3- Senhor Morgado

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Oi, sou eu de novo

Então, nesse capítulo vocês vão perceber um certo diário e que essa fic vai andar por duas estórias que se conectam. Primeiro quero dizer que não me dediquei a fazer pesquisas muito extensas sobre a outra parte que se passa em um período diferente da história, foi apenas pelos livros que já li nesse rumo. Eu escrevo para me divertir, se vocês quiserem algo mais fiel vamos procurar Jane Austen, todas as irmãs Bronte, eu faço uma lisa de sugestões se quiserem hahahahha

Enfim, agora não deve estar fazendo sentido, mas quando lerem vai fazer.

Boa leitura, beijinhos da Imbigo.

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-Isso é roubo seu demônio.- Camila quase gritava com indignação, aquilo fez Lauren caminhar mais rápido em direção a sala, preocupada com o que podia estar acontecendo. Tinha demorado no banho pela dificuldade em fazer tudo sozinha.

Deparou-se com a engenheira quase arrancando os cabelos e as crianças morrendo de rir ao lado dela. Não precisou de muito para entender o que acontecia, Bruno tinha cartas nas mãos, cartas de baralho, e aquilo significava encrenca.

-O que está havendo?- Perguntou calmamente, sentindo o coração começar a acelerar.

-Nós ganhamos dinheiro, Lolo.- Helena falou animadamente mostrando mais notas do que achava possível enquanto Becca e Bruno faziam o mesmo.

Camila tinha um bico enorme nos lábios fuzilando Bruno com os olhos. Eles jogaram três partidas e em todas elas o garoto simplesmente a humilhou de forma vergonhosa, era uma engenheira, deveria ser melhor em um jogo de cartas que um garotinho.

Não gostava de perder, nunca, em nada. Uma vez quebrou uma mesa em um surto de raiva e perdeu uma amiga de infância por causa de um +4 em um jogo de UNO, mas convenhamos é totalmente inadequado alguém lhe dar um +4 quando você acabou de gritar uno, uma falta de respeito indesculpável.

-Vocês vão devolver esse dinheiro e me explicar o que houve aqui.- Apesar de fazerem carinhas tristes os três não demoraram a se preparar para entregar o dinheiro, mas Camila negou rapidamente.

-Não, eles ganharam de forma justa.- Alegou levantando as mãos.- Você não quis aceitar dinheiro para comprar roupas para você e para eles, então eu tive que dar o meu jeito.

Lauren ficou olhando com incredulidade para a engenheira, haviam passado quase meia hora em uma discussão quando ela foi lhe entregar as roupas para que tomasse banho. Não queria aceitar dinheiro de ninguém e nem explorar a mulher, por isso negou terminantemente qualquer dinheiro que não fosse fruto do próprio suor.

-Camila, será que podemos conversar a sós? - Pediu com educação, vendo a mulher a seguir até o quarto.

-Nem olhe com essa cara, esse é fruto do suor deles, principalmente o do Bruno, nós não somos exatamente amigos, eu realmente perdi para ele.- Falou mal-humorada cruzando os braços.

Na verdade todos os pestinhas eram mais espertos do que esperava. Primeiro foi com Becca, ela a chamou para brincar de restaurante enquanto esperavam por Lauren, assim que a pequena trouxe a água em um dos copos viu ali a oportunidade de dar dinheiro para eles, dinheiro de verdade que fez os olhinhos verdes brilharem. Foi muito interessante perceber que o primeiro copo custou dez centavos e o segundo cinquenta reais.

Também teve que pagar para sair do restaurante abusivo já que não tinha gastado o mínimo de 100 reais, quando tentou reclamar com o gerente sobre o atendimento grosseiro do local, recebeu a notícia de que precisaria pagar para falar com o gerente também, tudo ali era pago e quase saiu correndo antes que cobrassem pelo oxigênio que respirou.

SOS 7053Onde histórias criam vida. Descubra agora