95|Narração

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Lexie

Exatamente uma hora que minha sogra tinha chegado, e ela já estava me deixando doída. Ela sempre estava procurando algo para criticar. Achava defeito em tudo.

Eu apenas me mantinha calada, mas as vezes não dava. Não sou de ferro, eu sou boazinha até que comecem a me tirar do sério. Como minha irmã diz: Não confunda ser boazinha, com ser trouxa.

- Vou pegar a Sofia -coço a garganta me retirando da mesa.

Entro no quarto de soso me sentindo mais aliviada por estar longe de minha sogra. Precisarei de muita paciência para aguenta-la nesses cinco dias.

- Oi mamãe, tava com saudade -faço voz de bebê fazendo Sofia sorrir entre as lágrimas.

Seu rostinho pálido esta todo vermelho, de tanto fazer forças para chorar. Seco suas lágrimas com a sua fralda.

- Uhm! Tá mais calma? -beijo sua bochecha. A mesma fica me olhando.

Depois de checar sua fralda, saio do quarto. E assim que Mirian -minha sogra- me ver a mulher diz :

- Lexie, segura ela direito, se não ela cai.

- Que ironia, sempre seguro Sofia assim e ela até hoje não caiu -lhe dou um sorriso forçado.

Entrego Sofia a Mark, e volto a me sentar em meu lugar. Ainda sonolenta a menina deita no peito do homem, suas mãozinha passam por sua barba.

- Não conte com a sorte menina -retrucou a mais velha levando um pedaço de bolo aos lábios -uhm, esta com o fundo queimado.

- Talvez devêssemos reclamar na padaria -Sloan tenta descontrair aquele montando.

Com certeza a mulher achou que tinha sido feito por mim. Agora caiu do cavalo.

Nos dois dias seguintes foras as mesma coisas. E quando Mark saia para trabalhar, e eu tinha que ficar sozinha com ela, eu queria morrer.

Eu sei que Mark sente falta de ter a mãe por perto, mas eu sou grata por ela morar bem longe de nós.

- Cheguei mulheres da minha vida -grita Mark abrindo a porta de casa.

Sofia que estava em pé no sofá, enquanto eu a segura abre um enorme sorriso Banguela ao ouvir a voz do pai.

- Olhem só essa princesa -o homem beija seu nariz - oi amor -me deixa um selinho -Cadê minha mãe?

- Esta por ai -digo. Graças a Deus a mulher passou a tarde toda andando para rua.

O homem caminha até a cozinha, deixando a chave da moto em cima do balcão. Pego Sofia nos braços e caminho até a cozinha atrás dele.

- Eu fiz bolo, e não está queimado no fundo -brinco lhe arrancando uma risada.

- Você nunca deixa o bolo queimar -sorri pegando a vasilha com o bolo na geladeira - Temos que ir ao mercado.

- Isso que ia te falar -digo ajeitando Soso em meu quadril - Temos que comprar lenço umedecido, e fralda descartável.

- Oloco, compramos fralda o quê, semana passada?

- Pensasse nisso antes de me engravidar -mando um beijo no ar ao ver o sorriso sem graça em seus lábios.

- Claro que o papai vai comprar fraldas para essa princesa -faz uma voz de bebê brincando com a nossa filha.

Sofia gargalha em meus braços tentando tocar a barba do pai.

- Cheguei. A vizinhança é muito boa -a voz de minha sogra se faz presente.

- Sim, aqui é muito bom de se morar -Sloan beija a testa da mais velha.

Acabo passando Sofia para avó quando ela pede. Mark se senta no banco alto em volta da bancada, e começa a tomar o seu café.

- Não sabe com quem eu encontrei?

- Com quem mãe?

- Com a Julia. A sua ex, mais como ela esta bonita. Ela sempre foi bonita. É um Amorzinho ela, até hoje não entendi o do porque ter terminado com aquela menina.

Apenas cruzo os meus braços, deixando bem claro que não estou gostando daquele assunto.

- Porque não era para ser ela mamãe. A mulher da minha vida estava por ai, e eu achei ela no Instagram exibindo sua beleza, a beleza que só ela tem -seus olhos se mantém nos meus -E graças a ela, tenho uma linda família -beija minha bochecha.

É, toma essa sogrinha.

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