Título do Capítulo: Livre
Ashton Irwin's P.O.VEu tinha que esperar pelo delegado. Durante esse tempo, eu pedi para que eu pudesse falar com Luke. Me disseram que essa era a última visita, e que durante a semana, o detento era permitido receber duas visitas. Quem fora o segundo a visitar Luke? Me lembrei apenas que a Ann viria visitá-lo. Olhei ao redor, olhando aquele ambiente mórbido, alguns detentos falavam com seus parentes, esperei que Luke passase pela porta dupla. Eu roía as minhas unhas, pensando em qualquer possibilidade, de tudo ir por água abaixo. Parei com todas as neuras, quando vi Luke caminhar até mim, suas mãos algemadas e seu semblante cansado.
Luke!- exclamei, me levantando e abraçando rapidamente meu amigo.
Ash! Como você está? Como tudo está?- Luke indagou, eu sorri minimamente, eu sabia que Luke surtaria, quando eu contasse do meu sacrifício.
Está tudo bem! Você está bem cara? O que houve com a sua mão?- indagei, ao perceber que Luke tinha sua mão direita ralada, e parcialmente inchada, sem nenhum curativo, ou algo do tipo.
Luke fitou suas mãos, ele se calou por breves segundos, parecendo pensar em algo. Estreitei meus olhos, tentando entender suas reações. Luke não era do tipo emocional, ele tentava ao máximo esconder seus sentimentos, mas naquele momento, vi meu amigo derramar inúmeras lágrimas. Franzi o cenho, sentindo que algo ruim estava por vir, dadas as suas várias tentativas de dizer algo, falhando miserávelmente.
O que aconteceu Luke? Tem algo que queira me contar?- indagei, ele levantou seu olhar, que estavam lotados de água, eu senti um nó na garganta se formar, assim que vi seus olhos, inchados pela falta de sono, e também pelas lágrimas. Luke mordeu os lábios, assentindo diante da minha indagação. Esperei com calma, por sua resposta.
Aconteceu Ash!- ele disse, sua voz saíra um tanto falhada, pisquei várias vezes, pensando nos possíveis acontecimentos.
O que exatamente?- perguntei, vendo a dor tomar conta do rosto do Luke, ele fez uma careta, logo depois me fitou sem falar nada.
Minha mãe morreu- ele soltou sem nenhuma eufemia, eu senti o choque de tais palavras contra mim. Vi a expressão do Luke mudar, e suas lágrimas voltarem a rolar sem freio, pelo seu rosto cansado.
Como assim? Quando foi isso? Eu sinto muito Luke! Eu sinto...- falei sem parar, Luke me interrompeu e eu fitei suas orbes azuis.
Há algumas horas- Luke disse, eu murchei por completo. Não existiam palavras, nem nada do tipo, que fosse o suficiente para confortar Luke naquele momento. Eu apenas me calei, deixando que o silêncio se instalasse. Luke chorava baixinho, enquanto eu pensava em tudo o que ele estava passando. Eu tinha que tirar ele daqui o mais breve possível.
Tudo vai ficar bem Luke- falei, me levantando e me sentando ao seu lado. Bati nas costas do loiro, levemente. Ele me fitou e assentiu fraco. Desviei meu olhar para o homem, que acabara de entrar naquela sala. Era o delegado Smith! Pulei da cadeira, assustando Luke.
Ashton! Onde vai?- escutei o loiro indagar, eu acenei para ele, avisando que voltaria logo. Corri até o homem alto, trajado devidamente, para o cargo de delegado. Chamei ele, juntando o máximo de respeito em minha voz.
Em quê posso ajudar, rapaz?- o delegado indagou, quando eu parei na sua frente, respirando pesadamente, pela corrida até ele.
Posso falar com o senhor?- perguntei, recebendo seu breve concentimento, seguindo o homem alto, até sua sala.
[...]
Anne Eliott's P.O.V
Eu andava à passos largos, pela rua da minha casa. Eu não tinha mais meu emprego, mas ainda sim, eu tenho a amizade dos quatro! Pisei naquele gramado verde bem cuidado, vi meu Bixano deitado nas escadas da varanda. Peguei ele e entrei com aquela bolinha de pelos. A porta de casa fez barulho, chamando a atenção da minha mãe, sentada no sofá, acompanhada de uma mulher, e uma garota dos cabelos castanhos. Os três pares de olhos se direcionaram à mim. Eu engoli a saliva, estampando o meu melhor sorriso simpático.
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Better Man
FanfictionAnne Eliott, uma garota de 21 anos, com o humor e a alegria inabalável. Inteligente e reservada, ela conseguia conquistar qualquer um ao seu redor. Mas sua mãe superprotegia ela, impedindo-a na maioria das vezes, de viver como uma jovem da idade del...