○26. - Medo da Morte

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Não há como recuar agora

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Não há como recuar agora.

Como em um filme em câmera lenta, Maia puxa Alex para trás, que cai sentada na escada, batendo as costas nos degraus.

Antes mesmo que um dos homens possa pensar em levantar sua arma ou gritar, Maia parte para o corpo a corpo. Com um soco, derruba um. Murilo se adianta para outro. Nenhum dos quatro consegue alcançar arma alguma, o que os encobre por mais tempo.

Alex se sente uma inútil, sem ao menos saber se defender sozinha. Levanta da escada e ruma para a sala de medição das máquinas - está aberta, como sempre estivera. Deixa a porta escancarada e se volta para os amigos.

Conseguindo pegar um de surpresa, Murilo consegue apagá-lo com poucos golpes na cabeça. O homem grita de dor antes de perder a consciência.

Ele parte para ajudar Maia, que não precisa de ajuda - com o cano do rifle, asfixia o homem até que apague, ajoelhada em suas costas. Mas seus problemas estão longe de acabar.

Dos andares de cima, ouvindo a briga, os outros mandados descem como flechas.

Alex já está dentro da sala de medição quando os outros se juntam a ela. A ligeira Maia fecha a porta atrás de si sem barulho, sem pistas de que estão ali dentro. Eles passariam um tempo tentando encontrá-los, enquanto os três finalmente respiram aliviados.

Maia e Murilo empurram um dos geradores da sala para a frente da porta, fazendo o mínimo de barulho possível, e impedindo a passagem de qualquer um que ouse tentar entrar. Alex aproveita do momento para acender a lanterna que roubara da mochila de Murilo.

Por entre diversos apetrechos, canos e materiais que ela nunca soubera a finalidade, a escada no fim da sala continua ali, como sempre esteve.

— Temos saída por aqui? - Ofegante, Murilo pergunta.

— Sim. Estacionamento.

— Acho melhor nos mantermos escondidos por um tempo. - Maia diz, seguindo a garota escada abaixo.

— Sem chance. - Murilo a repreende. - Eles sabem que estamos no prédio.

— Estávamos do lado da saída. Com certeza acharam que fomos pra rua, sei lá.

— Não, Ma, temos que sair daqui.

Enquanto os amigos discutem, Alex se põe a descer as escadas para o estacionamento. Como está com a única fonte de luz, os dois a seguem como insetos.

Os degraus sujos os guiam até o porão com cheiro de mofo. Até onde o facho de luz da lanterna alcança, eles veem o ar pesado carregado de poeira.

— Ok, o que vai ser? - Ela pergunta - Vamos sair ou ficar?

Nenhum dos dois responde. Não querem contradizer um ao outro.

O depósito do prédio, onde se encontram, estende-se vasto e praticamente vazio.

Depois da RuínaOnde histórias criam vida. Descubra agora