Passando no corredor, meu pai tava no escritório, fazendo uns projetos de alguma casa. Fiquei atrás dele e dei um beijo na cabeça dele.
– Roberta: Pai, eu tô grávida.
– Wallace: Você tá o quê? – Perguntou me encarando, depois que virou de frente pra mim
– Roberta: Isso mesmo – Disse rindo
– Wallace: Meu Deus, Roberta! Você tão nova!?
– Roberta: Tem babá pra isso. Não vou desistir da minha faculdade.
– Wallace: É do Rogério?
– Roberta: Claro que sim! Achou que era de quem? Tá me chamando de puta?!? – Fiz a última pergunta encarando-o
– Wallace: Não, minha filha, foi força do hábito. Você soube quando?
– Roberta: Ontem.
– Wallace: Que venha com saúde! Quero ajudar no nome, ein? – Disse e sorriu
– Roberta: Pode deixar!
Dei outro beijo na cabeça dele e ele deu um beijo na minha barriga. Sai do escritório e fui pra cozinha. O almoço tava pronto, então eu me servi. Logo chegou a Mel e a Manu. Elas colocaram a comida delas também e sentaram comigo. Ficamos conversando sobre coisas aleatórios, depois fomos tomar banho e nos trocar. Acordamos as outras meninas e avisei que eu ia pro Alemão com a Mel, e a Mar disse que ia; as outras meninas disseram que iam pra casa, então elas tomaram banho, comeram também e depois eu levei elas na casa de cada uma, já que é aqui no condomínio. Como havia avisado ao meu pai antes de sair de casa que ia pro Alemão, e quando eu aviso isso a ele, ele já sabe que não é só mais dois ou três dias no máximo, então ele só mandou eu ter cuidado. Mandei mensagem pro RGR mandando ele vir me buscar e fui numa loja infantil aqui perto com as meninas. Comprei de presente pra ele um carrinho com caçamba e puxador, com vários brinquedinhos dentro, educativo inclusive, e a Mel e a Mar compraram cada uma presente pra ele, mas roupa. Voltamos pro condomínio e uns 5min depois que mandei a mensagem, chegou uma hilux preta de placa final 33, e já sabia que era o RGR. Saímos todas do condomínio e entramos na Hilux; claro, eu fui na frente.
– Roberta: De quem é o aniversário? – Perguntei já entrando, e dei um selinho nele
– Geré: Do filho do Cobra, do Jacarezinho – Disse pra mim – E aí, Mar, e aí piveta que eu num tô ligado o nome – Disse tocando na mão das duas
– Marjorie: Oiii! Cadê o Talles?
– Geré: Tá lá. Se tu for com a Bel pro aniversário, ele vai com tu – Ela assentiu com a cabeça
– Melissa: Meu nome é Melissa!
– Geré: E aí, Melissa – Disse dando destaque no nome dela, e eu o encareiA Mel riu e eu encarei-a, mas depois ri também. O RGR parece ser um amor de gente, né?!? Chegamos no Alemão, mas ficamos no pé, e o RGR mandou o Pelé vir de moto se encontrar com a gente pra nós irmos pro Jacarézinho. Logo ele chegou na FB 800, todo arrumado, e a Mar se despediu da gente e montou na garupa da moto. O RGR mandou os soldados do pé avisarem qualquer coisa que acontecesse dentro ou fora do morro e saiu à mil na Hilux. A Mel e o Geré foram conversando o tempo todo, e eu tava até com um certo tipo de ciúmes, mas por que não conseguia me meter na conversa, sabe? Chegamos no Jacarezinho 15h20 e o Geré cumprimentou os soldados do pé e subiu direto pra mansão do Cobra. Estacionou a Hilux na garagem, que o portão tava aberto e tinha um monte de carro, tudo de patrão dos morros comandados pelo Comando Vermelho. Desci do carro com O RGR e a Mel e peguei na mão dele e entrelacei meu braço no braço da Mel, tipo casados. Logo o RGR encontrou conhecidos, e ele sempre me apresentava com mulher e dizia que eu tava grávida, pra todo mundo mesmo ele dizia! Eu ficava até com vergonha, porque minha barriga tava pequena ainda, parecia barriga de gorda, mas fazer o quê, né? Fomos pros fundos da mansão e tinha uma decoração feita no salão. Coloquei o presente do bebê onde tava indicado e já encontrei com a Lays, a ex do Cobra e mãe do bebê que tá fazendo 1 aninho. Eu sou madrinha dele; do Rafinha!
– Rafael: Titiaaaa! – Falou quando me viu, abrindo os braços e colocando o corpo pra frente
– Roberta: Oi, meu amor! – Disse sorrindo, com ele no colo, e dei um beijo na bochecha dele – Oi, piranha! Quanto tempo! – Disse sorrindo, abraçando a Lays de lado, já que tava com o Rafinha no colo
– Lays: E aí, cachorra! Tu some, ein?!? – Disse e sorriu – Quem é essa? – Disse se referindo à Mel
– Melissa: Eu sou a Melissa! Eu estudo... Ou estudava, não sei – Ela riu nessa hora – com a Roberta!
– Lays: Ah, sim, tô ligada! Prazer, meu bem! – Elas se abraçaram – Meu nome é Lays. Ele é o Rafael, mas geral chama de Finha, mas é porque o pai dele deu esse apelido a ele, porque eu odeio. Parece nome de carne!
– Roberta e Melissa: Verdade! – Dissemos rindo
– Lays: Finalmente alguém que me entende! Vem, venham tirar foto!
Posamos pra foto. Na verdade, várias fotos, porque tirei sozinha com as duas, tirei sozinha com o Rafinha, sozinha com a Mel, sozinha com a Lays, nossaaaaa! Fomos andar pela festa e o Rafinha ficou brincando com outras crianças. Os caras estavam sentados numa rodinha, conversando – mas parecia uma briga pelo tom de voz e quantidade de palavrão. Logo achei o Cobra. Ele era gerente do Alemão, mas quando o C.V. tomou o Jacarezinho dos T.C.P., teve uma reunião e ele era o próximo da linhagem, então ele assumiu aqui. Quando crianças, a gente vivia brincando de gangorra e eu sempre caia no chão, porque ele sempre descia com força e eu me desequilibrava – talvez seja esse meu trauma com gangorras.
(Foto do capítulo anterior que eu esqueci de anexar)
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Do Asfalto pra Vida - 1/ Temporada ✨
FanfictionÉ incrível como a vida tem a capacidade de juntar e "desjuntar" as pessoas, né? Logo eu, que sempre odiei certas pessoas, hoje sou tão amiga delas, e vice-versa. Eu posso dizer uma coisa: nunca digam ter certeza de algo, como eu dizia até um ano atr...