XV

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- Posso saber por que Ezarel está a horas enfiado no laboratório? - Deidra me questionou no jantar. - Ele nem saiu para comer, ele ama comer.

- Ele está seguindo minhas ordens. Temos um plano de ataque.

- E nós seremos informadas quando? - Octavia questionou.

- Quando estiver pronto. - Eu sorri e ela revirou os olhos.

Todos estavam sentados a mesa, menos Nevra e Ezarel. Me limitei a não perguntar pelo Lorde, estou adiando o máximo que posso a conversa que preciso ter com ele.

Os dias passaram voando, quando menos esperei a carta de aviso de guerra chegou.

- Com licença, majestade. - Octavia entrou em minha sala.

- Sim.

- Os reinos de Nublar e Rivia declararam seu ataque.

- Juntos?

- Ao que parece, os reis não são tão soberbos a ponto de atacar Eldarya com seus exércitos insignificantes.

- Bem. Sabemos que Nublar tem domínio das rotas marítimas. - Eu sorri. - Octavia, chame o Ezarel aqui, por favor. - Ela prontamente saiu e voltou acompanhada do príncipe.

- Majestade. - Ezarel fez sua reverência.

- O óleo está pronto?

- Está nas caldeiras, fervendo para apurar.

- Quanto tempo?

- Mais dois dias.

- Certo. - Sorri para ele.

- Podem me explicar o que está havendo? - Octavia nos olhava irritada.

- Bem, eles vão nos atacar pelo mar.

- Como tem tanta certeza?

- Por que o lado que da para o mar vai ser o único que vai parecer vulnerável. Além do mais, Nublar detém total poder sobre as rotas marítimas.

- E o que faremos? - Octavia se serviu de licor.

- Eu já havia pensado nessa possibilidade, então pedi para que Ezarel criasse uma espécie de óleo que não afunde e que possa queimar na água.

- Vai tocar fogo nas águas? - Octavia sorriu.

- Nós vamos. Octavia, por favor, informe do plano a Deidra e junte-se a ela. Preciso que ponham no mar os navios mais velhos da guarda real, para que achem que nossa esquadra marítima está de guarda.

- Mais alguma coisa, majestade? - Ela sabia que havia mais.

- Preciso que libere Ezarel para ser lider dos arqueiros. Vou precisar de vinte deles no topo do castelo.

- Considere-o liberado. - Eu assenti.

- Informe ao Nevra para organizar uma esquadra de combate em solo, para os guerreiros que escaparem do fogo.

- Certo.

- E depois que informar a Deidra, peça para que ela venha aqui, por favor.

- Com licença, majestade. - Octavia prestou continência e se retirou da sala.

- Ezarel, assim que o óleo estiver pronto, me avise. Não importa a hora.

- Sim, majestade.

- Agora vá treinar seus arqueiros. - Sorri para ele.

- Obrigada, majestade. - Ele prestou continência e saiu.

Preciso pôr em prática meus planos de defesa, em hipótese alguma a batalha pode se estender para dentro das muralhas, o povo de Eldarya não é treinado para isso e nem deveria ser, as guardas existem para protegê-los e se a função for bem desempenhada, quase não haverá combates. A inteligência é a maior arma.

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