Acordei com a luz do sol que infiltrava pela janela sem cortina, meu corpo estava um pouco dolorido e percebi estar completamente nua na cama. Tentei me mecher, mas um peso sobre minhas pernas e cintura me impediu, me virei de lado com dificuldade e me deparei com a imagem de Nevra dormindo calmamente ao meu lado. Seu peito nu subia e descia profundamente, seu rosto me parecia ainda mais bonito a luz do dia, seus cabelos agora me pareciam loiros acobreados e sua barba rala lhe atribuia um charme que poucos homens conseguiam ter.
Tirei seus braços de cima de minha cintura e empurrei suas pernas, ele se mecheu e virou de bruços na cama. Pude ver suas costas arranhadas e algumas marcas roxas no pescoço, sorri. Levantei- me e procurei meu vestido, o encontrei jogado no chão perto da porta, as amarras das costas estavam rasgadas, imagino que a madrugada de ontem tenha sido boa, pena que o vinho não me permite lembrar.
Peguei meu vestido e me dirigi ao banheiro, a água fria do banho despertou todos os meus poros e me acordou por completa, sai e fui me vestir em frente ao espelho do quarto, tentar fechar o vestido para ao menos poder andar até meu quarto. Antes de vesti-lo percebi as marcas roxas que também haviam em meu corpo, se espalhavam do meu pescoço até a região interna de minhas coxas, passando por meus seios e ventre. Pus o vestido e estava tentando dar um jeito de fechar a parte de trás quando senti mãos quentes segurarem meu quadril por baixo do tecido.
- Parece que esse vestido não vai mais lhe servir, majestade. - A voz rouca de Nevra se fez presente em meus ouvidos.
- Parece que você me deve um vestido novo. - Sorri e o encarei pelo espelho.
- Eu posso te ajudar a fechar este. - Ele tirou o cinto de sua calça e passou por minha cintura, prendendo o vestido a meu corpo.
- Obrigada. - Passei as mãos pela longa saia amarela.
- Preciso ir, tenho obrigações para a festa de hoje a noite. - Nevra se afastou e foi em busca de seu casaco.
- Você é sub comandante, sabe que precisa comparecer ao baile, não sabe? - Ele me olhou confuso.
- Bem, agora eu sei. - Sorriu.
- Por que não toma café da manhã aqui?
- Ah, não. - Ele riu. - Octavia estará na mesa, eu prefiro evitar as brincadeiras para o resto da minha vida. - Eu ri.
- Tudo bem. - Ajeitei meu cabelo.
- Ember..
- Sim? - Me virei para ele e só então me dei conta de que estava perto demais de mim, me roubou um beijo e saiu.
- Feliz aniversário. Te vejo a noite. - Sorriu para mim e se foi.
Soltei um suspiro involuntário e também sai do quarto, entrei rapidamente no meu e pus uma roupa descente. Malcon não bateu em minha porta hoje e se bateu, eu não estava aqui. Sai apressada do quarto e me dirigi para a mesa de café da manhã, somente Deidra e Octavia estavam presentes, se levantaram quando notaram e minha presença e se sentaram depois de mim.
- Bom dia, majestade. - Ocatvia me lançou um sorriso maroto.
- Bom dia. - Sorri para elas.
- E então. - Deidra me encarou com um sorrisinho. - Nevra é realmente bom no que faz? - Octavia soltou uma risada.
- Bem, sim. - Eu comecei a rir.
- Ele passou por aqui apressado, imagino que tentando se esconder de mim. - Octavia riu. - Um pena para ele, pois acordei cedo apenas para ter o prazer de ver essa cena.
- Você tinha que ter visto a cara dele, Ember. Ficou mais vermelho que uma pimenta. - Deidra começou a rir junto a Octavia.
- Ai meninas, não precisava de tanto. Foi apenas uma noite. - Me servi de um copo de leite de cabra.