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– Roberta: Tamo mermo, euein! Esse traste tem um pedacinho de coração ainda!
– Neguinho: E cês vão se assumir quando?!?
– Geré: Tô vendo aí ainda, mermão. Por que?!? Tá de olho na minha fiel é?!? – Perguntei zoando, cheio de marra
– Neguinho: Jamais, mestre! Robertinha é tua faz tempo pra caralho!
– Uê: Desde que eu moro no Alemão que eu só vejo a Robertinha com o Geré!
– FB: IIIH, tu nasceu no Alemão, viado! – Disse encarando ele
A gente começou a tirar onda do FB por ele ser cabaço, mas logo o jogo virou e eles ficaram zoando de mim e da Robertinha. Quando eles pararam, nóis foi andar pelo morro.
– Roberta: Quer comer alguma coisa?
– Geré: Não. Tu quer?
– Roberta: Quero açaí.
– Geré: Eca, véi! Parada ruim do caralho! Parece terra! – Disse de cara feia
– Roberta: Então tu num come, que eu num tô mandando tu comer! – Disse na cara de pau e eu dei um tapinha na cara dela, e no final apertei o rosto dela e dei um selinho nela, depois soltei – Tu já comeu por acaso?
– Geré: Já, mas faz um tempo da porra.
– Roberta: E tu colocou algo pra acompanhar ou comeu no seco?
– Geré: Seco.
– Roberta: Eca, Rogério! Seco é ruim pra porra memo! Só como com acompanhamento. Quer ir comer comigo?
– Geré: Se tu for o acompanhamento, eu como o dia todo – Disse safado e ela me encarou com os olhos quase fechados – Bora, pô, bora. O que quê tu me pede que eu num faço, né?!?
Ela sorriu e a gente foi na rua do 17, onde tem uma lojinha que vende açaí. Ela que foi escolher; eu fiquei sentado na calçada, esperando. Logo ela voltou, e como a calçada que eu tava sentado era mó alta e eu num tocava com os pés no chão, ela ficou em pé na minha frente, com a cabeça na frente pro meu pau.

– Geré: Aí tu fode – Disse sorrindo safado, pegando uma tigela da mão dela
– Roberta: Deixa de ser safado! Tu só pensa putaria, euein! Come essa porra aí logo, tá bom pra caralho... Eu que escolhi, né, por isso que tá – Disse cínica e eu ri
– Geré: Convencida demais tu. Que quê tem nessa parada aqui?
– Roberta: Banana, leite em pó, ovomaltine, paçoca, oreo, bis e calda de morango, leite condensado e chocolate – Disse rápido – O meu tá que nem o teu.
– Geré: Eita boba da peste, mirmã! Minha família tem diabético!
– Roberta: Tu come mais salgado que doce, cala boca – Disse e deu uma colherada no dela
– Geré: Caralho, dá uma sugada dessa na minha rola – Disse quase que de boca aperta, quando ela chupou a colher
– Roberta: Cala boca, Rogério! – Disse rindo
Eu ri também e quando terminamos de comer, devolvemos a tigela pra véia da lojinha e fomos pro campinho. Tinha uns cara lá e decidimos jogar uma pelada. Eu, claro, era do time dos sem camisa, porque eu gosto de me mostrar mermo. A Robertinha ficou sentada na arquibancada, me olhando e encarando as puta que me olhava. Todo gol que eu fazia os cara ficava gritando "esse é pra Índiazinha", parada do tipo. Fiquei mó tempão jogando e 18h, nóis parou. Meu time ganhou a maioria das partidas, mas a última perdeu de 3x4. Sai da quadra agarrando a Roberta, me esfregando nela de propósito, já que eu tava todo suado e ela num gosta.
– Roberta: Eu vou te matarrrrrr – Disse encravando as unhas no meu braço
– Geré: Ai, ai, ai, ai, Robertinha, porra! – Disse gemendo, depois que ela tirou as unhas de mim
– Roberta: Tu tá todo nojento me sujando!
– Geré: E daí? Tu num toma banho mais não é?!?
– Roberta: Mas eu tenho preguiça de tomar banho assim que eu chego em casa. Eu gosto de tomar depois de ficar sentada, mas quando eu chegar lá em casa, eu vou ter que me apressar!
– Geré: Sem b.o., pô! Te levo no colo!
– Roberta: E quem disse que eu vou pra tua casa? – Disse cínica
– Geré: Eu!
Ela começou a rir cínica, dizendo que não ia, mas no final foi lá pra mansão.

– Roberta narrando –
Quando chegamos na mansão, o RGR me pôs com a barriga em seu ombro e subiu as escadas. Fiquei esperneando e arranhando as costas dele e ele só ria. Ele ainda tava todo suado, eca! Ele entrou no quarto, depois no banheiro e me sentou no balcão da pia.
– Roberta: Tu é um nojentinho da porra, sabia? – Disse sorrindo, passando a ponta do dedo pelo braço dele
– Geré: E tu ama o nojentinho aqui – Disse debochado
– Roberta: Amo mesmo! – Disse apertando a bochecha dele, fazendo ele fazer um biquinho, e dei um selinho
Ele sorriu, ainda debochado, e se aproximou o rosto do meu. Eu até pensei que ele ia ser carinhoso, mas carinhoso e Geré na mesma frase nunca acontece. Começamos a nos beijar bem rápido, parecia até uma luta pra saber quem ia comer a boca de quem, e eu fui tentando fazer ele entrar no meu ritmo, devagarzinho. Num é que eu conheci? Fiquei até orgulhosa por dentro e sorri no meio do beijo. Ele começou a tirar a minha roupa devagar e eu comecei a desamarrar o cordão da bermuda dele e em seguida a abaixei. Quando eu estava pelada, ele me puxou pra pontinha do balcão, e eu pensei que ele ia me colocar agachada no chão pra mamar ele, mas ele foi logo enfiando o pau na minha buceta. Nessa hora, paramos de nos beijar e eu envolvi meus braços no pescoço dele e ele botou as mãos nas minhas coxas. Começou com um vai e vem bem forte, rápido, tudo mais, estilo Geré, mas depois de uns minutos ele começou a me beijar, a me olhar olho no olho pela primeira vez e ir devargazinho. Mudamos de posição, e eu fiquei de bruços, com os pés no chão e o RGR atrás de mim, e como ele adora a posição em que eu fico de quatro ou similares a essa, eu pensei que ele tava poupando o gás, sabe, mas ele continou indo devagar. Parece até que eu estou reclamando, mas, gente, eu amei! <3
Ficamos transando por quase uma hora, quando ele me pegou no colo de frente pra ele e entramos no box. Ele gozou na minha boca e fez oral em mim até eu gozar também, depois fomos juntos pra banheira – eu que pedi pra usar, porque nunca tinha usado.
– Roberta: Tava tão devagarzinho... – Disse sorrindo, passando a ponta do meu dedo no peitoral dele
– Geré: Gostou não? – Perguntou alisando a lateral do meu pé
– Roberta: Gostei sim, mas estranhei, né. Tu sempre fode, literalmente.
– Geré: Quando eu olhei pra essa tua carinha, eu num conheci mais ir assim.
– Roberta: Tu nunca tinha transado devagar não? – Disse rindo
– Geré: Sempre fudi, pô – Disse e riu
– Roberta: Nossa! Me sinto até honrada por ser sua primeira transa carinhosa! – Disse sorrindo

Ele me mostrou o dedo do meio e eu mostrei o meu de volta. Ficamos mais uns minutos sentados na banheira, conversando um monte de assunto, e depois fomos nos vestir. O jantar tava pronto e a gente foi comer, depois ficamos sentados na calçada da mansão.
– Geré: Tu saiu pulando pelos telhados?– Perguntou, percebendo que eu estava olhando demais
– Roberta: Não. Por que? – Disse "voltando" à Terra
– Geré: Quer pular comigo qualquer dia desses?
– Roberta: Cê é loko?!? Quer que eu morra?!? – Perguntei rindo
– Geré: É fácil, pô! Quase toda casa tem laje, e as que num têm, a casa do lado tem! Tem que ter atenção onde pisa, porque se tu pisar em um telha, tu se fode. Eu, quando era moleque ainda, torsi o pé porque pisei em uma telha e cai. A sorte foi que meu tio me segurou.
– Roberta: E por que tu quer me levar pra eu andar nisso?
– Geré: Tu, sempre que tá no Alemão, vem pros confronto. Vai que um dia tu precisa subir nos telhado.
– Roberta: AAAH, tô ligada. Então eu quero aprender sim! Amanhã, fechado?
– Geré: Já é! – Disse e toquei na mão dele – Cola aqui amanhã depois do colégio, beleza?
– Roberta: Vai me buscar amanhã? É tão chato vir de ônibus! Eu desço antes de onde fica os soldados no pé!
– Geré: Beleza, te busco – Respondeu depois de uns segundos – Que horas?
– Roberta: 12h20, mas geralmente terça eu saio mais cedo, tipo 12h, porque o professor libera a gente mais cedo toda vez.
Ele assentiu com a cabeça. Logo chegou o Pelé na hornet, e desceu da moto. Uma mina desceu logo em seguida, e quando tirou o capacete, era a Marjorie.
– Roberta: Nem fala mais, né, putinha?!? – Disse quando a reconheci
– Marjorie: Você num responde mais no facebook nem no whatsapp! Falei de tarde que ia vir pra cá – Disse sentando do meu lado, e o Pelé começou a conversar com o Geré – E aí, de boa?
– Roberta: Que linguajar é esse, dona Marjorie? – Disse rindo – Tudo um filé. E com tu?
– Marjorie: Mesma coisa. Tomou tua injeção pra num ter bebê?
– Roberta: IIIH, e tu sabe o dia?!? – Disse rindo
– Marjorie: Todo dia 18, de tarde, tu vai pra farmácia!

Do Asfalto pra Vida  - 1/ Temporada ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora