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– Cobra: Vai pra onde com esse short mostrando as pernas tudo?!? – Perguntou levantando da cama, bolado
– Lays: Pro shopping – Disse debochada – Ele não tá curto!
– Cobra: Tá muito curto, sim! Mulé minha num anda com short lá no útero não! – Disse fuçando minhas roupas
– Lays: Suas cachorras andam!
– Cobra: Eu num tenho cachorra! Só tu memo! – Disse me dando outro short
– Lays: Eu não sou cachorra! – Disse tirando o short que eu tava
– Cobra: E essa calcinha enfiada no rabo?!? Tu vai sair com a Roberta ou vai dar?!?
– Lays: Vai tomar no meio do teu cu, Maurício! Tu num me faz raiva, não, se não eu vou dar pra geral que aparecer na minha frente de quando eu sair dessa casa até quando eu voltar do shopping! Tu é cheio de cu doce, todo cachorro, pega mais de cinco num dia só, mas eu num posso nem ir com um short que eu quero pro shopping! Vai se fuder, eu vou com esse short memo! – Disse bolada, encarando ele, depois que subi meu short
Não esperei ele responder. Saí do quarto, peguei minha bolsa que tava no sofá e saí da mansão. Mandei mensagem pra Roberta dizendo que tava pronta e fui descendo pro pé. Quando cheguei lá, ela chegou com o Geré. Entrei no carro e fomos pro shopping, mas antes pegamos a colega dela.
– Geré narrando –
Quando eu cheguei no Alemão depois que levei a Roberta e as colega dela no shopping, eu fui pra boca. Fiquei lá com os cara e meu radinho tocou. Era o Cobra, dizendo que tava colando aqui. Ele chegou uns minuto depois que ligou e cumprimentou geral, depois sentou do meu lado.
– Cobra: Aí, quero trocar uma ideia com tu...!
– Geré: Bora ali, pô – Disse levantando do banco
Ele levantou também e nóis foi pro campinho. Tava cheio de pivete jogando. Ficamo encostado na grade.
– Cobra: É sobre a Lays... Tô mó grilado, minha cabeça à mil pensando nela desde que ela foi pro shopping.
– Geré: Qual foi? Que quê aconteceu? – Disse e acendi um beck e ofereci um a ele, que recusou
– Cobra: Eu sou amarrado nela, tá ligado?, mas mano, ela é muito ciumenta! Ela disse mais cedo que é puta comigo porque eu sou muito cachorro, olho pra tudo que é cachorra...!
– Geré: Tu gosta dela memo? – Perguntei rindo
– Cobra: Gosto, viado! Mas eu num consigo ser só dela, morô? Eu fico tajadão quando vejo as cavala que eu pego!
– Geré: Então a Lays é mais uma das tuas cavala, né?!? Tu só pega ela e pá...! Quando nóis gosta da mina mermo, por mais cachorro que nóis é, nóis num consegue olhar pra outra cachorra, não! Eu fico pensando, tá ligado?, eu dizia que nunca ia me amarrar numa mina porque queria pegar geral, mas olha agora! Eu gosto da Índiazinha memo, pô! Quando eu olho pra uma cachorra, eu num consigo olhar com safadeza, que nem antes.

O Cobra me olhou e começou a rir da minha cara, e eu dei um tapa na cabeça dele, mas ri também.
– Cobra: E tu fazia o que pra num pegar outra mina, viado?
– Geré: Porra nenhuma! Elas passavam e num mexia, porque tá tudo ligada que a Roberta vai pra cima se souber que tavam de gracinha pro meu lado, e as que mexia e que ainda mexe comigo quando a Roberta num tá, eu num dou ousadia e mando vazar, aí elas num mexem mais.
– Cobra: Ah, tô ligado... Vou tentar fazer isso aí, mermo a carne sendo fraca!
– Geré: Tu consegue, pô! É só focar no que tu quer! Tu quer a Lays ou não?!?
– Cobra: Quero, mas, cara... – Interrompi ele
– Geré: "Mas" uma porra, é só tu num comer outra mina e pronto! Se o motivo for esse pra ela ficar puta com tu, num vai ficar mais!
– Cobra: Lays é muito complicada, na moral!
– Geré: Mulé é tudo complicada, só muda no quê!
Nóis ficou andando pelo morro até a Roberta mandar mensagem, aí ele foi pro Jacarézinho e eu fui buscar ela.
– Roberta narrando –
Acordei no outro dia às 8h30. O RGR tava dormindo, e eu tava com preguiça de levantar, então fiquei deitada, ainda de conchinha, mexendo no celular. Não demorou muito pro RGR se incomodar com a luz; ele puxou meu cabelo de leve e eu o encarei por cima do ombro, pra ver se tava dormindo mesmo – e estava. Levantei da cama com cuidado pra ele não acordar e dei o travesseiro pra ele abraçar. Fui pro banheiro, escovei os dentes, tomei banho, me vesti pra ir pra minha casa na ZS e desci as escadas. A Adelaide já tinha feito o café da manhã, então eu comi, depois voltei pro quarto. Abri a janela e a cortina, pra acordar o Rogério.
– Geré: Fecha essa merda, Roberta! – Disse apontando pra janela, me encarando – Vai pra onde?!? – Perguntou com mais raiva ainda, quando viu minha roupa
– Roberta: Pra casa do meu pai, mas eu volto. Me leva?
– Geré: Vai pra casa do teu pai ou pro cabaré?!?
– Roberta: Pros dois! Vou dar bem gostoso! – Disse com as mãos na cintura, encarando ele

Ele levantou da cama puto da vida, e quando passou por mim, deu um tapa na minha cabeça. Arrumei a cama, peguei meu celular e minha bolsa e desci as escadas. Esperei o RGR tomar banho, se vestir e comer e depois ele me levou pro meu condomínio. Pedi pra ele vir me buscar à noite, depois das 19h, e ele disse que vinha. A Vanessa – mulher do meu pai – não tava em casa, mas ele tava.
– Roberta: Ué, pai, em casa numa segunda? – Disse entrando no quarto dele
– Wallace: Entrei de férias, não sabia? – Assenti negativamente com a cabeça – Sabe agora! Por que veio pra casa hoje? Faz tempo que você não vem nas segundas!
– Roberta: Nossa, que drama! – Disse rindo – Tu pode fazer o projeto do quarto do meu bebê?
– Wallace: Agora, Roberta?, com tão pouco tempo? Você nem sabe o sexo ainda!
– Roberta: Ai, pai, tu é muito chato! Tu pode fazer ou não? – Perguntei com a mão na cintura
– Wallace: Posso, mas agora fica complicado! – Eu fiz cara de "me poupe" e cruzei os braços – Você vai escolher as cores agora?
– Roberta: Tanto faz.
– Wallace: Então vamos lá pro escritório – Disse levantando da cama – Cadê o Rogério? – Perguntou enquanto entrávamos
– Roberta: Me deixou aqui e voltou pro Alemão. Aliás, mandou eu mandar um eaí pra você – Disse puxando a cadeira que fica em frente à mesinha pra trás e sentei
– Wallace: Manda outro pra ele! – Eu assenti com a cabeça e ele sentou na cadeira do meu lado
Mostrei pra ele as fotos de quartos de bebê que eu vi e oque eu queria em casa um, e as adaptações, porque não queria tudo igualzinho. Meu pai foi montando e me ensinando como montava o projeto, e eu amei! Terminamos o quarto às 11h20, e estava preto e branco, já que só ia colorir no projeto e mandar fazer no quarto real quando eu descobrisse o sexo do bebê. Fui andar pelo calçadão com meu pai e sentei com ele numa barraquinha. Pedi uma água de coco e ele também.
– Wallace: Quais nomes você pensa pro bebê?
– Roberta: Tem tantos nomes, pai! – Disse rindo – Eu e o Rogério gostamos de Helena, Yara, Talita, Catarina, Isabel, Valentina, Marina – Parei pra respirar, já que tava falando rápido, de tanto que eu repeti pra todo mundo esses dias, e ri – Camila, e de menino, Diogo, Enzo, Davi, Nathan, Henrique...
– Wallace: Eu adoro nomes fortes, o seu foi eu quem escolheu, porque sua mãe queria Alice! – Disse e eu fiz careta, e ele riu – Desses que você falou, eu gostei de Helena, Yara, Isabel, Diogo e Nathan. E também gosto do nome Heloísa!
– Roberta: Então se o bebê que tiver na minha barriga for menina, vai ser Helena, e se ela tiver uma irmãzinha, vai ser Heloísa!
– Wallace: Isso aí! Bate! – Disse mostrando a palma da mão e tocamos nossas mãos

Fomos pra casa 12h15. Almoçamos e eu fiquei vendo uns projetos inacabados do meu pai, e 15h fui andar pelo condomínio, e logo achei minhas amigas! Ficamos todas conversando e andando. 20h, chegou mensagem do Geré avisando que tava saindo do Alemão, então fui pra portaria com as meninas.
– Amanda: A Thainá e a Melissa devem estar morrendo de ódio de você, Robertinha! – Disse e riu
– Manuelle: Elas devem estar se unindo pra se vingarem de você! – Disse rindo
– Roberta: Eu tô nem aí pra aquelas cachorras! Elas que batam de frente eu faço elas voltarem de ré!
– Eduarda: Nossa, que menina braba! – Disse imitando a voz da Thainá
Ela falou num tom tão nojentinho que tivemos que rir! Fiquei com elas até o RGR chegar, uns 30min depois. Me despedí delas e entrei na hilux. Ele deu ré na maior rapidez e foi dirigindo assim até chegar no Alemão.
– Roberta: Nossa, nossa, vai devagar! – Disse me segurando no apoio de mão
– Geré: Tô indo devagar! – Disse visivelmente puto de raiva
– Roberta: Que quê tu tem?
– Geré: Nada! – Respondeu seco
– Roberta: Desembucha, Rogério! Algo aconteceu pra tu estar assim! Nem falou comigo quando eu entrei! – Ele me encarou e não falou nada
– Geré: Acho que vamo ter que invadir a Serrinha – Disse depois de uns minutos, quando estávamos perto do Alemão
– Roberta: Acari é dominado por qual facção?
– Geré: TCP – Comecei a rir descontrolada, tanto que minha barriga até doeu e meus olhos encheram-se de lágrimas – Qual foi?!? – Perguntou me encarando
– Roberta: Já tá invadido! – Respondi ainda rindo
Ele começou a rir junto comigo, mas a cara de puto dele não passava. Chegamos no Alemão 5min depois e ele foi direto pra casa. Descemos da Hilux e entramos na mansão.
– Roberta: Tu ainda não me contou porque acha que vai ter que invadir lá – Disse entrando no quarto, atrás dele
– Geré: Aqueles cuzão tava passando tirando onda pelo pé, mostrando os fúzil de dentro do carro.
– Roberta: E quem foi os viados que viram esses arrombado fazendo graça e num rasgou eles na bala? – Perguntei encarando ele
– Geré: Meteram bala no carro e nos pau no cu, mas num pegou neles não, só no carro memo! Vou ter que trocar quem fica no pé, na moral!
– Roberta: Vai ter mesmo! Tinha que matar! E vai deixar eles tirarem onda, é?!? Não, não, não! Quem foi o viadinho, quem foi?
– Geré: O Tição, o Jerry e o Jailson que tavam lá na hora e meteram bala! Eu perguntei se eles atiraram no carro ou nos cara e eles disseram que atiraram no carro...!
– Roberta: Aaaah, amanhã eu vou lá falar com eles! Eles num conhecem os mandamentos, não?!? Viu alemão, tem que meter bala pra matar! Porra, que ódio! – Disse com raiva, indo pro banheiro

Do Asfalto pra Vida  - 1/ Temporada ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora