Título do Capítulo: Uma vida por outra
Ashton Irwin's P.O.VQuando o médico chamou pelos familiares do Mike, senti uma pontada de medo no coração, eu temia as palavras que saíriam da boca daquele senhor. Bati meus pés contra o chão, nervoso. Passei as mãos pelo cabelo, me levantando e esperando a conversa deles acabar, enquanto Calum saiu para chamar Anne e Luke, que estavam fora do hospital. O polícial Shane trouxe os pais do Mike, e agora ele escrevia algo em um papel, grudado em sua prancheta que repousava em seu colo. Tentei afastar as péssimas ideias, entretanto, era complicado não pensar no pior, naquele momento desesperador.
Pouco depois, Karen e Daryl começaram a chorar, abraçando um ao outro, aquilo me devastou e eu pensei na pior das ideias. Luke e Anne entraram na sala, olhando tudo e logo formando o mesmo semblante que eu. Anne andava com cautela até nós, enquanto Luke petrificou onde estava. Olhei para Calum, que estava parado no meio da sala de espera, forçando suas unhas em seu punho cerrado. Anne agarrou meu braço, indagando-me do ocorrido. Eu olhei para ela, negando por não saber a real resposta. De um segundo para o outro, Luke entrou em desespero, ele chorava sem parar, enquanto olhava vagamente para todo canto. Corri para perto dele, para impedir o que viria a seguir, Luke estava entrando em uma crise emocional, e se ninguém o parasse, ele iria socar e chutar tudo ao seu redor.
Chamei seu nome, enquanto cravava meus dedos em seu braço, chacoalhando seu corpo, numa tentativa de chamar a atenção dele. O loiro alto me fitou vagamente, seus olhos estavam envoltos de lágrimas, enquanto seu rosto estava vermelho.
Luke? Calma, está tudo bem!- falei, tentando fazer com que ele reagisse, falhando miserávelmente. Ele tentava me dizer algo, mas eu não entendi nada, apenas "Mi". Chacoalhei mais uma vez seu corpo, sem obter uma reação dele, logo uma das enfermeiras vieram até nós, segurando uma seringa entre os dedos. Luke parecia uma pedra. Quando a mulher picou ele, injetando aquele líquido calmante, ele estatalou os olhos, olhando para o lado, onde ela estava. Senti seu corpo relaxar e ele fechar os olhos, segurei seu peso em meu corpo, impedindo que ele caísse no chão. Aquela mesma enfermeira empurrou uma maca para mim, onde eu repousei o corpo do Luke, para que ele possa descançar. Respirei fundo, encarando ele. Anne veio ao meu lado, com seu rosto todo molhado, abracei ela e caminhei para perto dos pais do Mike. Karen tentava controlar os soluços, enquanto resmungava algo.
Calum se aproximou de nós, e todos ficamos fitando os pais do Michael, esperando pela notícia que temíamos. Daryl secou as lágrimas da esposa, afagando ela em seus braços.
Como o rapaz está?- Mary, a mãe da Ann indagou por nós, todos fitamos ela e logo olhamos novamente para Daryl.
Ele vai precisar de doação de sangue, para a cirurgia- ele disse, sentindo o pesar dessas palavras. Levantei a minha sobrancelha em surpresa. Pensei em dizer algo, mas Calum me interrompera.
Quer dizer que ele tá vivo?- Cal indagou, ele estava abraçado com a Cindy, que mordia as unhas nervosa.
Meu Mikey ainda tá vivo? Por favor, ele tem que viver- Cindy reforçou essa frase, o pai do Michael assentiu lentamente, mas mesmo com essa notícia boa, ele parecia triste, tinha algo a mais nisso.
Mas essa notícia não parece totalmente boa- comentei, ele assentiu trsitemente, afagando os cabelos da Karen. Senti um peso caír sob mim, me tirando a fé que eu ainda tinha.
O estoque do sangue que precisam acabou, e precisamos de um doador de imediato, o médico disse- Daryl falou, com seus olhos se enchendo de lágrimas. Nos entreolhamos, e logo uma discussão sobre tipo sanguíneo começou a entrar em pauta. Cada um de nós se ofereceu para doar sangue para o Mike, mas então, foi descoberto que nenhum de nós, infelizmente, era compátivel com o sangue dele. Aquela falsa fé fora tirada de todos nós, mais uma vez.
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Better Man
FanfictionAnne Eliott, uma garota de 21 anos, com o humor e a alegria inabalável. Inteligente e reservada, ela conseguia conquistar qualquer um ao seu redor. Mas sua mãe superprotegia ela, impedindo-a na maioria das vezes, de viver como uma jovem da idade del...