99| Narração

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Lexie

Depois de ter entrando em desespero e não saber o que fazer, acabei ligando para minha mãe, a mais velha me passou tudo o que eu tinha que fazer para melhorar a cólica de Sofia que gritava em meus braços. E parecia ter funcionado, vinte minutos depois a bebê estava deitada com a cabeça em meu peito, enquanto sugava fortemente a sua chupeta. Seus olhinhos azuis estavam marejados, e sua mãozinha mexia no colar em meu pescoço.

- você assustou a mamãe -seco a lágrima que desce - Desculpa, meu amor.

Beijo sua cabecinha, ato que faz a bebê fechar os olhinhos. Alguns minutos depois escuto o barulho da moto de Mark, e suspiro aliviada, pois significa que nada de ruim aconteceu com o homem, mesmo que eu esteja com muito raiva por ele não ter atendido as minhas ligações.

- Acordada ainda?! - salpica um beijo em meus lábios. Sofia já cochilava em meus braços -Esteve chorando? -segura em meu queixo fazendo olhá-lo nos olhos.

- Porque não atendeu minhas ligações? - minha voz sai chorosa.

- Estava jogando, o celular ficou na bolsa. Depois fui tomar uma cerveja com os caras, e nem me importei em pegar o celular.

- Mas deveria, você tem uma filha pequena dentro de casa -digo tentando controlar minha voz - Soso teve dores, eu não sabia o que fazer, te liguei e nada, eu me senti uma péssima mãe, Mark -despejo sentindo as lágrimas descerem.

- Desculpa amor,eu realmente deveria estar atento no celular. Mas não se culpe, você é uma ótima mãe pra Soso.

Mordo o lábio inferior segurando as lágrimas. Olho para Sofia que dorme tranquilamente, sugando sua chupeta.

- Ela está melhor? -Com cuidado pega a bebê de meus braços. Seus lábios se encostam na testa da menina, seus nariz roça em sua bochecha.

- Ela está melhor, liguei pra minha mãe e ela me ajudou -passo o dedo por sua cabecinha.

- Desculpa, Caroline. Prometo que isso não vai mais acontecer -beija minha bochecha.

Apenas assinto me sentindo mais calma. Tinha sido uma noite cansativa, nunca tinha visto minha filha tão desesperada e não poder fazer nada tinha me deixado mal. Me senti imponente naquele momento, mas graças a Deus tudo estava bem, e Soso estava melhor da dores.





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