6

480 20 0
                                    

– Roberta: Alguém disse que tu agiu errado pra tu estar assim? – Disse colocando a mochila na poltrona e tirando meu tênis
– Geré: Não, disseram que eu fiz certo, que ele devia tá bem lombrado mermo na hora que veio gritar comigo antes de eu ter botado a Mirele pra fora, e mais ainda por tentar me matar.
– Roberta: Mirele? Opa, opa, opa! Isso tu num falou! Fala o que ela tem a ver na história!
– Geré: Ela que veio pra casa ontem com ele, a putinha que eu me referi era ela. Eu disse pro Dog que não era pra ele trazer cachorra pra cá, aí ela disse que era mina responsa, e o Dog disse que tu era mais cachorra que ela, aí eu explodi e parti pra cima deles. Taquei ela pra fora e comecei a brigar com o Dog.
Sorri, tanto por ele ter rejeitado ela – do jeito que ela é, deve ter se oferecido, ainda mais depois da briga que eu tive com ela ontem à tarde –, e por ele ter me defendido sem eu estar presente. Abracei ele com muita força mesmo e enchi o rosto dele de beijo.
– Roberta: Eu amo vocêêêê – Disse sorrindo e dei um selinho nele
– Geré: Ama nada, só tá dizendo isso por causa da Mirele – Disse depois que riu
– Roberta: Não fala isso, Rogério! Eu amo tu sim, sabe que eu te considero pra caralho! – Disse bolada, encarando ele
– Geré: Calma, pô, calma! Disse zoando, ow! – Disse e mordeu de leve meu queixo – E aí, hoje tá com vontade de fuder?
– Roberta: Porra, tu só pensa nisso! – Disse rindo – Estou, mas não agora.
– Geré: Quando que tu vai estar? – Perguntou apertando minha bunda, já que eu tava deitada em cima dele
– Roberta: Quando eu descansar. Acabei de chegar do colégio, ow.
Sai de cima dele, subi as escadas e fui pro quarto dele. Tomei banho, vesti uma calcinha e um sutiã que tinha no closet do Geré – já disse que ele faz coleção de peças íntimas minhas, né, tem até rasgadas pré-foda – e desci as escadas vestindo uma blusa – que servia de vestido pra mim – dele.

– Roberta: Tenho que trazer umas roupas minhas pra cá – Disse entrando na cozinha e indo ver o que tinha pra almoçar
– Geré: Gostei da ideia – Disse cínico, de boca cheia
– Roberta: Vai tomar no cu – Disse rindo, colocando meu almoço
Sentei do lado dele e comecei a almoçar. Mandei uma mensagem pra minha mãe dizendo que fui pro colégio e que tô no Alemão, na casa do RGR, e mandei uma mensagem pro meu pai dizendo que tava no Alemão, pra ele não se preocupar comigo. Ainda mandei outra pra Marjorie perguntando onde ela tava, e ela disse que na casa dela, e ela respondeu que tava na casa dela, e eu que tava no Alemão. Quando terminei o almoço, o RGR mandou eu lavar os pratos sozinha, mas como não sou as negas dele, ele me ajudou a lavar, enxugar e guardar. Ficamos sentados na varanda. Gente, eu amo bebês, adoro falar sobre bebês!
– Roberta: Quais nomes você daria pros seus filhos? Se tu tiver, claro.
– Geré: Valentina, Fernanda, Camila, Diogo, Samuel, Felipe... O teu também tá na lista.
– Roberta: O meu?!? Jamais que tu vai dar meu nome pra tua filha com alguma piranha!
– Geré: E se for contigo? – Perguntou cínico
– Roberta: Se for comigo, eu até deixo, mas num vai ser comigo porque eu num quero tu, não – Disse e ri
– Geré: A historinha é essa – Disse sorrindo
Ele me puxou pra cima dele, envolveu os braços na minha cintura e deu um beijo na lateral do meu pescoço. Coloquei os braços apoiados no peito dele e fiquei olhando pra cara dele uns segundos.
– Geré: Tá achando bonito?
– Roberta: Tô – Disse sorrindo – Mas eu tava olhando, e... Ai, Rogério – Disse rindo, com vergonha
– Geré: Fala, fia.
– Roberta: Eu acho que tô gostando de tu mais que na amizade – Disse e voltei a rir, dessa vez sem vergonha
– Geré: Aí é embaçado, pô – Disse rindo, cínico
– Roberta: IIIH, por que? Vai parar de falar comigo?
– Geré: Não, mas tu vai ficar no meu pé o tempo todo, e eu num gosto de mulé no meu pé.
– Roberta: Vai dizer que tu num gosta de mim no teu pé, como tu tá falando? E por que tu manda mensagem pra mim quando tá estressado, mandando eu vim ficar contigo, assim como mandou hoje? – Perguntei cínica

– Geré: Agora tu me pegou – Disse depois que riu – Sei lá, véi... Eu acho que tô gostando de tu também, mano. Na briga com o Dog, ele falou um monte de merda de tu, dizendo que tu era mais burra que as mina do morro e que elas queriam o dinheiro e a rola, e que tu só queria a rola memo... Disse que não sabia porque eu te defendia tanto.
– Roberta: E tu falou o que?
– Geré: Disse que tu pode ter vacilado com aquela parada de recadinho pra lá e pra cá, mas que sempre que nóis precisou, tu tava do lado. E eu disse também que por tu – Nessa hora, eu tava olhando pras minhas unhas e olhei pra ele – Olha pra lá, num consigo falar com tu olhando!
– Roberta: Fala, fala, fala! – Disse sorrindo
– Geré: Eu disse que por tu eu deixava minhas puta – Disse depois que segurou minha cabeça, fazendo eu olhar pro lado
– Roberta: Tu disse o que? – Perguntei "assustada"
– Geré: É, né, mano. Eu também tomei um susto depois que fiquei pensando nisso – Disse e riu
– Roberta: Tu é um peste, mas eu sei que tu me ama no fundo dessa tua pedra que tu chama de coração! – Disse cínica, enchendo o rosto dele de beijo
– Geré narrando –
Depois que eu disse mais coisas sobre antes de matar o Dog, ela ficou toda melosinha pro meu lado, e eu num conseguia não gostar, tá ligado?, num conseguia mandar ela parar, nem tirar ela de cima de mim. Na moral, eu tô gostando da mina memo! Maldita hora que eu botei ela de fiel e nois se aproximou mais ainda! Ficamos agarrados um tempo, depois fomos pra boca. Quando vi a Mirele sentada no colo de um vapor, meu ódio subiu. Já entrei na boca voando em cima dela.
– Mirele: AI, AI, AI, AI, AI – Gritou gemendo, com as mãos no meu braço, já que eu tava segurando nos cabelos da parte de trás da cabeça dela
– Geré: Se tu soubesse o ódio que eu tô da tua cara, num daria nenhum piu – Disse seco, fuzilando ela com o olhar
– Mirele: IIIH, e o que quê eu fiz? – Disse me encarando

Num aguentei com aquela cara e voz de puta dela e taquei ela no chão. Comecei a chutar o corpo dela com toda força/ódio que eu tava sentindo, até que uns soldados vieram me segurar. Ela tava com a cara toda sangrando, e eu fiquei encarando ela com ela no chão, sem se mexer.
– Roberta: Otária – Disse rindo, pra Mirele
– Mirele: Eu te odeio, mina – Disse gemendo
– Roberta: Como se eu precissase do seu amor por mim – Disse debochada
– Oreia: Vai fazer o que com essa cachorra aí, Geré?
– Geré: O mesmo que fiz com o Dog. Tu num queria tanto fuder com ele? Vai fuder até quando num quiser mais, sua cachorra! – Disse e tirei a minha .40 do quadril
Dei três tiros na testa dela e a Roberta cuspiu na cara dela. Mandei os cara levar ela pro alto do morro e queimar no mermo pneu que queimaram o Dog, mas que num precisava esquartejar. Fiquei sentado numa calçada de uma outra boca, a que o Dog era gerente, e que agora botei o Uê como gerente dela. A Roberta ficou do meu lado.
– Roberta: Pô, tua cara tá uma expressão de ódio do caralho. Tu num já matou eles dois? Por que tá assim ainda?
– Geré: Ele era meu sobrinho, fia – Respondeu sem me olhar
– Roberta: E daí? Ele num tava de tiração com tua cara? Só restava fazer isso mesmo! Se fosse deixar ele vivo, se só desse um cacete nele, ele ia ficar mais bolado ainda contigo e ia acabar fazendo algo contigo.
– Geré: Disso eu tô ligado, véi, mas sei lá...
– Roberta: Relaxa, pô, ow! – Disse e me abraçou de lado
Passei um braço no ombro dela e ficamos olhando o movimento.
– Pelé: HUMMM, TÃO DE PEGAÇÃO, NÉ?!? – Gritou passando na hornet
Geral dos cara da boca começou a gritar e eu ri.

Do Asfalto pra Vida  - 1/ Temporada ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora