Does he dangerous?

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Título do capítulo: Ele é perigoso? 



Anne Eliott's P.O.V

Estava com a cara grudada no computador, procurando incessantemente por um emprego. Eu precisava e queria um, não queria mais me sentir depente dos meus pais, eu já tenho 21 anos, preciso ser indepente e ajudar nas despesas da casa. Não entrei em nenhuma faculdade ainda, não tenho certeza do que cursar, e obviamente, não quero cometer um erro, ao entrar em um curso que não me agrade em nada. Minha mãe adoraria me ver como médica. 

Eu não me imagino cursando medicina, tudo o que me vêm em mente, é o desperdicío de tempo. Até eu me decidir, eu vou trabalhar e econimizar para o meu futuro.

Aumentei minhas pupilas, quando encontrei um anúncio, no canto direito da tela do meu computador. Nele estava pedindo uma ajudante, em uma loja de instrumentos musicais, no centro da cidade. Se tinha uma coisa que era a minha paixão, essa coisa se chama música! Desde pequena eu me vejo envolvida com música, meu avô paterno era pianista profissional, deixando seu legado depois da morte, como inspiração para seus alunos de música.

Eu amava o que ele fazia, me lembro dos meus olhos brilharem, na primeira vez que toquei em um piano, meu avô me ensinou como tocá-lo, mas eu jamais seria como ele. 

Cliquei rápidamente naquele anúncio, deixando meu número de contato, com a esperança de que eu possa trabalhar lá. Fui até a cozinha, pretendendo ajudar minha mãe, com o almoço.

Oi querida- ela disse, assim que eu entrei na cozinha, me encarando rápido. Logo ela voltou sua atenção para a faca, que picava os legumes na tábua de madeira.

Quer ajuda com o almoço?- perguntei, caminhando ao seu encontro.  Minha mãe assentiu, me passando o tomate e uma faca.

Passou a manhã toda no quarto, estava estudando para o vestibular?- ela perguntou-me, enquanto picava as cenouras. Tossi, falsamente.

N-não- falei, observando atentamente o tomate, dando à fruta toda a minha atenção. O minuto de silêncio se instalou no ambiente, me deixando na defensiva.  Eu já sabia onde essa conversa ia parar, sabia que ela iria se estressar, mas eu tinha que falar abertamente com ela, sobre minha decisão. Eu vou trabalhar, ela querendo ou não.

Achei que já tinha começado a estudar, você se inscreveu pelo menos?- questionou, parando o que estava fazendo, para me olhar.

Não mãe, eu não me inscrevi e nem vou! Eu vou trablhar- falei firme, para que ela respeite minha decisão, sem se impôr.

E novamente ela fez aquela cara de reprovação.

Como assim? Tá maluca? Eu quero que se forme em medicina e que tenha um bom futuro- ela disse, cruzando os braços. Revirei meus olhos, largando a faca que eu segurava.

Não mesmo! Eu não quero ser médica- resmunguei, cruzando meus braços e a encarando.

Mas é o melhor para você! O que vai te dar um futuro melhor-minha mãe falou firme, seu olhar fixo em mim me dava tremedeira. Bufei, negando veemente.

Desculpa mãe, mas eu vou trabalhar e eu espero que respeite minha decisão- falei, deixando ela sozinha na cozinha. Voltei para o meu quarto. O barulho da faca, batendo com força contra a madeira, me indica que ela está furiosa.

Ela sempre tenta me controlar, sempre decide por mim. Eu tentei fazer tudo o que ela sempre quis, me formei em uma escola só de garotas, vou a igreja todo santo domingo com ela e me separei da minha melhor amiga, tudo para agradá-la, mas já estou cheia disso! Eu quero trabalhar com música, nem que seja em uma loja de instrumentos musicais.

Better ManOnde histórias criam vida. Descubra agora