33

279 6 0
                                    

Passando no corredor, meu pai tava no escritório, fazendo uns projetos de alguma casa. Fiquei atrás dele e dei um beijo na cabeça dele.
– Roberta: Pai, eu tô grávida.
– Wallace: Você tá o quê? – Perguntou me encarando, depois que virou de frente pra mim
– Roberta: Isso mesmo – Disse rindo
– Wallace: Meu Deus, Roberta! Você tão nova!?
– Roberta: Tem babá pra isso. Não vou desistir da minha faculdade.
– Wallace: É do Rogério?
– Roberta: Claro que sim! Achou que era de quem? Tá me chamando de puta?!? – Fiz a última pergunta encarando-o
– Wallace: Não, minha filha, foi força do hábito. Você soube quando?
– Roberta: Ontem.
– Wallace: Que venha com saúde! Quero ajudar no nome, ein? – Disse e sorriu
– Roberta: Pode deixar!
Dei outro beijo na cabeça dele e ele deu um beijo na minha barriga. Sai do escritório e fui pra cozinha. O almoço tava pronto, então eu me servi. Logo chegou a Mel e a Manu. Elas colocaram a comida delas também e sentaram comigo. Ficamos conversando sobre coisas aleatórios, depois fomos tomar banho e nos trocar. Acordamos as outras meninas e avisei que eu ia pro Alemão com a Mel, e a Mar disse que ia; as outras meninas disseram que iam pra casa, então elas tomaram banho, comeram também e depois eu levei elas na casa de cada uma, já que é aqui no condomínio. Como havia avisado ao meu pai antes de sair de casa que ia pro Alemão, e quando eu aviso isso a ele, ele já sabe que não é só mais dois ou três dias no máximo, então ele só mandou eu ter cuidado. Mandei mensagem pro RGR mandando ele vir me buscar e fui numa loja infantil aqui perto com as meninas. Comprei de presente pra ele um carrinho com caçamba e puxador, com vários brinquedinhos dentro, educativo inclusive, e a Mel e a Mar compraram cada uma presente pra ele, mas roupa. Voltamos pro condomínio e uns 5min depois que mandei a mensagem, chegou uma hilux preta de placa final 33, e já sabia que era o RGR. Saímos todas do condomínio e entramos na Hilux; claro, eu fui na frente.
– Roberta: De quem é o aniversário? – Perguntei já entrando, e dei um selinho nele
– Geré: Do filho do Cobra, do Jacarezinho – Disse pra mim – E aí, Mar, e aí piveta que eu num tô ligado o nome – Disse tocando na mão das duas
– Marjorie: Oiii! Cadê o Talles?
– Geré: Tá lá. Se tu for com a Bel pro aniversário, ele vai com tu – Ela assentiu com a cabeça
– Melissa: Meu nome é Melissa!
– Geré: E aí, Melissa – Disse dando destaque no nome dela, e eu o encarei

A Mel riu e eu encarei-a, mas depois ri também. O RGR parece ser um amor de gente, né?!? Chegamos no Alemão, mas ficamos no pé, e o RGR mandou o Pelé vir de moto se encontrar com a gente pra nós irmos pro Jacarézinho. Logo ele chegou na FB 800, todo arrumado, e a Mar se despediu da gente e montou na garupa da moto. O RGR mandou os soldados do pé avisarem qualquer coisa que acontecesse dentro ou fora do morro e saiu à mil na Hilux. A Mel e o Geré foram conversando o tempo todo, e eu tava até com um certo tipo de ciúmes, mas por que não conseguia me meter na conversa, sabe? Chegamos no Jacarezinho 15h20 e o Geré cumprimentou os soldados do pé e subiu direto pra mansão do Cobra. Estacionou a Hilux na garagem, que o portão tava aberto e tinha um monte de carro, tudo de patrão dos morros comandados pelo Comando Vermelho. Desci do carro com O RGR e a Mel e peguei na mão dele e entrelacei meu braço no braço da Mel, tipo casados. Logo o RGR encontrou conhecidos, e ele sempre me apresentava com mulher e dizia que eu tava grávida, pra todo mundo mesmo ele dizia! Eu ficava até com vergonha, porque minha barriga tava pequena ainda, parecia barriga de gorda, mas fazer o quê, né? Fomos pros fundos da mansão e tinha uma decoração feita no salão. Coloquei o presente do bebê onde tava indicado e já encontrei com a Lays, a ex do Cobra e mãe do bebê que tá fazendo 1 aninho. Eu sou madrinha dele; do Rafinha!
– Rafael: Titiaaaa! – Falou quando me viu, abrindo os braços e colocando o corpo pra frente
– Roberta: Oi, meu amor! – Disse sorrindo, com ele no colo, e dei um beijo na bochecha dele – Oi, piranha! Quanto tempo! – Disse sorrindo, abraçando a Lays de lado, já que tava com o Rafinha no colo
– Lays: E aí, cachorra! Tu some, ein?!? – Disse e sorriu – Quem é essa? – Disse se referindo à Mel
– Melissa: Eu sou a Melissa! Eu estudo... Ou estudava, não sei – Ela riu nessa hora – com a Roberta!
– Lays: Ah, sim, tô ligada! Prazer, meu bem! – Elas se abraçaram – Meu nome é Lays. Ele é o Rafael, mas geral chama de Finha, mas é porque o pai dele deu esse apelido a ele, porque eu odeio. Parece nome de carne!
– Roberta e Melissa: Verdade! – Dissemos rindo
– Lays: Finalmente alguém que me entende! Vem, venham tirar foto!
Posamos pra foto. Na verdade, várias fotos, porque tirei sozinha com as duas, tirei sozinha com o Rafinha, sozinha com a Mel, sozinha com a Lays, nossaaaaa! Fomos andar pela festa e o Rafinha ficou brincando com outras crianças. Os caras estavam sentados numa rodinha, conversando – mas parecia uma briga pelo tom de voz e quantidade de palavrão. Logo achei o Cobra. Ele era gerente do Alemão, mas quando o C.V. tomou o Jacarezinho dos T.C.P., teve uma reunião e ele era o próximo da linhagem, então ele assumiu aqui. Quando crianças, a gente vivia brincando de gangorra e eu sempre caia no chão, porque ele sempre descia com força e eu me desequilibrava – talvez seja esse meu trauma com gangorras.
(Foto do capítulo anterior que eu esqueci de anexar)

(Foto do capítulo anterior que eu esqueci de anexar)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Do Asfalto pra Vida  - 1/ Temporada ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora