Damian
Eu me jogo na cama depois de tomar um banho quente, eu não consigo tirar a visão do olhar da Kelly em mim, dos seus lábios nos meus, mas quando eu me separei dela e olhei pra ela a visão da Kimberlly me veio à mente e o sentimento de culpa me bateu que eu nem consegui olhar pra ela depois, é como se eu tivesse a traído, eu me abri tão facilmente com a Kelly, eu senti como estivesse conversando com a Kimberlly, eu acho que por ela ser minha parceira destinada deve ter ajudado, mas eu não consigo ficar longe dela tudo me leva até ela, tudo que faço ou um simples pensamento ou sonho eu sempre tenho que está atento, droga.
Não posso entrar nessa, vou enlouquecer se eu fizer isso, eu e a Kimberlly falávamos bastante sobre o sistema de parceiro e espíritos, e que nunca cederíamos a tal ato mesmo que fosse mais complicado pra mim por eu ter responsabilidades, queríamos criar o nosso próprio sistema para que pessoas como nossas mães não sofresse o mesmo destino que elas, acho que no nosso subconsciente pensamos que já havíamos nos encontrado, que um era do outro, mas hoje sei que não era isso, o que senti pela Kimberlly foi único e especial, pela Kelly é diferente é novo e tira o fôlego, mas ambos se parecem tanto, porque esse sentimento que de que estou traindo as duas bate no meu peito, foi isso que o meu pai sentiu quando estava com minha mãe? Esse sentimento de não conseguir ficar longe da parceira, e de ficar preso a alguém que não é sua predestinada, eu não o culparia por ter surtado, não quero ter o mesmo fim que ele, não me espanta que os mais velhos queiram que eu aprove o pedido deles de proibir relacionamentos com pessoas que não são seus parceiros, mas se eles acham que eu vou apoiar isso estão enganados mesmo eles tendo a Margô do lado deles, eu jurei junto com os outros ser fiel a mim mesmo, com esse turbilhão de pensamentos eu fecho os olhos e adormeço.
Kelly
Fui pra escola ansiosa e com receio de voltar a ver Damian, não sabia como encarar ele depois do que aconteceu ontem à noite e se tudo foi um fruto da minha imaginação, diante dos meus últimos sonhos pode até ser possível, mas acredito que não eu posso sentir o calor do sentimento que tive daquele beijo e parte de mim quer velo de novo e ela está gritando. Damian caminha pelo corredor em minha direção com os meninos, o seu olhar passa por mim, mas logo ele desvia e passa direto por mim.
Eu não acredito, eu sonhei ontem mesmo? Não eu tenho certeza que não eu sei que não, aquele beijo foi real,.....o filho da mãe está me ignorando, quem ele pensa que é, me odeia, me beija, me odeia, me salva e me beija depois ele quer que eu enlouqueça só pode ser seu objetivo, mas se ele acha que vou deixar isso passar facilmente ele está enganado. Eu giro os calcanhares e vou atrás dele pelo corredor eu o pego pelo braço e o puxo pro armário de serviço como da ultima vez, Tyler, Dominic e outros meninos do bando me olham sem entender, alguns até pensam em agir, mas Damian faz um sinal pra que ele parem e eles obedecem na hora, eu fecho e me viro com toda minha fúria pra jogar toda minha fúria na sua cara.
- Você me.......- antes que eu termine minha frase ele me joga contra porta e me beija violentamente e eu retribuo, eu levo minhas mãos aos seus cabelos e puxo e escuto ele gemer, eu acho até que a temperatura do pequeno cômodo de área de serviço esquentou, eu beijo é feroz e voraz, quase urgente, como se ele tivesse sentindo faltada de me tocar e eu posso dizer que sentir o mesmo suas mãos descem até meus quadris, mas param quando sinal toca e eu não sei se odeio o sinal agora ou o amo por ter nos segurado um pouco, isso podia ter ficado perigoso.
Nós, nos afastamos ofegantes quase sem ar, mas ainda nos matemos próximos, eu engulo minha saliva tentando controlar minha respiração e minhas emoções que estão no pico agora, eu nem sei o que pensar ou agir, esse movimento dele me pegou de surpresa fiquei desnorteada, eu ia questionar ele o motivo de ter me ignorado, mas o que ele fez depois me fez foi tirar o ar totalmente.
- E-eu..-gaguejo apontando pra porta atrás de mim que ainda estou encostada. – Eu tenho aula, melhor a gente ir.
- Também acho. – fala ele olhando pra minha boca.
Eu pego minha mochila que caiu no chão com seu ataque repentino e me ajeito, não quero que pense que estávamos nos pegando no armário de serviço eu sinto o olhar de Damian atrás de mim observando cada movimento meu, eu abro a porta e saio na frente com Damian nos meus calcanhares e paro no corredor, mas antes eu dou uma ultima olhada pra ele e pra minha surpresa ele fez o mesmo, todos que estavam no corredor estão indo pra aula, eu aperto os lábios e respiro fundo e dou um sorriso desconfortável e me viro na outra direção e ele faz o mesmo, eu posso jurar que minhas bochechas estão vermelhas e queimando, o que foi isso.
Damian
Eu vim pra escola no intuito de realmente ignorar ela de fingir que nada aconteceu e eu achei que ela faria o mesmo já que nos dois, nos detestamos assim que nos vimos, e não quero ficar comparando ela com alguém que não está mais vivo, mas quando a vi furiosa, vi que era o contrario e não resisti ao seu toque quando ela me puxou e nem olhar pra sua boca quando ela se virou pra mim furiosa eu tive que calar ela na hora, não queria brigar de novo, toda vez que estou com ela eu ajo totalmente o oposto do que digo que vou fazer, ela me leva ao limite, eu a ataquei como um animal selvagem que sou, e ela retribuiu na mesma intensidade, mas ainda bem que o sinal tocou pois sei que poderia ter feito uma besteira naquele lugar pequeno e cheio de tralha, mas não nego que adoraria ter continuado de onde parei, mas preciso manter o controle perto dela se não vou trair tudo que acredito,.... é se eu continuar repetindo pra mim mesmo que consigo ficar longe dela talvez a mentira se torne realidade, mas até lá eu tenho que aprender a ficar perto dela sem atacar ela assim, os Grey pretende apresentar ela a comunidade e ela logo vai estar amarrada a essa cidade mais do que já estar eu preciso aprender e o melhor jeito é treinando e acho que tenho até uma ideia pra isso, sorrio com malicia enquanto caminho pra minha aula.
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Lua Cinza
WerewolfGrey Moon Kelly cresceu em um orfanato sem saber de onde veio sem saber o dia de amanhã, nunca teve nada pra chamar de seu, sempre foi isolada no orfanato até que um dia ela acordou na floresta nua e ensanguentada sem entender o que tinha acontecido...