○16. - O Telhado

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(Rafael e Murilo na imagem abaixo)

Nicolas fora deitado na mesma maca em que Alex no dia anterior

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Nicolas fora deitado na mesma maca em que Alex no dia anterior.

A enfermeira, Sra. Kira, uma doce senhora com seus sessenta e muitos anos, tratara dos ferimentos do garoto, que agora descansa.

Júlia e Ivan o observam. Nic está com uma costela quebrada, o abdômen e rosto coberto por hematomas e cortes profundos.

Com a mão direita sobre a boca, Júlia tem milhares de perguntas em sua cabeça. Ivan, sentado ao seu lado, segura sua mão para chamar a atenção da namorada.

— Conhece ele? - Ela pergunta. Júlia vira o espanto no rosto de Ivan quando Nic disse seu nome.

— Eu lembrei de uma coisa, mas pode ser que seja só coincidência.

— O quê?

— Rico disse uma vez que um tal de Nicolas era o melhor amigo dela, ela só saiu de lá comigo quando eu disse que cuidaríamos dele.

Ela concorda com a cabeça.

— Boa sacada. Acha que é ele?

— Bom, faz sentido, né?

— Se faz, vai precisar me explicar.

Nicolas se remexe na maca, acordando aos poucos. Ele convulsiona um pouco e tenta se levantar, ou pelo menos virar de lado. Em um movimento rápido, Júlia percebe do que ele precisa. Ela chuta o lixo da enfermaria para o lado dele e o ajuda a levantar para que possa vomitar em paz.

Nic sente a dor no corpo inteiro ao expulsar bile de seu estômago. Seu rosto se contorce de dor e ele solta um gemido fino de sofrimento.

— Está tudo bem. - Júlia o ampara e o ajuda a se deitar de novo. - Está seguro. Nic, né?

Ele olha da loira para o moreno, sem entender onde está.

Seu coração se acalenta um pouco, e Nic abre seu sorriso zombeteiro em meio à dor.

— Você é a cara dela. - Ele diz a Ivan, que sorri em resposta. Os dois estão se entendendo.




Os sete praticamente correm pelas ruas desertas da cidade, se distanciando da orla e do mercado abandonado, encobertos por uma neblina que insiste em cerrar o mais alto dos edifícios.

Os gêmeos ouviram muito de Naomi sobre como aquilo fora completamente irresponsável e que se alguém tivesse ouvido os tiros eles estariam mortos logo.

— Tinha alguma coisa lá. - Era tudo o que conseguiam justificar. Alex não tivera coragem de perguntar se viram a mesma coisa que ela, nem de dizer aos outros o que viu.

Depois da RuínaOnde histórias criam vida. Descubra agora