Assim que coloquei a lasanha e a torta no forno. Subi para me arrumar, tomei outro banho, e vesti um cropped preto com decote em V e mangas compridas e um short cintura alta azul com listras brancas, amarrei meu cabelo num rabo de cavalo e coloquei uma sandália qualquer, passei perfume e estava pronta. Quando desci encontrei vini na cozinha.
- Que cheirinho bom, faz tempo que você não cozinha.
- Faz mesmo, mas hoje merece.
- E então o Noah aceitou vir numa boa? — Eu havia contado a ele por mensagem e a minha mãe também, que por sinal não falou nada, apenas disse que iria comparecer.
- Claro que não. Afinal vocês sairam no soco e minha mãe não é fã do Gonzales.
- Bom pelo visto vai ser um jantar memorável então vou me arrumar assim como a senhorita fez.
- Quer ajuda?
- Eu aceito. Afinal se eu disser que não você ajuda de todo jeito.
- Mas é claro meu maninho tem que estar sempre apresentável e não como o espantalho rabugento que era antes. — Nós fomos para o quarto de Vinícius e enquanto ele tomava banho eu separei uma roupa para ele vestir.
- Becca, eu sinto falta dos nossos momentos de irmãos, nunca mais você pediu para dormir junto de mim... Eu tô me sentindo esquecido. — Disse saindo do banheiro apenas de cueca box.
- Eu tenho chegado tão cansada, prometo que hoje nós vamos durmir juntos e você vai me falar sobre aquela namorada misteriosa.
- Ela não é minha namorada... Ainda não. — disse quase num sussurro. — Pronto, agora estou perfeitamente trajado para um jantar.
- Graças a sua maninha aqui. — Vinícius estava com uma calça moletom preta e uma camisa cinza.
Assim que descemos nossa mãe já estava arrumada na sala e assim que nos viu deu um sorriso. Eu fui a cozinha tirei a torta e a lasanha do forno e abri um vinho, necessito de um pouco de álcool. Botei em taças para nós três e ficamos esperando Noah.
- E então ele vem mesmo?
- Vem sim mãe ele acabou dr mandar mensagem, ta só preso no trânsito. — ela não respondeu apenas deu um grande gole no vinho. — mãe eu sei que não gosta dele, mas pelo menos o escute.
- Vou escutar, por você Rebecca.
- Ele me disse a mesma coisa. — falei sorrindo lembrando o que ele disse mais cedo.
- Você gosta dele não é?
- N... Nãn... Não. De forma alguma. — disse mais gaguejando do que falando.
- Veremos. — disse e me deu as costas.
Alguns minutos a campainha toca e eu fui abrir, quando vejo era Noah, ele estava com uma calça jeans preta rasgada e com uma camisa branca. Seu perfume preencheu minha narina e senti um alívio por ele realmente ter ido.
- Você veio!
- Como eu disse, eu vim por você. — eu apenas sorri e pedi para o mesmo entrar. Vinícius foi até ele e apertou a mão do mesmo.
- Seja bem vindo Gonzales, eu primeiramente queria pedir desculpas por te chamar de bêbado. — disse sem graça.
- Sem ressentimentos cara eu também não fui um bom exemplo quando te dei um soco. — falou e ambos sorriram enquanto minha mãe apenas olhava a cena.
- Bom agora que estamos todos presentes, vamos jantar? — perguntei e todos fomos para a cozinha. Eu pus os pratos a mesa e começamos a jantar.
Estávamos em um silêncio ensurdecedor e podia-se apenas escutar o som dos talheres batendo nos pratos.
- E então quem vai começar a falar? — perguntou Vinícius.
- As visitas primeiro. — disse minha mãe encarando Noah.
Ele explicou sua versão assim como havia explicado a mim dias atrás e minha mãe apenas chorava ao ouvir. Nossa mãe também contou sua versão do dia e Noah se expantou ao escutar sobre a aliança.
- Sua vez Vini. — eu disse calmamente, ele me olhou por uns segundos e eu segurei sua mão por debaixo da mesa.
- Eu não nego que culpei você Noah e também você mãe, mas a realidade é que nenhum de nós teve culpa. Foi escolha dele ir até lá sabendo das condições precárias que aquela noite proporcionava. Por isso eu quero me que perdoem por culpar vocês por algo que não estava em suas mãos.
- É isso que eu quero que vocês entendam, mesmo na hora da dor nosso pai falou em perdão, é difícil para gente aceitar que ele se foi e por isso queríamos alguém para culpar, mas foi escolha dele sair aquela noite e o destino trabalha de formas que ninguém entende, mas quem sabe um dia possamos entender o por que isso aconteceu. — falei e minha mãe apenas chorava. Ela se levantou foi até Noah ficando de frente para a cadeira do mesmo.
- Posso te dar um abraço? — perguntou ela e esse acentiu se levantando e abraçando a mesma. — me perdoe por te culpar durante esses 4 anos, por te odiar, eu fui hipócrita demais para te escutar, fui egoísta aponto de só acreditar em mim e sem saber que você também carregou uma dor no peito, me desculpe Noah.
- Eu quero que você me desculpe também, por não tem insistido mais para que me ouvisse.
- Ótimo todo mundo perdoado agora vamo comer sem lágrimas e sem rancor por favor, mas antes... — falei e peguei minha taça de vinho nas mãos. — um brinde ao perdão e ao papai.
Nós brindamos e começamos a falar sobre o nosso dia a dia e outros assuntos aleatórios, parei para olhar e todos sorriam e aquilo acalmou meu coração, sei que de onde o meu pai esta ele esta olhando e feliz por eu ter restaurado a paz e o perdão da nossa família.
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O lado GG da História
Teen FictionÉ tão clichê aquelas histórias em que a protagonista tem o corpo mais bonito da história, os cabelos escorridos e enormes e fora o príncipe que escolhe justamente a mocinha por sua beleza inigualável, mais eu posso dizer que essas histórias foram fe...