Capítulo 54

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Kelly

Eu vim pra casa caminhando mesmo sendo longe eu nem me importei assim eu pude chorar sozinha sem que alguém perguntasse o problema, as lagrimas não pararam de sair em nenhum momento, eu subir as escadas o mais rápido que pude e me tranquei no meu quarto e me jóquei de baixo das minhas cobertas, eu chorei tanto que estou soluçando, meu coração dói tanto que nem ligo pra dor dos meus pés de ter andado, eu devia ter mantido distancia dele dês do inicio a Suzan e o Dylan me avisaram que eu podia acabar machucada, mas não sabia que seria tanto.

- Kelly? – ouço a voz de Suzan atrás da porta.

Eu fico quietinha no meu canto, sei que ela pode me escutar, mas se eu ignorar talvez ela desista, não quero falar com ninguém agora.

- Eu posso ouvir seus soluços.

Eu suspiro forte ela não vai desistir é da Suzan que estou falando.

- Entra. – falo baixinho.

A porta se abre e assim que ela me ver seu rosto muda pra afeição de carinho e mais lagrimas se formão e eu retorno a chorar.

- O que aquele idiota te fez? – sua voz é dura e raivosa, ela se aproxima pra me abraçar.

- Nada. – soluço em meio às lagrimas.

- Como nada Kelly, olha seu estado, me fala.

Eu me aconchego ainda mais nos seus braços, não quero falar sobre isso agora, eu faço sinal de negação com a cabeça e ela logo entende, mas continua ali me fazendo carinho e enxugando minhas lagrimas, não imaginei que doeria tanto sofrer de coração partido.

............

Eu passei o resto do dia na cama assim como a noite, nem comi ou fiz nada mesmo a Suzan e a Jane insistindo, o outro dia chegou e eu não sai da cama eu só irei sair da cama amanhã pra ver a avó da Lola e passa pela porcaria da transformação, só de lembrar meu coração se aperta minhas ultimas transformações foram com Damian por perto não sei conseguirei passar por essa sem ele, não Kelly pare já com isso, você treinou o esforço é seu use a seu favor você consegue.

- Certo, chega disso saia já da cama. – Suzan puxa minhas cobertas e eu protesto segurando elas.

- Não quero. – me jogo de volta nos travesseiros.

- Então me conte agora o que aquele idiota fez. – disse ela colocando as mãos na cintura em tom autoritário.

Eu realmente não quero falar sobre isso, mas ela é a única que pode me contar como esse grande amor do Damian morreu.

- Me conte como a Kimberlly morreu. – falo com a voz abafada por conta do travesseiro.

- Eu sabia que era isso. – fala revirando os olhos furiosa.

Eu olho pra ela com olhos de cachorrinho pra que ela me conte o que sabe, então Suzan suspira forte e começa a falar.

- Afasta pra lá zumbi lobo.

Me afasto um pouco pra dar espaço a ela na cama.

- Aconteceu á três anos atrás, Damian tinha quinze anos na época, parece que Kimberlly estava voltando de uma viagem, ela tinha ido visitar seus pais que tinham se mudado pra outra cidade próxima, mas como os dois não se desgrudavam e Kimberlly fazia parte da alcatéia os pais depois de muita insistência dela comprou um apartamento pra ela no centro da cidade pra que continuasse ido a escola e ficasse próxima dos seus amigos, mas no caminho de volta parece que ela estava mandando mensagem pro Damian avisando que já estava chegando e aí bom .... o carro dela e o caminha se chocaram, o carro pegou fogo, e o parece que o caminhão carregava alguma coisa inflamável, não tinha como ela sobreviver aquilo, não tem lobisomem que sobreviveria, não sobrou nada...nem o corpo.

Meu coração se aperta ao ouvir a historia e imaginar a cena, Damian a amava tanto e sofre ainda por ela.

- E o Damian como ele agiu ao saber. – pergunto, parece que quero me magoar mais ainda.

- Eu não estava na hora, mas os meus irmãos disseram que tiveram que segurar ele pra que não visse a cena até deram sedativo pra que ele se acalmasse, os dois eram muito apegados e se amavam muito, algumas pessoas achavam até que os dois estavam destinados. – eu me encolho a ouvir isso. – Você percebeu que ela ainda está no coração dele não foi?

Eu abaixo o olhar e confirmo com um aceno, e retorno a chorar, Suzan me abraça.

- Desculpe Kelly, devia ter te contado isso, o coração do Damian não tem mais espaço está muito ferido, acho que nem sua predestinada tem chance.

Minhas lagrimas começam a sair cada vez mais, ela não está errada, não tenho chance alguma.

- Chega, chega, chega. – Suzan se levanta com as mãos em rendição.- Se é pra sofrer que seja em estilo, pipoca e sorvete e Diário de uma paixão seguido De um amor pra recordar, vamos sai já da cama e vamos pra sala, vou dividir lagrimas com você. – disse ela caminhando até a porta.

Me levanto da cama sem vontade, mas faço um esforço, quero ver o que a Suzan tem preparado pra mim.

.............

- Por que ela tinha que morrer. – choro em frente à TV com a colher na boca.

- Por que é assim que o amor é, quando encontramos o cara certo e perfeito um dos dois morre ou os dois morrem juntos. – diz Suzan chorando.

- Pai qual problema delas? – pergunta Ted na porta da sala de estar ao lado do pai.

- Hormônios filho, hormônios. – Felipe da um tapinha no ombro do filho.

- Pra mim isso se chama coração partido. – Jane aparece logo depois.

- Mulheres são loucas. – disse Ted fazendo uma careta o que faz Jane e Felipe rir. – Tirando a mamãe.

- Mulheres têm duas armas: cosméticos, e lagrimas. – pontua Felipe.

- Napoleão Bonaparte. – falou Jane em meio a um sorriso pro marido que a olhava com carinho.

- Por que você está continua chorando? – pergunta Suzan.

- Por que...- soluço em lagrimas. – Esse é a primeira vez que assisto filme, nos dois no final alguém morreu. – meu choro retornar mais forte.

- Me desculpe. – Suzan me abraça chorando.

- Acho que vou buscar mais sorvete. – suspira Jane indo em direção a cozinha.

NÃO ESQUEÇAM DE DAR ESTRELINHA PESSOAL.

Lua CinzaOnde histórias criam vida. Descubra agora