Darkness

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Título do Capítulo: Escuridão



Nate Williams's P.O.V

[...]

mais uma vez aquela merda de telefone tocou. Eu tentei ignorar ao máximo, o barulho estridente que ele fazia. Eu jamais atenderia essa ligação, e proibi à todos que o fizessem por mim. Era questão de tirar o telefone do gancho, e então, mais uma vez eu teria Jason na minha cola. 

Meus planos são simples, eu estou pouco me fodendo para a maldita dívida que meu pai tinha com ele. Então, eu quero distância do Jason, ele é o pior verme que eu já tive o desprazer de conhecer. Me levantei da poltrona de couro, caminhando para fora daquela sala, onde tudo me dava o desgosto das lembranças do meu pai. Eu precisava me distraír, eu estava uma pilha de nervos, eu odeio tudo isso ao meu redor, mas eu não tinha como fugir, eu tinha que seguir a "linhagem". Maldita família Williams. 

Respirei fundo, tirando do meu bolso, o cigarro forte. Me encostei na parede em um tom escuro. Olhei aquele corredor, as luzes piscavam, e eu escutava gemidos pelos corredores, revirei meus olhos, saíndo dalí o mais rápido possível. Empurrei aquela porta pesada, que parecia ter sido feita de chumbo. Logo depois da primeira tragada no cigarro, senti a nicotina percorrer pelo meu organismo, me proporcionando a "paz" que eu queria. Observei por longos minutos, o céu estrelado, tudo parecia mais fácil, quando eu tinha aquelas drogas em mãos. Quando eu não lembrava de quem eu era, de quando a morte parecia se esconder naquela névoa acizentada, a nicotina. Traguei mais uma vez, eu não ligava nem um pouco, se aquilo estava me matando, ninguém sentiria a minha falta mesmo! Olhei ao redor, fitando o beco vazio, com duas luzes fracas, que piscavam e davam um ar mais sombrio ao local. Voltei para dentro da boate, encarando tudo nela. 

As dançarinas sensualizando para os clientes. A música alta e dinheiro voando para cima das minhas garotas, que faziam o seu trabalho muito bem. Caminhei até o bar, quando o barman, que eu não sabia o nome me viu, arregalou os olhos castanhos, em seguida, eu revirei os meus olhos claros. 

Me prepare um drink logo!- exclamei, ele assentiu depressa e se virou, eu esperei impaciente, pela bebida que era preparada pelo cara. 

Aqui está senhor- ele disse, tentando soar o mais respeitoso possível. Peguei o copo, virando todo o líquido ardente de uma vez. Eu queria fugir disso, nem que seja da maneira mais imprudente possível, eu não me importo. 

Me levantei e caminhei por minha boate. Todos alí me fitavam surpresos, eles devem estar se perguntando, "o que o chefe faz aqui?". Sorri para as dançarinas, em questão de segundos, quatro garotas me rodeavam, tentando chamar a minha antenção. Ri de tal cena. 

Hoje é a minha vez senhor?- a garota ruiva indagou, se enroscando em mim e grudando seu corpo semi nu ao meu. Dei de ombros. 

Pode ser- comentei, ela sorriu e me agarrou, suas mãos ageis percorriam pelo meu corpo. Tentei levar isso até onde ela queria, mas eu não estava no clima. Afastei a garota de mim, que logo formou um semblante frustado. 

O que foi Nate?- a ruiva indagou, fazendo bico e enrolando meus fios de cabelo em seus dedos. Revirei meus olhos, segurando o pulso da garota, interrompendo seus carinhos em mim. Ela arregalou os olhos para mim. 

Não me chama pelo nome! Vá dançar e cumprir com seu trabalho- ordenei, ela assentiu e se afastou, voltando para o palco. Baguncei meus cabelos, procurando por mais um cigarro nos bolsos da minha jaqueta. 

Merda!- exclamei, por não ter encontrado nada nos meus bolsos. Eu precisava de algo mais forte. Caminhei até meu escritório, na cobertura. 

Oi chefe!- a garota que eu fugia disse, enquanto eu subia até meu escritório. Bufei, ignorando a morena por completo.

Better ManOnde histórias criam vida. Descubra agora