Capítulo 30

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Acordei com a luz do sol no meu rosto e eu estava um caco, totalmente quebrada e minha coluna? Acho que nem existe mais.

Me levantei, fui até no banheiro,  escovei meus dentes lavei o rosto, voltei para o quarto e comecei a arrumar as malas novamente, pois hoje a tarde vamos voltar para casa.

Estava terminando de fechar a mala quando bateram a porta, fui até a mesma e a abri encontrando Noah com os cabelos bagunçados, ele me olhou dos pés a cabeça e só ai percebi que estava apenas com roupa de dormir e pantufas.

- Já te disse que amo essas pantufas? — Disse sorrindo.

- Sim você disse kkkk.

- Se arruma quero te levar a um lugar. Saimos em meia hora. Ah e eu não aceito um "não" como resposta. — Disse e saiu sem me deixar responder, ou seja, fui praticamente intimada a sair com ele.

Fechei a porta novamente  e fui até o banheiro e tomei um banho rápido peguei um vestido justo, acima do joelho na cor azul marinho. E coloquei uma tênis branco, passei perfume e estava pronta, Peguei minha coisas e quando abri a porta Noah estava bem em frente a mesma.

- Eu ia bater na porta. — Disse me olhando atentamente. — Você esta linda Rebecca.

- Obrigado Noah. Podemos ir? — perguntei e o mesmo assentiu me dando espaço para passar.

- Não faz barulho, ta todo mundo dormindo. — Disse e eu apenas Fiz o mínimo barulho possível até chegar do lado de fora da casa. Entramos no carro  e Noah ligou o rádio, estavamos num completo silêncio até que eu decidi quebra-lo.

- Onde esta meu levando? — perguntei.

-  É uma surpresa. — Disse  sem me olhar pois estava de olho no trânsito.

- Sabia que eu sou ansiosa emuito curiosa?

- Curiosa eu sabia, ansiosa? Nem tanto. Kkkk Relaxa Becca já estamos chegando. — Disse e eu fiquei em silêncio. — Você esta bem?

- Sim eu estou. Apenas pensativa.

- Não me diga que esta assim pelo auê houve ontem.

- Não... Estou apenas pensando em como as pessoas podem ser cruéis. Por que o fato de eu estar fora do padrão estabelecido pela sociedade me torna uma aberração?!

- Isso foi uma pergunta?

- Sinceramente, eu não sei.

- Olha Becca, a Sociedade é doente por perfeição, mas esquecem que todos somos perfeitos do nosso jeito.

- Sabia palavras jovem Atlas.

- Caçadores de trolls, Sério?

- É a única frase desse desenho que nunca sai da minha mente. Nunca pensei que o Grande Noah assistisse os caçadores de trolls.

- Eu pensei que você só assistia monstros s.a e boba esponja.— Disse sorrindo.

- Ei me respeita que eu amo esses desenhos, mais sou muito eclética, você não entenderia.

- Explica melhor.

- Eu assisto Stranger things, e também amo riverdile, e sou fanática em bob esponja e os simpsons. Se isso faz sentido eu não sei kkk por que nem eu mesma entendo meus gostos.

- Realmente uma mistura bem interessante.

- Pois é.

- Chegamos. — Falou e estacionou o carro em uma vaga qualquer. Saimos do carro e fomos até a entrada o prédio havia uma teto redondo e algumas fotos de constelações para todos os lados. — Aqui estão nossos ingressos.

- Planetário, Sério?  nunca tinha vindo em um. — Disse animada.

- Eu sei que não, a Thaís me disse que você desde pequena era louca para conhecer um planetário. Então aqui estamos.

- Não acredito. Noah muito obrigado mesmo, melhor saída de todas. — Disse e pulei em cima do mesmo o abraçando. — Agora vamos não quero perder nada. — Disse e sai o arrastando feito criança arrastando os pais.

Assim que entramos entregamos os ingressos e um rapaz nos mostrou nosso lugar. Nos sentamos e minutos depois começaram a mostrar varias imagens de planetas e constelações, uma mais linda que a outra.

(...)

A

ssim que a apresentaçao acabou saímos de lá e tinha uma barraca de sorvete e fomos até ela.

- O que achou?

- Eu achei muito maravilhoso, cada constelação mais linda que a outra.

- É você gosta mesmo de observar a estrelas, estava parecendo até uma criança de tanto que seus olhos brilhavam. — Disse e eu fiquei sem graça.

- Estava me observando?

- Sempre estou, você que nunca percebe Becca. — Disse e seu semblante mudou... Agora era como se estivesse triste. — Becca eu... E antes que ele pudesse terminar, alguém tapa meus olhos.

- Adivinha quem é. — Disse a pessoa anônima.

- Eu não acredito. Cristian é você? — Disse tentando parecer animada. Aquele perfume enjoado era inconfundível.

- Acertou Bequinha. — Falou tirando as mãos dos meus olhos e me abraçando.

- O que você esta fazendo aqui? — Perguntei. Após sair do abraço.

- Eu vim passar uns dias aqui para relaxar e você?

- Eu vim a trabalho, volto para casa hoje mesmo.

- Sério qual o horário do seu vôo?

- Às 18:00hrs

- Sério? O meu também. Mas diz ai você já desencalhou? Sempre foi a ultima em tudo quem dira em achar um namorado. — Disse sorrindo.

Ah deixa eu contar para vocês, Cristian é meu primo por parte de Pai adotivo. Sempre fez bullying comigo por causa do meu peso e é um completo babaca.

- Quem é seu amigo? — Perguntou olhando para Noah. — Seu namorado não é né, um cara desse porte com uma garota como você só em sonho. — Disse e eu apenas me sentei novamente eu estava desconcertada e encomodada com a atitude dele na frente de Noah. — E então não vai apresentar seu primo ao seu chefe? — Perguntou me tirando dos meus pensamentos.

- Cristian esse é o Noah meu...

- Namorado dela. — Disse e eu o olhei com os olhos arregalados e pelo jeito Cristian Também.

- Nossa, por essa eu não esperava. — Prazer em conhece-lo Noah.

- Não posso dizer o mesmo. — Disse Noah o olhando Friamente. — Amor, vou pedir a conta e já volto. — Disse e me deu um beijo e depois foi até o balcão.

- Só quero saber o que você fez com ele. Ta fazendo chantagem? Por que com beleza que não foi. — Disse rindo e eu apenas o ignorei.

- Vamos Becca. — Disse Noah me estendendo a mão e eu a peguei rapidamente e sai de lá.

Nos entramos no carro e voltamos o caminho todo num completo silêncio, falar com Cristian me fez abrir algumas feridas do passado. Assim que chegamos sai rapidamente do carro e antes que eu entrasse Noah me chamou.

- Becca espera!— eu parei e virei para o mesmo. Meus olhos estavam cheios d'água. Ele veio até mim e me abraçou forte.

- Suas dores também doem em mim, não devia ter deixado ele falar com você daquela forma. — Disse e eu me soltei e corri para o quarto e me trancando no mesmo. Noah não havia feito nada de errado, mas eu precisava ficar sozinha.

Passei o resto do dia presa no quarto, Noah levou comida para mim, mas eu estava sem fome.

(...)

Estávamos no aeroporto esperando o jatinho da empresa chegar para nos levar. Todos estavam me secando então acredito que Noah contou o que aconteceu mais cedo.
Quando o jatinho finalmente chegou entramos e eu me sentei em uma das poltronas e acabei adormecendo.

O lado GG da HistóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora