Nessa hora, eu, que tava rindo, parei de rir e fiquei séria. Comecei a coçar a nuca e olhar pros lados. O Pelé e o RGR me olharam.
– Pelé: Tá com piolho, é, Robertinha?! – Perguntou debochando
– Roberta: Devo ter pêgo chupando a buceta cheia de cabelo da tua mãe! – Disse seca, sem olhar pra ele
– Pelé: Calma, véi! – Disse rindo – Coé, tá bolada com quê?
– Geré: Qual foi, Bel?
– Marjorie: Ela esqueceu de tomar a injeção anti.
– Geré: "Anti"? – Perguntou sem entender
– Pelé: Remédio pra num engravidar. Tu é burro, viu, Geré?!? – Disse depois que deu um tapa de leve atrás da cabeça dele
– Geré: E eu lá tô ligado nisso, viado! Só trepava com minhas puta usando camisinha que eu mermo trazia! – Disse pro Pelé – E tu fudeu antes disso, Roberta?
– Roberta: Essa semana quase toda eu fudi contigo, e no baile ainda dei pro Dog.
– Geré: Se tu engravidar, num vai tirar esse pivete que tá aí não, tu tá ligada já, né?!? – Disse quase que em tom de ameaça
– Roberta: Ah, vai tomar no cu, Rogério! O corpo é meu ou é teu?!? – Perguntei levantando da calçada
– Geré: É teu, mas o que tá aí dentro é meu também! – Disse me segurando pelo braço, já que eu ia entrar na mansão
– Roberta: E se for do Douglas? – Perguntei seca, encarando ele
Ele me fuzilou com o olhar e soltou meu braço. Chamei a Marjorie e ficamos conversando na varanda da frente da mansão. 21h30, o Pelé foi levar ela na ZS, e o Geré, pelo que eu escutei no radinho dele, que ele deixou em casa, na conexão com os outros radinhos, ele tava na boca, mas num tava com nenhuma cachorra, porque se tivesse, eu ia lá voar em cima dela! 22h30, ele chegou, e eu já tava tomada banho, enrolada na cama.
– Geré: Passei na tua casa e disse pra tua mãe que tu ia dormir aqui hoje. Tinha um cara lá com ela – Disse sem olhar pra mim, enquanto tirava a camisa e botava a .40 dourada dele em cima do criado-mudo do lado dele
– Roberta: É o namorado dele, o Geraldo.
– Geré: Tava ligado não. Ele é de onde?
– Roberta: Leblon.
– Geré: Trabalha de quê? – Disse indo pro banheiro
– Roberta: PM – Disse séria, mas morrendo de rir por dentro da futura reação dele
– Geré: Ele é o quê, Roberta?!? – Disse voltando pro quarto, aumentando a voz, e me encarou
– Roberta: PM. Sabe o que significa? – Disse cínica, olhando pra cara deleNessa hora, a cara dele se transformou pra de ódio. Quer ver o Rogério louco? Fale PM ou algum apelido pra isso perto dele! Ele pegou a pistola dele no criado-mudo e saiu do quarto caminhando rápido e fundo. Comecei a rir e fui atrás dele, né, porque ele ia fazer algo com o meu padrasto mesmo!
– Roberta: Rogério, eu falei zoando, cara! Ele não é PM! Ele é chefe de cozinha no hotel que minha mãe cozinha! Eles se conheceram lá! – Disse descendo as escadas e quando alcancei ele na porta, segurei o braço dele
– Geré: Tu viu tua cara quando tu falou aquilo, Roberta?!? – Perguntou quase que me engolindo
– Roberta: Eu falei zoando! Eu gosto de ver tu com raivinha! Fica muito bonitinho! – Disse tentando falar séria, mas ri no final
– Geré: Ah, véi, vai tomar no cu! Nasci ontem não, tua cara num engana! Eu vou passar o dedo naquele arrombadinho agora! Bem que eu percebi ele olhando demais pra minha cara! – Disse e saiu de casa
– Roberta: Rogério, nãoooo! Eu falei zoando, eu juro! Ele tava te olhando demais porque minha mãe já falou zoando que se fosse mais nova dava pra tu e ele ficou com ciúmes! – Disse na garagem, histérica, quase que gritando
Ele me encarou, mas acabou rindo, e eu ri logo depois.
– Roberta: Ele não é policial, acredita em mim. Se eu soubesse que um PM tivesse infiltrado aqui eu te falaria – Disse quando parou de rir
– Geré: Tu me deixa louquinho, sabia? – Disse passando o cano da .40 na minha cara
– Roberta: Tu também – Disse e tomei a .40 da mão dele
Botei ela no meu quadril e entrei em casa. Ele entrou atrás. Voltamos pro quarto e eu deitei na cama. Peguei a .40 e fiquei olhando, e quando eu apontei ela pra minha cara, ele tomou da minha mão.
– Geré: Tá loca, é?!? Quer morrer com um tiro no meio da fuça?!? Se quiser, eu dou, pô, é só pedir! – Disse me olhando feio, desmuniciando a .40 com ela apontada pra parede
– Roberta: Eu tava olhando! Tu acha que eu sou doida de atirar em mim é?!?
– Geré: Vai que tu aperta em algo errado!
– Roberta: Eu num sou criança, não! – Disse tomando a pistola da mão dele quando ele ia pôr ela no criado-mudo – Ainda tirou as munições – Disse com raiva, enquanto ele ia pro banheiro
Fiquei olhando ela todinha e tinha bem pequeninho umas paradas escrito. Acho que era a data de nascimento e de morte da mãe e do pai dele, não sei. Quando ele saiu do banheiro todo cheirosinho, pronto pra dormir, comecei a encher ele de pergunta sobre ele assunto depois que cai em cima mesmo, e ele perguntou tudo sem bufar. Falamos muito dos pais e do tio dele, e ele até chorou um pouquinho no final. Eu nunca tinha visto ele chorar e fiquei até – novamente – honrada por vê-lo chorar! Comecei a conversar sobre outro assunto qualquer pra ele não ficar pensando nisso e depois fomos dormir. Dormi com a cabeça no peito dele, com ele fazendo cafuné em mim. Assim eu me apaixono mais e mais! <3– Geré narrando –
Acordei no outro dia com a porra do despertador da Roberta. Desliguei ele e até tentei dormir, mas tocou tão alto que eu perdi o sono e fiquei reclamando de propósito pra ela acordar, e ela já acordou me encarando. Levantou e foi pro banheiro. Eu fui atrás depois de uns minutos.
– Geré: Odeio acordar com zuada!
– Roberta: Por que quis que eu dormisse aqui então? – Respondeu de olhos fechados, sentada na privada
– Geré: Eu num pedi pra tu dormir aqui, tu já foi dormindo!
– Roberta: Se tu tivesse incomodado comigo aqui, teria mandado eu ralar peito.
– Geré: Devia ter mandado – Ela não respondeu – Tu caga sempre de manhã com os olhos fechados? – Perguntei de braços cruzados, encostado na parede de frente a ela
– Roberta: Sempre – Disse rindo, me olhando – Sai daqui! Meu cu trava quando alguém tá na minha frente!
Ri, mostrei o dedo do meio pra ela e sai do banheiro. Fui na cozinha ver o que tinha pra comer e fiz dois pão com queijo e presunto. Sentei no banco, ainda voando de tanto sono, e comecei a comer no automático. Acordei com ela comendo com a cabeça na minha barriga, quase deitada.
– Geré: Se eu levantar aqui, tu cai com a cara no chão, tá ligada, né?
– Roberta: Tu num faria isso comigo.
– Geré: Tu bota uma fé do caralho em mim mermo, né?!? – Perguntei rindo
– Roberta: Eu confio em tu, tu sabe.
Sorri todo besta sem ela ver. Quando terminamos de comer, ela fez chocolate quente pra nóis e depois subimos as escadas. Escovamos os dentes e eu mijei na frente dela memo. Ela abriu bem os olhos quando viu meu pau e saiu do banheiro rindo sem que eu me ligasse, mas eu me liguei. Troquei de roupa e desci com ela. Era 6h30. Deixei ela no colégio dela, e caralho, quanta mina gata. Eu tava com óculos escuros e até abaixei o vidro pra olhar as piveta. As calças era tudo tipo a calça da Bel, bem apertadinha, e eu tava até ficando louco com tanta bunda pra olhar. A Roberta, quando ia entrando no colégio, virou pra trás pra me dar tchau, mas percebeu que eu tava olhando de boca aberta pra as outras mina e me fuzilou com os olhos. Nessa hora, eu olhei pra ela, ainda de boca aberta pra ver o que ela fazia, e ela encontrou com um moleque lá e abraçou ele. Quase que pula em cima do pau do pivete! Encarei ela, sem os óculos, e ela percebeu e sorriu debochada, depois entrou no colégio.
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Do Asfalto pra Vida - 1/ Temporada ✨
FanficÉ incrível como a vida tem a capacidade de juntar e "desjuntar" as pessoas, né? Logo eu, que sempre odiei certas pessoas, hoje sou tão amiga delas, e vice-versa. Eu posso dizer uma coisa: nunca digam ter certeza de algo, como eu dizia até um ano atr...