Capítulo 16

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Quando cheguei fui direto para o quarto, tomei um banho quente, precisava relaxar principalmente levando em conta meu primeiro dia como secretária de Noah e também o final de semana junto com ele, sei que Vinícius vai ficar uma fera e minha mãe mais ainda, mas não quero perder esse emprego.

Assim que terminei pus uma calça jeans escura e uma blusa branca soltinha e uma sapatilha preta afinal o dia ainda não chegou ao fim. fui até a cozinha onde Viní e Mel estavam comendo.

- Começaram sem mim? Estou me sentindo trocada pelos dois. — falei finjindo estar chateada.

- Mas é dramática essa minha irmã viu. — Falou me abraçando.

- Chega de papo quero comer que jaja motorista da Thaís passa ai para me pegar. — Falei comendo um pedaço do bolo de Viní.

- Ei, pega o seu mocinha. — falou dando um tapa na minha mão.

- Não da tempo. — Falei e pus um copo de suco tomando rapidamente e tirando uma fatia de bolo. Quando derrepente escuto buzinarem lá fora. — Minha carona chegou, boa noite para vocês e cuidado viu. — Falei com sorriso sapeca e ambos riram. Sai correndo e encontro minha vadia favorita.

- Viadaaaaa, saudade de você. — Falou ou melhor, gritou assim que entrei no carro e me puxou para um abraço. — Tenho novidades e quero saber tudo sobre o Noah.

- Olha eu sai com o Noah, jantamos, conversamos, nos beijamos... — Enfim eu contei absolutamente tudo a ela até o dia de hoje.

- Então ele disse a sua colega que ainda não era seu namorado e minutos depois você soube que ele matou seu pai? — perguntou e eu assenti. — Cara que pesado.

- Pois é, parece que eu só estou atraindo coisas ruins, tirando meu trabalho claro.  — fomos conversando mais algumas coisas e até sobre a atitude de Miguel que me surpreendeu bastante.

- Pelo menos essa parte da minha vida foi encerrada. — falou e percebi que estávamos parados em frente a faculdade.

Saímos do carro e fomos para a sala pude ver Noah e Ghael vindo em nossa direção, mas puxei Thaís para o banheiro antes que eles pudessem nos alcançar. Não queria estar num papo confuso e sem graça, não hoje, depois de alguns minutos o sinal tocou e fomos para sala de aula.

Assim que tocou o intervalo fiquei com receio de sair da sala, mas fui arrastada por Thaís, compramos dois pasteis de forno e nos sentamos, ate que Ghael se senta ao meu lado.

- E então Becca que tal sairmos? — Perguntou animado.

- Pode ser, mas quando? — perguntei curiosa.

- Esse final de semana.

- Não vai dar, viajem a trabalho com o patrão. — falei.

- Eu sei, mas eu também vou na viajem, só não vou levar minha secretária. — falou sorrindo. — Uma ótima oportunidade já que chamam Moonder de a cidade da paixão... Vai que você volta apaixonada por mim. — Falou sorrindo.

- Rapaz... Acho difícil me apaixonar por um cara que conheci num bar e só vi duas vezes e em uma delas seu amigo me deu uma bolada.

- Me conheceu na balada e lá mesmo me deixou te beijar... Já é um começo não acha Thaís? — perguntou e nós a olhamos.

- E... Não me mete nessa não que ela me mata depois. — disse ela vendo eu a fuzilar com o olhar.

- Vamos fazer assim, que tal você ir Thaís? Vai ter uma festa no domingo na casa de um amigo lá e seria bom viajar um pouco e pelo menos a Rebecca não vai se sentir sozinha por não conhecer ninguém.

- Ótima ideia, eu só não quero fazer parte de reuniões chatas. — falou e nos rimos. Logo em seguida vimos que estava na hora de entrar para sala novamente.

- Te vejo depois gatinha. — Disse e me deu um selinho antes de ir embora.

- E amiga será que rola?

- Não sei querida Thaís, quem sabe né?! Pelo menos não estarei sozinha com o Noah. — Falei assim que sentamos na sala.

- Amiga tira isso da cabeça, ele não vale a pena, sei o quanto odeia mentiras e essa foi simplesmente o cúmulo, mas só perdoa por que viver com mágoa de alguém é a mesma coisa que não viver. — as palavras de Thaís ecoaram na minha cabeça durante toda a aula... Nenhuma palavra que saísse da boca da professora eu entendia por que minha mente estava rodeada por perguntas... Perdoar ou não perdoar Noah? Sair ou não com Ghael?

Tempo depois a aula acabou e fomos para frente da faculdade esperar o motorista de Thaís nos buscar.

- Rebecca posso falar com você? — Assim que inalo aquele perfume, me viro bem devagar encarando Noah.

- Não tenho nada para falar com você Noah.

- Por favor Rebecca deixa eu me explicar pelo menos.

- Noah eu estou cansada o dia foi exaustivo, amanhã nós conversamos ok? —Ele apenas assentiu. Seu João estacionou o carro em frente a gente e nós entramos.

Assim que cheguei em casa me despedindo de Thaís e seu João entrei em casa e tranquei a porta e corri para meu quarto, joguei a bolsa num lugar qualquer do quarto e fui para o banheiro, me despi e tomei um banho rápido. Coloquei um vestido folgadinho e deitei horas se passaram e meu coração estava inquieto eu deveria tê-lo ouvido.

Pego o telefone e mando mensagem para que ele venha até minha casa e minutos depois ele estava em frente a minha porta e eu não fazia ideia do que ele queria falar mais queria ouvir ou não dormiria em paz.

- E então Noah, estou lhe dando a chance de falar e talvez sermos amigos. — falei calmamente. Eu sabia que mesmo que eu o perdoasse eu não conseguiria o olhar da mesma forma, sempre o veria como a pessoa que tirou meu pai de mim.

- Eu não estava bêbado. Estava chovendo muito e mal dava para ver a pista, a mesma estava derrapando e já estava bem tarde era mais de meia noite, eu tirei os olhos da pista por um segundo e foi o suficiente para que tudo acontecesse.  Eu parei o carro no meio da rua e corri até ele, liguei para a emergência e expliquei o ocorrido, não sai do lado dele por um segundo sequer. Eu pedi perdão a ele e sabe o que ele me disse? Que as coisas acontecem apenas por um motivo, e que ele sabia que não fiz por mal, que eu estava perdoado. Eu não sai do lado dele nem mesmo quando sua mãe chegou ao hospital, e antes que ele morrece na minha frente ele disse que amava a princesa e o príncipe dele, que foram a melhor coisa que já havia acontecido na vida dele. — enquando ele falava pude ver que o mesmo estava se segurando para não chorar enquanto eu já estava vermelha e chorando. — Eu sinto muito Becca, eu não estava bêbado e nem foi por maldade e eu queria que me perdoasse do mesmo jeito que ele me perdoou, mas se você não puder eu entendo, eu tirei alguém especial para você e não contei a verdade logo no início. — Eu estava sem palavras apenas soluçava por causa do choro e em uma atitude repentina eu o abracei. Eu senti sua dor e se meu pai o perdoou por que eu não poderia também?

- Olha Noah, eu perdoou você, meu pai estava certo, a culpa não foi sua. Seremos bons amigos, só não minta para mim por favor. — Falei o olhando e ele assentiu.

- Obrigado Becca, pelo menos hoje eu dormirei mais tranquilo sabendo que você me perdoou.

- Vai dormir Noah, já esta bem tarde. — falei rindo e entrando em casa.

Fui direto para meu quarto e me joguei na cama, pelo menos agora dormiria sem problema, mas amanhã mesmo caçarei em todos os lugares notícias sobre o que de fato aconteceu e se Noah fala a verdade e se for isso mesmo não há motivo para que nossa família o abomine principalmente Vinícius que nunca foi de guardar rancor de ninguém. Aos poucos acabei dormindo pensando principalmente no que Thaís havia dito "Perdoa por que viver com mágoa de alguém é a mesma coisa que não viver."

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