Capítulo 17

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Acordei as 6:00 horas ou seja, não dormi quase nada, me estiquei na cama pegando o notebook que estava próximo a mim, me sentei na cama e comecei a pesquisar tudo sobre o acidente o engraçado é que eu nunca quis saber como havia acontecido, aceitava que foi acidente e pronto nunca li notícia nenhuma sobre, em parte por que naquele momento eu senti muito a falta dele e também já bastava os olhares de pena e os comentários com "Coitados foram órfãos de novo." como se minha Mãe tivesse morrido também. Ela lutou muito para nós criar e nunca chorava na nossa frente, mais peguei ela chorando escondida algumas vezes, eu só queria ter certeza que Noah falava a verdade afinal ele já omitiu sobre ser o motorista que atropelou meu pai. Vasculhei várias e várias notícias até que achei um vídeo sobre o acidente.

"Essa noite a exatamente 23:00 horas da noite houve um atropelamento na avenida xxx, segundo testemunhas o senhor de 50 anos se chamava Daniel Santiago, ele foi socorrido pelo motorista que não saiu do lado dele em nenhum momento, mas chegando ao hospital ele veio a óbito deixando esposa e dois filhos, um de 17 e o outro de 20 anos, o velório será amanhã no cemitério x. Mas a pergunta que fica é... O que um senhor estava fazendo no meio da avenida tarde da noite sabendo o quão perigoso estava nas circunstâncias dessa noite chuvosa? Fica ai um mistério que nunca saberemos."

Ele estava certo, o que levou meu pai aquela avenida tarde da noite? Ele não teria como ter ido a pé levando em conta o quão longe era da nossa casa.
Talvez ninguém soubesse, ou minha mãe escondesse muito bem, mas agora pelo menos eu sei que Noah falou a verdade. Mais eu não vou parar por aqui eu quero saber o que o levou aquela avenida e eu não vou sussegar até descobrir.

- Becca hora de a... — Vinícius ia entrando no meu quarto mais parou ao meu ver acordada. — Ue, eu vim te acordar, mas acho que cheguei tarde. — Falou rindo e só lancei um sorridinho de lado para o mesmo. — O que foi Becca?

- Me promete que você vai me ouvir primeiro e vai brigar comigo depois? — perguntei e ele me olhou desconfiado.

- O que você andou aprontando Rebecca? — perguntou entrando no meu quarto, ele fechou a porta e puxou um puf para perto da cama e se sentiu. — Eu juro que reclamarei depois que me contar absolutamente tudo.

- Jura de dedinho? — falei estudando meu dedinho para o mesmo.

- Que isso? Somos crianças agora? — Falou rindo e eu apenas fechei a cara o olhando seriamente. — Ta, eu juro de dedinho. — falou revirando o olho e juntando seu dedinho ao meu.

- Ontem ao sair da faculdade Noah me procurou querendo se explicar digamos assim. — falei e Vinícius já me olhava com cara de poucos amigos. — eu estava cansada então disse que outra hora e vim para casa com Thaís... — eu expliquei tudo que ele me contou e mostrei o vídeo que achei sobre o acidente. — Eu acho que talvez a nossa mãe saiba o que ele estava fazendo aquela hora no meio da avenida. E você sabe que eu não vou sossegar até descobrir tudo.

- Olha sobre a parte do perdoar você tem razão, deveriamos, ou melhor, EU deveria ter escutado a versão dele antes de chama-lo de bêbado e culpar ele por tudo. Eu ouvi apenas a versão da nossa mãe e ela disse apenas que ele tinha atropelado nosso pai e ele tirou dela a oportunidade de estar com ele no último momento.

- Exatamente, pensando bem ela falou a verdade e nós nunca nos interessamos em saber o que de fato havia acontecido até hoje.

- Isso é verdade Becca, mas acredito que nosso pai tinha um bom motivo para estar ali, julgando pelo que eu o conheço. Mas faremos o seguinte, vamos cuidar e ir trabalhar e marcamos com a mamãe amanhã antes da ir pára o hospital ou na nosso horário de almoço, o que acha?

- Ótima ideia Viní. — falei e logo Melissa aparece na porta.

- Rebecca já são 9:00hrs não vai trabalhar hoje? — perguntou e a mesma já estava pronta. Dei um pulo da cama e corri para o banheiro, mas pude escutar Viní e Melissa rirem. Assim que terminei o banho ponho um vestido preto na altura do joelho, ele marca bem minha cintura e é rodado no final, ponto um salto bege que é para diferenciar, amarro o cabelo num coque para ser mais rápido, passo apenas um batom, o corretivo para disfarçar as olheiras e o rímel, pego minha bolsa e o telefone e encontro os dois na sala já pronto.

- Vai sem comer nada Rebecca? — pergunta Viní.

- Eu compro alguma coisa no caminho agora vamos antes que eu me atrase.— falo e saio empurrando os dois até o carro.

Assim que entramos no carro lembro que Ghael falou sobre não levar a secretária que nesse caso é Melissa para a viajem para Mooder e resolvo puxxar assunto sobre isso.

- Mel você reservou um quarto para o filho do senhor Cevereant em algum hotel em Mooder?

- Não. — falou e ficou pensativa por alguns minutos. — Se eu contar jura que vocês não vão contar a ninguém.

- Claro que não. — falei, estava bem curiosa.

- Para quem iríamos contar? — perguntou Viní.

- Bom o meu chefe pediu para encomendar umas flores para entregar no hotel em Moonder no sábado e fora que ele pediu que eu alugasse um espaço por que ele vai dar uma festa por lá, pelo menos é o que aparece.

- Hum, que pena que irei apenas a trabalho e também não fui convidada. — falei.

Minutos depois chegamos ao grande edifício, Vini estaciona o carro e enquanto eles vão subindo eu atravesso a rua, compro dois cafés e dois croissans de chocolate, atravessou novamente e passo pelo rool da empresa indo direto para o elevador.
E lá vamos nós para mais um dia de trabalho.

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