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– Melissa narrando –
Quando cheguei do baile, eu fui direto pro quarto, de tanta raiva que eu – ainda – tava sentindo. Tomei banho, me vesti e fiquei deitada na cama, mexendo no meu celular. Não demorou muito pra eu escutar uns gritos vindo do quarto da Roberta e do Geré, e percebi que eles estavam brigando. Logo escutei a porta fechar com força. Comecei a rir baixo e uns 30min depois, quando não ouvi barulho nenhum mais, eu saí do quarto e fui pro quarto do Geré. A porta tava fechada, mas destrancada, e eu entrei devagar, na pontinha do pé. Como a luz do corredor tava acesa, eu conseguia ver pouca coisa, mas conseguia, e achei a cama. Ai, só fodendo pra minha raiva passar!
– Geré narrando –
Depois que a peste saiu do quarto, eu fui pro banheiro. Lavei meu rosto e tava saindo sangue pra caralho, então eu botei um esparadrapo e deitei na cama. Dormi na merma hora, e acordei com alguma cachorra tateando minha barriga e descendo pro pau. Já acordei enchendo a mão dela de tapa, e quando liguei a luz, era a Melissa. Levantei da cama à mil e meti um tapa na cara dela, com força. Ela caiu pra trás, no chão, com as pernas pra cima, e começou a chorar.
– Geré: QUE QUÊ TU TÁ FAZENDO AQUI, CARALHO?!? – Gritei encarando ela
– Melissa: Fala baixo, tesão... – Disse com os olhos cheios de lágrima, ainda no chão, com a mão no rosto
– Geré: TESÃO É UM BURACO NO MEIO DA TUA CARA, ARROMBADA! RALA PEITO DAQUI! – Disse depois que levantei ela pelo braço
– Melissa: Não fala assim comigo, não... Eu não vou falar pra Roberta que a gente ficou...! – Disse tentando alisar meu peito, mas num deixei, e dei outro tapa na cara dela, que ela caiu de novo – VOCÊ TÁ ME MACHUCANDO! – Gritou começando a chorar alto, que nem criança fazendo cu doce
– Geré: DEVIA MACHUCAR MAIS PRA TU NUM FICAR DANDO EM CIMA DO MACHO DOS OUTROS, QUE NUM É NEM SÓ DOS OUTROS, É DAS COLEGA!
– Melissa: A ROBERTA É UMA OTÁRIA; TU É UMA DELICINHA, E EU SÓ QUERIA FUDER CONTIGO!
– Roberta: Eu sou o quê, Melissa? – Disse encarando ela, entrando no quarto com cara de sono

A Melissa ficou branca quando viu a Roberta. Fui até ela e levantei ela do chão pelos cabelos; botei ela pra fora do quarto, e a Roberta foi atrás, segurou no cabelo dela e começou a dar joelhada na cara dela e chute na barriga dela.
– Roberta: VAGABUNDINHA DE QUINTA! TALARICA DO CARALHO! – Gritou enquanto batia nela, que só chorava
– Geré: Faz tempo memo que eu num mato alguém...!
– Melissa: Não me mata, por favor! – Disse ainda chorando, quando a Roberta parou de bater nela
– Roberta: Tu devia morrer, mas tu num vai morrer não, tu só vai ter esse cabelinho que tu ama cortado pra tu deixar de ser talarica! – Disse depois que eu levantei a Melissa pelo cabelo e botei de frente pra Roberta
Ela pegou a Melissa pelos cabelo e saiu descendo as escada puxando ela. Nóis foi pra central e quando entrou, ela jogou a cachorra no chão. Botei ela sentada na cadeira, e como ela chorava pra caralho e se ainda tivesse pensando, num ia tentar nada contra nóis, nóis num amarrou ela. Peguei duas tesouras e dei uma pra Roberta. Começamo a picotar o cabelo da Melissa todinho até que ficou bem curtinho e a Roberta passou a zero, depois botou os cabelo dentro de uma sacola e deu à Melissa, que pegou e levantou da cadeira; se olhou no espelho e começou a chorar mais ainda, passando a mão na cabeça.
– Melissa: Olha o que você fez! – Disse depois que viu os cabelos dela na sacola
– Roberta: Reclame mais que eu corto teu grelo, aproveitando que eu tô com uma tesoura! – Disse encarando ela
A Melissa não falou nada. Mandei um soldado botar ela pra fora do Alemão e voltei pra mansão com a Roberta.
– Roberta narrando –
MAAAAANO, QUE ÓDIO! Como a Melissa é falsa! Eu sempre achei ela uma piranha, mas uma boa amiga, mas caralho, eu percebi que ela só era uma piranha mesmo, porque nem vergonha na cara ela tem! Tentar pegar o macho da própria "amiga"...! Cheguei em casa puta da vida e fui comer. Eram 9h. O Geré entrou na cozinha me abraçando por trás e eu o encarei por cima do ombro.
– Roberta: Ainda não tô de boa contigo – Disse e tirei as mãos dele de mim
– Geré: Porra, viado, tu vai ficar de cu doce pro meu lado por causa de roupa?!? Eu te dou dinheiro pra tu comprar mais se o problema for esse!
– Roberta: Eu posso comprar outras mil roupas, mas não vão ser iguais as que eu gostava! – Disse de costas pra ele – Mas pode me dar o dinheiro! Não vou repôr as roupas que tu estragou com o meu dinheiro! – Disse de frente pra ele, encarando-o

Ele subiu as escadas correndo e em menos de 2min, voltou pra cozinha, com a carteira. Me deu r$1.500, e eu peguei com força da mão dele.
– Roberta: Vai ser o dobro quando tu rasgar minhas roupas de novo – Disse e saí da cozinha
– Geré: E as minhas roupas que tu cortou, como que fica?!?
– Roberta: Se vire! Cortei de vingança, não por querer. Chumbo trocado não dói, tu mesmo diz! – Disse subindo as escadas
Escutei ele rindo. Arrumei o quarto, peguei meu celular e gravei um áudio pra Mar contando tudo que aconteceu. O visto por último dela tava do dia anterior, então ela devia estar dormindo ainda. Fui pro banheiro, tomei banho, me vesti toda barbiezinha, fiz uma maquiagem leve, coloquei o dinheiro que o Geré me deu na minha carteira e a coloquei dentro de uma bolsinha, junto com o meu cartão sem limite. Desci as escadas e sentei no sofá. Peguei meu celular e perguntei no grupo que tinha minhas amigas – antes de falar, retirei a Melissa e encaminhei o áudio que mandei pra Mar pro grupo – se alguém queria ir pro shopping comigo agora, e a Manu disse que queria ir, então mandei ela se arrumar e quando tivesse pronta, avisasse. Como eu voltei a falar com a Lays, perguntei se ela queria ir comigo e com a Manu pro shopping, e ela disse que ia, e que ia deixar o Rafinha com o pai – o Cobra.
– Geré: Tu vai pra onde? – Perguntou da cozinha, com a boca cheia
– Roberta: Pro shopping com a Lays e a Manu.
– Geré: E quem vai levar? – Perguntou debochado
– Roberta: Você.
– Geré: Eu? – Perguntou de volta, mais debochado ainda, e eu assenti com a cabeça, encarando ele – Tu é folgada demais, fia!
– Roberta: Você estraga minhas roupas e eu tenho que ir comprar de ônibus ou de táxi? – Perguntei seca
– Geré: Tu vai passar isso na minha cara toda hora agora?!? – Perguntou todo ignorante
– Roberta: Vou!
– Geré: Tomar no cu – Disse baixo, virando de costas, mas eu escutei
Mostrei dedo do meio pra ele por trás e fiquei assistindo minha série enquanto as meninas se arrumavam. Uns 20min depois, elas avisaram que estavam prontas, e o Geré passou no Jacarézinho pra pegar a Lays, e depois no meu condomínio pra pegar a Manu. Apresentei todos à todos e ficamos no shopping. Assim que entrei, vi uma loja infantil. Ai, não me aguentei! Saí puxando as meninas pelo pulso, e elas começaram a rir.

– Lays: Roberta, tu num sabe nem o sexo do bebê!
– Roberta: Ué, e o que quê tem o bebê usar rosa ou azul?!? – Disse pra ela e foquei num macacão azul com branco, com um ursinho na frente – Meu Deus! Eu vou comprar! – Disse sorrindo, mostrando o macacão pras meninas
– Manuelle: Se você quer comprar, vamos comprar!
E compramos. Compramos coisa pra caralho! Enxoval parte um! Parecia um arco-íris, porque tinha coisa de todas as cores! Passamos em umas três lojas de bebês, depois fomos pra lojas de gente adulta, e compramos coisa pra caraaaaalho também! Depois das compras, dei às sacolas pro soldados que o Geré mandou pra ficar com a gente e eles levaram pro carro que vieram, aí fomos comer.
– Manuelle: E aquele áudio que você mandou no grupo, ein?!? Que menina falsa! – Disse e deu uma mordida no bigmac
– Lays: Opa, opa, opa, de quem vocês estão falando? Não me excluam!
– Roberta: Da Melissa, a menina de ontem que eu levei pra festinha do Rafinha.
– Lays: O que aconteceu?
– Roberta: Ai, eu tô com tanto ódio dela, mas vou falar! – Disse isso e comecei a contar tudo do começo, tipo cópia 2 do áudio que mandei no grupo das minhas amigas
– Lays: Que horror, moleque! Que garota falsa! Acho bom ela não aparecer lá no Jacarézinho que eu quebro a cara dela! Ainda não tô acreditando! Ela queria fuder com o Geré mesmo?!? – Respondeu surpresa, e eu assenti com a cabeça, já que tava com a boca cheia
– Manuelle: Sempre soube que a Melissa era puta, mas não a esse ponto!
– Roberta: Nem eu! Ela não precisa nem aparecer no Alemão, porque isso eu tenho certeza que não vai acontecer, mas se eu ver ela em qualquer canto, eu dou na cara dela!
Nós ficamos conversando por quase 1h, e eu mandei uma mensagem pro Geré pra ele vir buscar a gente. Se ele trouxe, tem que vir buscar também! Ele chegou uns 30min depois; deixou a Manu com as compras dela no condomínio, a Lays no Jacarézinho também com as sacolas dela, e fomos pro Alemão. Entrei em casa cheia de sacola, subi as escadas e coloquei-as no chão mesmo, no meio do quarto. Fiz isso duas vezes, já que o Geré tava comendo. Quando terminei de tirar as sacolas do quarto, fiquei só de calcinha e sutiã, de coque, sentada no chão, conferindo as compras. Logo chegou o Geré, todo felizinho.
– Geré: Eu ando muito esquecido, tô com uma amnésia braba! Eu falei que te amava? Falei nada! Que tu ia ser minha namorada? Falei nada! – Cantou no ritmo, com uma pistola em cada mão
Eu posso estar o mais bolada com a pessoa, mas se ela cantar um funk ou qualquer música que eu gosto perto de mim, eu começo a cantar e dançar junto com ela! Levantei do chão quando ele entrou comigo, e comecei a cantar com ele.
– Roberta e Geré: Se falei, peço desculpa, vai, não fica chateada! Se falei peço desculpa, é tudo culpa da cachaça! – Ele chegou mais perto de mim e mordeu o lábio inferior – Só lembro de tu sentando gostoso na minha vara! – Cantamos junto, no ritmo

Do Asfalto pra Vida  - 1/ Temporada ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora