144| Narração

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Lexie


Olha Mark, e Sofia dormindo juntos era a cena mais linda do mundo. A bebê estava atravessada em cima da barriga do pai, com os lábios entre abertos, e uma mão esparramada no peitoral do pai. Era um feriado na cidade, e o dia estava abafado. Pego o laptop em cima da cômoda, e fecho a porta ao sair.

Ajeito as almofadas no sofá, deixando uma atrás de minhas costas, e outra em meu colo. Abro o aparelho eletrônico, assim que ele liga abro a pasta de arquivos, cinco minutos depois já estou chorando vendo os vídeos caseiros de Sofia, alguns eu e Mark aparecemos com ela, e outros são da época que Mark e eu eramos apenas namorados.

- Ei, esta chorando, Caroline? - olho para Mark parado ali.

- Sim -minha voz sai chorosa -Estava vendo uns vídeos  caseiros, e eu não aguentei amor.

- Vem cá - Mark me puxa para os seus braços. Ele rodeia minha cintura e beija minha têmpora.

Ficamos ali abraçados vendo os vídeos juntos.

...

Depois do jantar, que Mark pediu em um restaurante, colocamos um filme infantil que Sofia adorava. A bebê estava deitada no colchão de berço no chão, seus olhinhos azuis estavam atentos na televisão, e na boca sua inseparável chupeta.

Sloan estava deitado no sofá, e eu no meio de suas pernas com as costas em seu peitoral. Sua mão estava em minha barriga fazendo um carinho ali. No meio do filme Enrolados comecei a sentir um certo incômodo, comecei a ficar inquieta, e as dores aumentaram.

- Esta sentindo alguma coisa?

- Eu to com dor -respiro fundo - Ai, droga! Minha bolsa estourou, nego.

- Respira fundo ta bom -deposita um beijo em meus cabelos, com cuidado ele sai de trás de mim - Vou ligar pra sua irmã.

Mark pega o celular, e começa falar com alguém que deduzo ser minha irmã, já que ele iria ligar para ela. Sofia ergue a cabeça, ela me olha atenta parecendo assustada, mas não chora. As dores parecem aumentar, me seguro para não gritar, as dores eram insuportável, mas não queria assustar minha filha.

- Elas estão sem carro, então acho melhor levarmos Soso pra lá, do que ela pegar um táxi.

- Tá. Ah! - seguro minha barriga rezando para que Pierre não nasça no meio de minha sala. - Não vou aguentar.

Mark parecia assustado, assim como Sofia que me olhava curiosa,  o que tanto estava evitando acontece, Sofia abre um barreira.

- Vamos deixa-la no Derek, é mais perto - apenas assenti. Mark correu pro quarto de nossa princesa, e logo apareceu com uma bolsa rosa no ombro, e a minha e de Pierre na outra mão.

Alguns segundos depois estávamos dentro do carro a caminho da casa de Derek. Tínhamos ligado para ele no caminho, e já estava a nossa espera do lado de fora da casa. Carina pegou Sofia tentando acalmar a menina que chorava, aquilo estava partindo meu coração, ter que deixá-la assim, sem ao menos poder acalmá-la.

- Ela vai ficar bem -disse o homem quando estávamos a caminho do hospital. Como tínhamos ligado a minha irmã avisado que Sofia estava com o padrinho, a loira iria para o hospital.

Quando chegamos fui posta na cadeira de rodas, eu só sabia gritar de dor, sentindo a cabeça de Pierre saindo.


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