Capítulo 45

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Kelly

Ele está dirigindo bem concentrado e sereno, até agora não soltou nenhuma das suas farpadas, o que é um progresso e tanto.

- Por quanto tempo você vai ficar me admirando?. – disse ele me olhando de canto de olho.

Eu me toco que estava o encarando tempo de mais, minhas bochechas ficam vermelhas e eu viro rosto, mas o olho de canto e o vejo com um sorriso sutil, mas fofo, eu não consigo evitar de sorrir também.

Então minha barriga faz um som, eu fico mais vermelha ainda, é serio isso, o chão pode se abrir que quero enfiar minha cabeça nela, eu olho pra Damian que está mordendo os lábios claramente tentando conter a risada, esse idiota dos ouvidos sensíveis eu escondo meus rosto nas minhas mãos e ele cai na gargalhada.

- Para de rir seu idiota. – dou um soco no seu braço.

- Pffff, qual o problema de está com fome. – ele rir ainda mais alto.

- Então porque está rindo?

- Por nada. – sua risada vai diminuído, e ele enxuga as lagrimas que se formaram no canto do seu olho. – Você que ficou toda fofa quando sua barriga gritou de fome.

Meu rosto fica totalmente vermelho, eu abro a boca pra falar, mas nada sai, como ele pode dizer isso.

- Seu idiota. – eu dou outro soco dele e ele volta a rir.

- Relaxa loba faminta, vou ser um cavaleiro e irei te levar pra comer.

Só podia acontecer comigo isso, mas pelo menos eu escutei ele dizer que me acha fofa, meus sentimentos estão muito confusos, tenho que decidir se o detesto ou se ...

............

- Aqui toma. – Damian me da o hambúrguer enquanto estou sentada na traseira da sua Picape Diesel, ele se acomoda do meu lado colocando os refrigerantes perto da gente.

Em vez de comermos dentro do fast-food resolvemos comer no estacionamento, ao ar livre.

- Pegou de que?- pergunto olhando pro seu hambúrguer.

- De bacon, o seu é X tudo, bom diante da sua fome presumi que ia querer com tudo que tem direito. – ele dar uma mordida no seu hambúrguer.

- Muito engraçado, porque sinto que você nunca vai esquecer sobre isso. – mordo o meu hambúrguer.

- Você sempre pensa o pior de mim. – Damian toma um gole do refrigerante.

- Deve ser porque você fez jus a isso.

- Ainda não esqueceu isso?

- Meio difícil sabe eu te vejo todos dias pra me lembrar que meu destino amoroso está decidido. – tomo um gole do refrigerante enquanto o observo comer.

- Também, não gosto disso. – seu olhar se torna distante e eu não gosto disso, mas eu quero saber mais sobre ele.

- Você odeia todo esse sistema por conta da Kimberlly?

Seu olhar que estava no nada cai em mim, e em espanto.

- Não, não é por conta disso.

- Damian tudo bem me contar, eu também não gostei muito desse sistema, bom não sei muito sobre esse mundo, mas assim que entrei nele me dei de cara com isso.

- É complicado.- seu olhar fico triste.- Mas você deu azar mesmo, na realidade esse sistema só existe na nossa tribo.

- Como assim?

- Existe lobisomens de varias raças de varias como posso dizer...., cada poder vem de uma historia os nosso vem da tribo Chayenne, no passado pra poder sobreviver a chacina que eles sofreram um homem e sua mulher que eram descendentes da tribo fizeram um acordo com os espíritos pra que eles lê desse mais poder, os lobisomens já existiam eles foram enviados pelos espíritos para proteger os Chayennes do mal que os ameaçava então toda lua cheia alguns dos homens se transformavam em lobos gigantes, mas não eram tantos como nos hoje na comunidade eles estavam morrendo por conta da guerra, e outros fugiam por medo de serem descobertos, mas esse casal queria esse poder pra fugir da guerra e de ser morto como os outros, eles queria viver juntos para sempre independente da era e o preço que eles pagaram foram virar lobos e todos que fossem seus descentes e fosse transformados por eles teriam o mesmo destino e jamais se sentiriam completos, e foi assim que surgiu esse elo essa ligação, e o sistema de parceiro todos pagaram o preço por conta do amor deles. – sinto pouco rancor e raiva na sua voz.

Eu não sei se sinto raiva pela idiotice dos dois, ou tristeza pelo desespero deles por terem que se submeter a isso pra ficar juntos.

- Estamos vivendo historia passadas. - minha voz sai como um sussurro.

- Basicamente, em outras alcateias não são assim, a parceira do Jacob ela foi transformada ela não nasceu, mas encontrou uma alcateia em NY e eles nem são descentes dos Chayennes ou dos índios americanos, acredito que sejam celtas ou são gregos. – Damian dar de ombros.

Isso é muito pra minha cabeça, esse mundo é tão extenso que seja ser confuso, mas ele não respondeu a outra pergunta.

- E a Kimberlly?, bom você é o alfa, não tem que seguir a risca o sistema?

- Você não desiste não é?. – ele revira os olhos.

- Às vezes, mas com você não, talvez seja a ligação falando. – brinco.

Ele me olha por um momento e suspira forte, ele deve estar avaliando o que vai dizer.

- Ah Kimberlly, ela era..., um sopro de ar fresco na minha vida.....- meu coração aperta a escutar aquilo, porque isso me incomoda tanto. - Depois da morte da minha mãe e da minha irmã mais nova, ela surgiu, bom no inicio eu não confiava nela. – ele solta uma risada nervosa, mas tão triste ao mesmo tempo.

Porque algo me diz que ele associou isso a mim, no inicio ele me detestou de cara e não confiou em mim, na realidade nem sei se confia, meu peito está apertado em escutar ele falar dela e associar ela a mim, não gosto disso, mas quero saber sobre isso, como eles eram.

- Por que você não confiou nela?

- Ela era sobrinha da Margô, mas na época eu não sabia que ela odiava a tia.

- Você pensou que a Margô enviou ela pra te manipular na época?

- É o que uma pessoa sensata pensaria diante do historio da Margô.

- Mas por qual motivo a Kimberlly odiava ela?, eu não conheço a Margô, mas pelo que vocês me falaram ela não deve ser boa coisa, e pra odiar a tia ela deve ter feito algo bem ruim.

- A Margô desprezou a irmã e fez todos virarem as costa pra ela, porque ela se casou com um humano, então deu luz a Kimberlly uma mestiça, ela não era muito forte por conta disso, vivia doente quando era criança, a mãe dela não se importou com o sistema de parceiro, não ligou se iria se sentir incompleta, preferiu seguir o coração, Kimberlly dizia que a mãe nunca se sentiu incompleta, e a Margô desprezava isso, ela era fiel ao sistema e todo processo que nossa comunidade impõe. – ele estica o braço como se mostrasse toda comunidade diante da gente. 

Lua CinzaOnde histórias criam vida. Descubra agora