Capítulo 22 | Temporada 2

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Notas da Autora:

Boa leitura!

Daniella

- É impossível invadir sem reforços. - fala Daniella, enquanto via um emaranhado de homens no quintal.

Estávamos passando pela segunda vez na rua de Dimitry analisando o perímetro.

- Como sabe que Matteo está aí? - pergunta Davidson parando o carro.

- Victor levou ele. A casa de Dimitry era o próximo ponto, depois da invasão da fábrica.

- Sempre soube que Dimitry era o alvo de Victor. - sussurra Davidson.

- Tá, mas...O que faremos agora?! -Daniella se vira no banco. - O que Victor pretendia fazer aqui?

- Eu...não sei. Ele não me deixou participar da missão toda.

Victor não contava tudo. Nunca contou.

Era manipulada toda hora, sem perceber.
O que Matteo tinha falado era verdade, apesar de não querer acreditar que estava sendo usada esse tempo todo. Não me lembro de tudo, mas desde que acordei do incêndio, senti a minha vida de cabeça pra baixo, como se estivesse seguindo um rumo desconhecido.

Não posso confiar em ninguém. Não até recordar de tudo.

Mas nesse momento, eu quero matar Victor por todas as mentiras que me fez acreditar.

Sou uma pessoa vingativa. E agora estou com muita sede de vingança.

- Eu tenho um plano.

Saio do carro e o frio escaldante me ataca despercebida. Mas de alguma forma a raiva me aquece por dentro e me faz ignorar a minha fraqueza corporal.

Abro o porta mala na esperança de ser um dos carros de Victor. E por sorte é.

Vislumbro a enorme metralhadora 50 repousada como um bebê no tapete com as balas numa caixa.

- O que você tá fazendo? - pergunta Daniella, me olhando pelo retrovisor.

Arranco o tampão de cima e entro no porta mala com facilidade por não ter galão de gás ou qualquer outra coisa.

- Meu Deus...- sussurra Davidson olhando mais de perto.

Coloco os cartuchos com rapidez.

Não temos muito tempo...

- Como não vimos isso antes?! - se surpreende Daniella.

- É o seguinte...- os dois me olham - Prestem atenção no que vou dizer.

Espio os guardas da casa de Dimitry que estavam estranhando o nosso carro parado.

Eles viram.

- Davidson quero que você estacione o carro, de ré, na frente do portão com distancia de 3 metros. E depois que eu abrir a mala vocês vão sair do carro. Ok?!

Os dois se olham um pouco incertos por segundos. Mas Davidson interrompe o momento quando começa a dirigir para perto do portão.

Me pocisiono e escuto a voz de Daniella um pouco antes do carro estacionar:

- Scarlett.

Olho para trás.

O carro para.

- É sempre um prazer trabalhar pra você. - seu sorriso maligno estampa a sua face, enquanto carregava sua arma.

Me desviro e preparo para abrir o porta mala.

- E é sempre um prazer me divertir com vocês.

Um. Destranco a mala.

Dois. A metade levanta.

Três. Deslumbro um emaranhado de homens preste a atirar.

- Agora!!! - aperto o gatilho.

O som ensurdecedor da metralhadora atinge meus ouvidos, enquanto as balas atingiam a metade dos homens a minha frente.

Meu corpo tentava se firmar com os movimentos fortes, enquanto girava a arma para atingir tudo o que estava em minha visão periférica.

A sensação de poder estava me deixando a loucura. E quanto mais eu atirava, mais da cor vermelha se espalhava pelo jardim.

A adrenalina de pressionar o gatilho, irradiava energia por todo o corpo. E era incrível a visão dos homens que me ignoravam e maltratavam serem esmagado pela fúria que crescia dentro de mim.

Vitor vai pagar com sangue!

(...)

Daniella

- Temos que fazer alguma coisa. Essas balas não vão durar pra sempre. - grito ao lado de Davidson, que tentava, igual a mim, se proteger das balas.

- Tenho certeza que ela matou a metade. - Grita de volta.

Me viro e observo a chuva de homens surgindo no jardim e a metade sendo mortos por Scarlett.

- Finalmente...- sussuro, me desviando das balas.

- O que?

- Finalmente estou em um filme de ação.

- Sério isso?! -Começo a rir, enquanto ele carrega sua arma. - Da onde está vindo tanta gente?

Eu ia responder, mas dois segundos depois uma bomba explode no jardim e tampo meus ouvidos para abafar o som estridente.

- Merda. - Grita Davidson.

- A gente tem que entrar. Não vai dar certo ficar aqui.

Ele coloca a arma na cintura e olha para os lados.

- Eu tenho uma ideia. Mas vc tem que entrar no carro rápido.

- Que?! Davidson não existe mais carro!

- Já!!! - se levanta, rapidamente.

- Mas...

Não penso muito e me levanto, entrando no carona. O painel de controle está comido por balas e o estofado destruído, mas Davidson está tentando ligar o carro.

- Vamos!!!

O carro liga e a primeira coisa que ele faz é se virar para trás e engajar na marcha.

- Scarlett!! - grito, chamando atenção.

Davidson acelera e bate com o carro no portão, quebrando em pedacinhos.

Ele ainda continua a dirigir de ré sobre o jardim e só para quando atropela um cara.

- Vocês estão bem? - pergunto.

Todos dizem "uhum", mas a única coisa que presto atenção é na minha arma apontando para o cara escondido atrás de Davidson.

- Abaixa. - sussurro e na mesma hora ele abaixa e atiro em na testa. - A gente tem que sair daqui ou tentar achar o Matteo.

- A equipe de vocês não vai chegar?- pergunta Scarlett saindo do carro.

- Quer dizer, a sua equipe! - rebate Davidson, fazendo o mesmo.

- Eles já devem estar chegando! - olho em meu celular e vejo a localização. Estava faltando 30 minutos para a chegada deles. - Esquece...estamos sozinhos...

Em 30 mimutos pode acontecer muita coisa.

- Vocês estão com munição? - pergunta Scarlett, carregando a sua.

- Mais ou menos...- respondo.

- Merda!!!! - grita Davidson. - Se protejam!!!

Mais homens chegavam ao lado oeste do jardim e imediatamente nos escondemos no carro. Não faltou muito para que começassem atirar em nós.

Estamos encurralados...

A Matadora de Aluguel Onde histórias criam vida. Descubra agora