SOS 7053

10- Os dez mandamentos

HEEY

Coloquei uma capa nova, sofro demais com duas fics dentro de uma, queria as duas capas hahhahaha. Essa nova foi a Sarah que fez, obrigada Sarah, você faz tudo.

Boa leitura, beijinhos da Imbigo.

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Camila arrastou uma cadeira de praia até o corredor do prédio parando na porta de Teresa. Segundo seu relógio faltavam dois minutos para a pequena bomba improvisada explodir no apartamento da velhinha e não perderia aquela correria por nada. Ela não deveria ter lhe provocado ao deixar Lúcio entrar no prédio, desde que Lauren tinha chegado estavam em uma espécie de trégua, mas se ela queria guerra, iria ter.

-O que você está fazendo?- Lauren perguntou curiosa parando ao seu lado.

-Esperando Teresa explodir.- Respondeu tranquilamente, vendo a outra arregalar os olhos assustada. Antes que tivesse oportunidade de fazer algo, ouviram o grito esganiçado da velha e a porta se abrindo para revelar uma Teresa coberta de uma gosma não identificável.

Ela correu por todo o corredor gritando por socorro e Lauren foi em seu socorro enquanto Camila ria alto, bebendo vinho enquanto aproveitava o show de horrores de sua querida vizinha.

As crianças apareceram na porta do apartamento atraídas pelo barulho, Becca tinha o rostinho confuso observando a confusão enquanto Helena e Bruno começaram a acompanhar Camila nas risadas, divertidos com o desespero da senhorinha.

-Nunca me tomem como exemplo, crianças. - Camila orientou, vendo eles sorrirem alegremente em sua direção.

Lauren ajudou Teresa a se limpar e a limpar a cozinha do apartamento, mesmo com o gesso conseguia ser mais rápida que a idosa que a todo tempo falava barbaridades de Camila. Não tinha ideia de como a engenheira tinha entrado no apartamento da vizinha ou do que era constituído aquilo que explodiu na mulher, mas que não a machucasse já parecia êxito suficiente, não perguntaria mais nada.

Quando voltou ao apartamento de Camila, ela ajeitava uma mesa bem no centro da sala e conversava seriamente com as crianças. Já havia mencionado que aquela sexta era a de jogos. A engenheira tinha um grupo que se reunia sempre em um dos apartamentos para a "Batalha Mortal do Uno".

O objetivo do jogo era mais sobre fazer os outros perderem de forma humilhante do que especificamente ganhar. Lauren não havia presenciado ainda a natureza daquela competição, mas apenas pelo que viu nos olhos sedentos por morte de Camila, já decidiu que não estava disposta a participar.

-O que você está falando para eles?-Perguntou desconfiada, vendo a mulher olhá-la de rabo de olho.

-Nada.- A resposta vaga fez Lauren cerrar os olhos, direcionando o olhar para os irmãos que correram rapidamente, provavelmente por saberem que quando Lauren mandava eles tinham que obedecer.

-Vou fingir que acredito.-Zombou, fazendo a outra sorrir de lado.- Como entrou no apartamento da vizinha?

-Pela porta. É fácil abrir essas fechaduras.

-Camila...você invadiu?- A engenheira assentiu tranquilamente, enquanto distribuía as cadeiras pela mesa verificando cada pequeno canto do local.- Como fez isso?

-É bem fácil na verdade, meu pai me ensinou, ele não é o que chamamos de politicamente correto, me ensinou muitas coisas interessantes.- Admitiu com tranquilidade, parecendo animada ao ouvir a campainha.

Lauren ficou parada no mesmo lugar pensando sobre as palavras da mulher, não sabia ao certo o que ela queria dizer com "não é o que chamamos de politicamente correto", mas desconfiava que não podia ser nada de bom. Um pai que ensina a filha a abrir fechaduras alheias não parece ser uma boa influência em nenhum aspecto.