Lua Cinza

Capítulo 49

Damian

Droga não imaginei que ela reagiria assim ao meu toque, eu devia ter usado o método antigo, eu fiz aquilo pra treinar meu controle perto dela, mas tenho que dizer que estava sendo uma guerra difícil de vencer o seu cheiro doce de morango com hortelã e jasmim estava me enlouquecendo, se ela não tivesse se transformado eu provavelmente teria avançado um pouco mais do que passar os dedos nela, eu a beijaria como nunca como fiz hoje na escola, eu tiro minhas roupas e jogo longe, e me transformo no ar e corro pra floresta na direção que ela foi, percebendo que ela não foi muito longe eu mudo minha manobra e me jogo na frente dela pra que ela pare.

- Kelly se acalme, eu sei que é difícil, mas tenta pensar em coisas calmas.

- Está meio difícil vai por mim.

Isso é bom, ela ainda tem consciência, se ela continuar assim talvez ela não surte pela floresta.

- O que te acalma?

- Eu não sei. – rosna.

- Deve existir algo, um mantra talvez.

- Eu nunca precisei disso seu idiota, você sabe de onde eu vim.

Ela não parece estar se acalmando eu preciso pensar em algo, mas nada me vem à cabeça, se ela fosse da minha alcateia talvez eu conseguisse, mas... não acredito que vou usar isso, mas fui eu que fiz ela chegar nesse estado, vou ter que utilizar minha ligação de parceira com ela, eu dou um passo de cada vez e ela recua rosnando em guarda pronta pro ataque. Eu olho pros seus olhos azuis e tento conectar meu espírito com o dela, vamos, eu nunca quis você ou precisei de você, mas mesmo assim você se manteve aqui, mesmo assim você mês escolheu então me ajude, sua parceira precisa de você....Como um estalo, uma onda que estava instável, como estivesse em vários picos de movimentos muda e se mantém alinhada em uma só freqüência.

(Seu olhar se afunda no meu e o meu no seu, sua guarda agora que se matinha alta esta baixa, suas presas não estão mais amostra, o ar é leve, existe apenas nos dois no mundo, no nosso mundo, nos tocamos nossos focinhos ainda com os olhos um no outros e medimos distancia, mas não por defesa.)

Kelly

(É como se estivéssemos admirando cada detalhe um do outro, cada movimento, e paramos, eu abaixo minhas orelhas e ele as dele e trocamos caricias meu focinho no seu pescoço e o dele no meu, eu apoio meu focinho nele e ele em mim, estamos aproveitando o momento que nos foi proporcionado, esse curto momento que não tínhamos em eras.)

Então escutamos o estalo novamente e a onda voltou a se movimentar, eu e Damian nos afastamos e nos olhamos confusos, sem entender, mas como se entendêssemos, um sentimento de tristeza, saudades e de amor havia passado pela gente e sabíamos quem haviam sido eles.

- Eram? – questiono.

- Acho que sim...foi ...

- Leve e difícil...

-De explicar a sensação...é senti o mesmo, tem coisas que eu realmente não consigo explicar e acho que essas é uma dessas.

- Acho que isso se chama de sentimentos inexplicáveis.

- Hahaha, sim deve ser isso, agora que você está mais calma, vamos voltar. – Damian corre de volta e eu logo atrás.

- Como vou voltar pra casa sem roupa?

- Eu comprei um short pra você quando fui pegar a comida com William.

- Seu mordomo?