. Descubra agora