○9. - Precisamos de Você

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(a ilustração da capa foi feita por mim - Alex)

(Ivan na imagem abaixo)

Ao acordar, você precisa de um a dois segundos para se situar onde está

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Ao acordar, você precisa de um a dois segundos para se situar onde está.

Alex abre os olhos e tem certeza de estar deitada em sua tenda no setor A. Espera que Nic entre a qualquer instante pela porta e faça um café enquanto ela conta o sonho estranho tivera. No entanto, não reconhece o quarto.

Alex ocupa uma maca no canto do pequeno recinto. Está sem as roupas, e um cobertor térmico a mantém aquecida. Ela se sente bem melhor. Ao seu lado, um pequeno criado-mudo com uma vela acesa - a única fonte de luz no quarto. Uma troca de roupas perfeitamente dobrada ao lado.

Se levanta. Como um soco no estômago, ela se lembra de toda a noite anterior.

Tem tantas perguntas que é quase impossível ficar parada. Em segundos, já está com a roupa designada a ela no corpo. Uma calça preta larga, quase um moletom. Um blusão vermelho quente. Meias quentes e um tênis preto no chão, com sua exata numeração.

Dois passos e está na porta.

Gira a maçaneta.

Destrancada.

Tem satisfações a tirar.




— Bom vê-la acordada. - Uma voz familiar e simpática a sauda. Na frente da porta do quarto, Gabriel está sentado em uma cadeira lendo um livro qualquer. Ele o fecha e coloca no chão, se levantando em seguida. - Nos desculpe por tê-la dopado, é procedimento. Na verdade, nunca trouxemos ninguém aqui, mas achamos que seria melhor para podermos conhecê-la primeiro.

Ela entende. "Conhecê-la primeiro" significa ver se ela é confiável. O fato de ter sido dopada não é sua prioridade.

— Onde é aqui?

Gabriel se levanta com um amigável sorriso no rosto cansado. Tenta ao máximo transmitir conforto. Acena com a mão para que ela o acompanhe.

Ambos caminham lado a lado por um extenso corredor com as quatro paredes de cimento queimado desgastadas. O ambiente sem vida tem portas fechadas a cada dois metros, dispostas lado a lado. Lâmpadas fracas o iluminam precariamente.

— Bem, aqui... - Ele começa. - Aqui é a nossa casa.

Sorri, orgulhoso. Alex o acompanha com os braços cruzados.

— Preciso que seja mais específico, por favor. - Ela balança a cabeça de um lado para o outro. Sente que se o grandalhão simpático fizer mais mistério sobre alguma coisa ela pode simplesmente socá-lo ali mesmo. O que não seria uma boa ideia.

Depois da RuínaOnde histórias criam vida. Descubra agora