(a ilustração do capítulo foi feita por mim - Nicolas)
— Bom dia, Alex! - A simpática Ava a cumprimenta, como todas as manhãs, com um sorriso no rosto. Devia ter seus sessenta e bons anos, levada para lá por ser uma das melhores clínicas gerais que se tinha conhecimento em Amanaci e Abaitê, cidade vizinha. Ela acolhera Alex desde que essa decidira trabalhar dentro do hospital.
– Bom dia, Ava!
O pequeno centro hospitalar comportava suficientemente todas as pessoas necessitadas. Não haviam muitas tarefas – tratar dos diabéticos, os hipertensos, os com qualquer outra doença crônica, fazer checkup anual, colher sangue para exames. Não haviam dias muito emocionantes, o que talvez fosse bom.
Alex coloca orgulhosamente seu jaleco e pega os resultados de exames na caderneta da sala de Ava.
— Tem algum retorno hoje? - Pergunta folheando as fichas.
— Tenho vários. Procure o de Lucas Augustos, por favor. Ele chegará logo. E se possível, pode colher as amostras de sangue hoje?
— É claro. - Ela separa o intitulado exame de Lucas Augustos e o coloca em cima da mesa para Ava analisar.
— Obrigada, querida.
Alex sorri e se retira da sala. Se dirige à sala de espera para coleta de sangue e se depara com apenas um paciente. Geralmente, a sala lota. Ela não se incomoda. Menos braços para furar.
— Bom dia, senhor... - Diz, pegando a ficha do paciente deixada no porta folhas na parede da sala.
— Ricardo. - Ele sorri. É um homem de cinquenta e nove anos, como descrito em sua ficha. Cabelos loiros já começando a ficar brancos. - Ricardo Oliveira.
— É um prazer, Ricardo. Pode me acompanhar?
Alex sorri de modo encorajador. É uma das partes de seu trabalho que mais gosta – conhecer os pacientes. Não importa quanto tempo se viva em um lugar tão pequeno, é grande o suficiente para não se conhecer todo mundo.
Ricardo se levanta e a acompanha. Senta-se na cadeira a ele designada.
— Poderia fechar a porta, por favor? - Pergunta, com um sorriso simpático.
Alex estranha a pergunta e olha automaticamente para a porta aberta.
— Perdão, senhor. Nossa política é deixá-la aberta. Posso fazer algo por você? - Ela amarra o elástico apertado no braço esquerdo de Ricardo, apoiado no suporte.
— Eu precisava conversar em particular com a senhorita, Alex.
A garota para um segundo, e olha fixamente para a veia pulsante no braço do homem, pensativa.
— Não te disse meu nome.
Ele concorda, resguardado.
— Bom, se é assim. Preciso que haja normalmente com o que vou lhe dizer.
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Depois da Ruína
AdventureDurante a pandemia de um vírus mortal que assola o mundo, os irmãos Annenberg, Alex e Ivan, deixam a vida como conhecem e mergulham de cabeça no desconhecido. A questão permanece - que destino terá a humanidade depois da ruína? ○ História Original;...