Capítulo 20

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Apesar de estar acima do peso eu era feliz comigo mesma, morena dos cabelos  negros, cacheados e grandes, olhos castanhos grandes, o famoso nariz de batata e os lábios carnudos, eu sou aquele tipo de gorda com curvas e dobrinhas, coxas e bunda grande, na realidade eu era toda grande kkkk, não nego, mas eu gosto de mim do jeito que sou, eu não preciso ter o corpinho de revista para me achar atraente.

Ele entrou no banheiro e eu fiquei o esperando lado de fora ( claro né dentro que não iria ser) e minutos depois ele saiu perfeitamente arrumado seu cheiro era leve aqueles que da vontade de se entregar por inteiro, e nesse meio tempo paro para analisar o mesmo, ele estava trajando uma calça social cinza e uma camisa também social azul na mesma tonalidade do meu vestido... Aposto que tem o dedo de Thaís ai, as mangas estão levantadas até os cotovelos e o mesmo tentava colocar uma correntinha no pescoço.

- Quer ajuda?

- Claro, está difícil colocar.— disse virando e me dando as duas pontas do cordão para que eu pudesse fechar.

- Prontinho. —  assim que ataquei pude ver as iniciais NA. — É da sua família?

- Não, pertenceu a alguém que foi especial para mim. — ele respondeu fundo e olhou novamente ao telefone. — Vamos, eles já estão chegando. — nós fomos para a frente do restaurante... Não havia mais nenhum cliente, havia apenas uma mesa no meio daquele amplo salão, tudo perfeitamente organizado.

Alguns minutos depois o carro estacionou na frente do restaurante e dele desceu um rapaz com seu terno e sapato social que tinha seus cabelos perteados para o lado, em seguida sua esposa que pareceu ter uns 26/27 anos desceu também ela estava trajando um vestido preto justo, e para minha surpresa ela também era gorda como eu. Eu esperava uma modelete magra e loira, não me achem preconceituosa, mas a primeira coisa que pensamos ao lembrar de alguém rico é que é magro loiro dos olhos claros, nossa sociedade nos faz pensar dessa forma e já é tão automático que tomamos um choque de realidade ao ver que não é bem assim e esse foi meu caso.

- Boa noite e bem vindos ao meu humilde estabelecimento, essa é Rebecca minha acompanhante. — Disse me apresentando ao casal.

- Prazer em conhecê-la Rebecca, me chamo Alexandre e essa é minha esposa Carolina.

- O prazer é todo meu. — Falei e apertei a mão dos dois. — Então vamos a mesa? — todos assentiram e fomos nos sentar, Noah gentilmente puxou a cadeira para que eu pudesse sentar e Alexandre fez o mesmo com a esposa.

- Estou tão animada, a anos não participamos de encontro de casais. — Eu estava bebendo um gole do vinho e no momento em que a frase "encontro de casais" foi processada em meu cérebro eu me engasguei com o vinho, mas graças a Deus ninguém percebeu e Noah apenas me olhou sem graça.

- Vamos fazer os pedidos? — Noah disse mudando de assunto e eu agradeço mentalmente por isso.

Todos pedimos o mesmo prato: risoto de abóbora com camarões salteados, farofa de bacon e tomates. Estava um silêncio constrangedor até que eu decidp puxar assunto.

- Como vocês se conheceram? — eles se olham por um instante até que Carolina decide contar.

- Estava chuvendo horrores e eu estava voltando do trabalho, até que um carro passado e me da um banho de lama, eu peguei uma pedra e joguei no carro que no caso era dele nos discutimos no meio da chuva até que ele começou a rir do nada e eu fiquei sem entender. — parou enquanto o olhava, havia paixão em cada palavra dita por ela.

- Eu não sei até hoje o por que eu ri, mas ela começou a rir, fazia sentido por que estávamos os dois errados discutindo por que queríamos estar certos, quando eu consegui parar de rir eu perguntei se ela queria carona e ela me chamou de maluco...

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