Capítulo 2 | Temporada 2

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- Scarlett você poderia dar uma passada na sala das espadas?!

Eu estava indo para meu quarto quando meu mini fone toca e Gabriela me chama.

- Sim. - respondo.

Na porta que da ao espaço de malhação, eu vou em direção a sala das espadas. Essas salas são as melhores partes da casa. Aqui, todos os meus minis soldados são treinados. Onde são aplicados determinação, extintos aguçados, habilidades extraordinárias, trabalho em equipe e o mais importante fidelidade a organização.

A maioria deles são criminosos que não se deram bem na vida, e como escape, se escrevem para participar.
Mas tem casos em que famílias ricas mafiosas mandam seus filhos para cá, sim, eles fazem isso.

Depois que fazem parte da equipe eles ficam restritos a não ter redes sociais e qualquer tipo relacionamento, como casamento. Resumindo, qualquer tipo de coisa que possa atrapalhar seu desempenho na organização. Se eles quebram essas regras uma vez na vida, eles são contratados a serem difuntos em caixões.

E a última regra é, quem entrar, não pode sair. Deixando claro que se você vai fazer parte da família, vai ser pra sempre, não permitimos pessoas que trabalharam aqui no mundo a fora, onde podem contar informações em relação a organização.

Muitas vejam isso como o inferno. Matar pro resto da vida, matar pra viver. Pode até ser isso, mas aqui todos são bem beneficiados, respeitados e as vezes até amados, em um certo limite.

Entrando na sala, eu vejo Gabriela me olhar e em seguida a parede, enquanto sigo o mesmo caminho, sinto minha espinha pulsar para fora.

Eu volto a olhar para ela com a raiva ao ápice, querendo saber quem fez isso, e sem delongas ela mira para um garoto que está em pé um pouco a frente do grupo.

Esquece a parte de serem amados...

Seu cabelo preto desarrumado e seu peito que se movimenta irregularmente, dizem estar em fustração, mas seu rosto é de puro ódio e fúria.

Eu me aproximo devagar, e miro em seus olhos profundamente, mostrando minha indignação contra sua ação.

- Eu quero saber porque minha espada Tizona, que eu própria roubei do museu da Espanha está entortada pela espada que provavelmente foi usada por suas mãos.

- Eu só estava fazendo o me mandaram fazer. - Ele responde encarando o chão.

- Scarlett eu não mandei...

Eu ergo minha mão para mandar Gabriela ficar em silêncio e volto a encarar o garoto.

- Está dizendo que Gabriela mandou você fazer isso?

Ele fica calado. Seu maxilar lateja e entendendo seu jogo, eu me volto para o grupo que está atrás do garoto. Alguns estão pasmos, entretanto outros estão aflitos. Mas uma garota que está no cantinho olha para o garoto com pena, e na hora eu a escolho para interrogar.

- Você, venha aqui. - eu a chamo.

Ela se aproxima com dúvida mas para de frente para mim com convicção de se mostrar forte.

- Qual seu nome?

- Me chamo Daniella, senhora.

- Você o conhece?

A vejo engolir seco e olhar para o chão com receio, mas quando ela abre a boca para falar o garoto a interrompe.

- Não, eu não a conheço.

- Eu não perguntei a você soldado, me responde Daniella.

- Sim, eu o conheço.

- Ok...

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