O lado GG da História

Capítulo 43

(...)
Alguns dias se passaram e toda noite durante a madrugada simplesmente se materializava algum presente de Noah, passei a jogar todos no quarto de hóspedes. Eu nem os abria e nem lia os cartões, apenas pegava e os jogava no quarto de hóspedes, não queria e não iria me permitir sofrer p alguém que se quer está presente de alguma forma.
Comecei o dia com um bela café da manhã tentando me manter calma, a cada dia se aproximava a data da minha formatura, eu iria finalmente virar a estilista que sempre quis a dona da butique inclusive passou a pedir meus desenhos e até mandou fazer duas peças minhas que rapidamente venderam. Resolvi deixar essa história de Noah pra trás, ao invés de mandar presente deveria simplesmente aparecer, olhar nos meus olhos e contar o que tá havendo de fato, mas isso só em sonho mesmo.

— Vamos Becca eu te deixo no trabalho. — Ghael passou a dormir aqui sempre por causa dos presentes da madrugada. Então nós tornamos bem próximos com a convivência.

— Já estou saindo. — Disse e saímos.

— E aí, como vai ser o dia hoje?— Perguntou.

— Hoje vou fazer o de sempre. Mas tô achando que dona Carol vai me contratar depois que me formar.

— Que maravilha Becca, você realmente merece, mesmo eu não entendendo nada de moda eu sei que você vai se sair bem, já está na verdade. — Disse sem graça.

— Eu estou pensando em me mudar. — Disse olhando para o trânsito a nossa frente. — Acho que vai ser o melhor a de fazer.

— Você sabe que está apenas fugindo né?

— Talvez. Mas prefiro pensar que estou evitando um problema maior.

— Não acho que deva fazer isso. Acho que você tem que ficar de tocaia pegar quem está entregando esses presentes e mandar um recado de volta. Se você não se posicionar isso vai continuar Rebecca.

— Talvez... — Disse apreensiva.

— Talvez? — Disse incrédulo. — Vou ser bem sincero Becca. Acho que você não quer abrir mão dele, e acabou se prendendo a isso. Você está apenas postergando o inevitável, uma hora você vai ter que saber o por que diabos ele tá fazendo isso. E acho que ler os cartões ao invés de guarda-los na sua cabeceira, já seria um bom começo.

— A verdade é que não sei se quero ouvir as desculpas dele. Eu não sei se é mentira. Apesar que dias antes dele sumir ele estava recebendo umas ligações que o deixavam estranho. Não sei se isso tem haver com o sumiço dele. — Disse pensativa.

— Acho que você merece pelo menos um desfecho dessa história toda.

— É... Talvez você esteja certo Ghael.

— Você e seus "talvez". Bom, chegamos, ta um bom dia Becca. — Disse ao parar em frente a butique.

— Digo o mesmo a você. — Disse e sai do carro. Olhei logo em direção ao outro lado da rua onde vi o carro de sempre lá parado e entrei na butique em seguida.

— Então meninas, estamos chegando a reta final, pertinho de vocês se formarem, tenho orgulho de vocês, mas uma de vocês se destacou mais ainda e me deu um orgulho imenso, por saber lidar com os clientes, e também demonstrar ser uma estilista inclusiva e fora dos padrões esperados. Dito isso Rebecca meus parabéns, você foi escolhida para administrar a nova butique na cidade de Onlymens. — Disse e fiquei boqueaberta. Não esperava por isso tudo.

— Carol não sei o que dizer, de verdade agradeço imensamente a confiança em mim como pessoa e profissional. Espero atender as espectativas que pos em mim. — Disse dando abraço na mesma. Depois disso voltamos ao normal, ela disse que ficaríamos de férias por uns dias por causa de uma reforma programada que vai durar umas duas semanas então aquele seria nosso último dia antes de sairmos de "férias".

O dia passou tranquilo, até que notei uma movimentação estranha na rua, como já estava pronta pra largar fui até a frente da loja ver o que estava havendo. E simplesmente era uma briga em frente a loja. De repente vejo Alan, isso mesmo Alan Gonzalez irmão do Noah.

— Boa noite cunhadinha. — Disse se aproximando de mim.

— Não sei se ficou sabendo mas não sou sua cunhada Alan. — Disse ríspida.

— Como não? Noah mesmo quem pediu para eu vir te buscar?

— É mesmo? Da última vez que vi ele não falava com você e queria você longe de mim, então como ele justamente agora além de falar com você pede pra vir me buscar? Conte outra. — Disse e me virei pra entrar na loja mas o mesmo me segurou pelo braço com força. — Me solta Alan, você está me machucando.

— Você vai vir comigo princesinha. — Disse e me mostrou a arma em sua cintura. — Você vem sem dar um Piu tá ouvindo? Ou eu estouro seus miolos aqui mesmo. — Disse e eu apenas o obedeci. Ele saiu me levando e ninguém percebeu por causa da confusão na rua.  Ele me levou até uma outra rua que era mais deserta. — Não sei o que o idiota do meu irmão te disse a meu respeito, mas acredite vou virar seu pior pesadelo Bonequinha.

— Por favor só não me machuque. Eu estou te obedecendo não tem por que me machucar. — Disse e de repente ele me empurrou contra a parede mais próxima e deu um soco em meu rosto.

— Por acabou eu mandei você falar sua vadia? Só abre a boca se eu mandar tá ouvindo? — Perguntou e eu apenas balancei a cabeça, minha cabeça doía como nunca e senti o olho latejar. Ele de destruiu por um segundo e pegou o telefone. — Não se meche tá ouvindo? — Perguntou e eu apenas balancei a cabeça.

Eu estava tão assustada que só percebi que estava chorando ao passar a mãos no rosto e sentir ele molhado, todo meu corpo tremia e eu não sábia o que estava acontecendo. De repente ouvi o baralho Deum carro na rua que estávamos ele acelerou com tudo indo pra cima de Alan acertando o mesmo, a porta se abriu e Noah saiu de dentro mandando eu correr pra dentro do mesmo. Fiz o que ele mandou e entrei no carro. Alan se levantou na puxando a arma e atirando contra o carro. Noah puxou o mesmo rapidamente saindo dali.

— Noah o que tá acontecendo? — Perguntei quase gritando.

— Becca você tá bem? Aí meu Deus seu rosto, o que aquele desgracado fez com você? — Disse olhando para mim, então posso deduzir que não estava bonito de se ver.