Capítulo 14- Pedro / Mariana

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Pedro

Sei que fui precipitado, sei também que minha proposta a assustou, mas Mariana é realmente a mulher com quem quero dividir a minha vida, e essa certeza se faz mais concreta enquanto estou a observando dormir.

Ela me traz paz, me acalma mesmo quando quer me irritar, além disso, nossos corpos se encaixam perfeitamente, como se realmente fossemos feitos um para o outro, sem contar a química que existe entre nós...É como fogo e gasolina.

O dia está clareando, os primeiros raios de sol começam a iluminar a cortina do meu quarto, penso em me levantar e preparar algo para o nosso café da manhã, mas Mariana se mexe e começa a despertar.

— Bom dia. — Inclino-me para depositar um beijo em seus lábios.

Ela esfrega os olhos e sorri, então estica os braços para se espreguiçar, ao fazer isso, parte do seu colo fica exposto, lembrando-me que por debaixo dos lençóis ela está nua.

— Bom dia, Pedro. — Boceja com letargia. — Que horas são? — pergunta com uma ponta de preocupação.

— Ainda é bem cedo, seis e vinte — respondo, depois de olhar para o relógio em meu punho. — Não me diga que você tem que ir trabalhar...

Ela nega com a cabeça.

— Pelo amor de Deus...Eu dobrei ontem, hoje é meu merecido dia de folga. —Faz uma careta. — Estou preocupada com os meus pais, eu acho que minha mãe não engoliu a história de que eu resolvi dormir na casa da Luíza.

— E eu achando que você já era maior de idade —zombo.

— Bobo! — Ela empurra meu ombro.

— Eu estou brincando, na verdade admiro muito quem tem esse respeito com os pais, até porque, eu tenho uma filha, portanto...

— Tem razão, vai sentir na pele quando a Lorena começar a mentir sobre seus namoradinhos. — Ela me provoca.

Passo as mãos pelo rosto.

— Não gosto nem de pensar nisso e, ainda bem que vai demorar bastante para ela chegar nessa fase, até lá eu vou estar mais musculoso e vou assustar a molecada que se meter com a minha garotinha — discurso e arranco uma gargalhada jocosa de Mariana.

— Meu pai não é musculoso e nem alto, mas é diretor de colégio, então, vai se preparando. — Ela ainda ri.

— Isso significa que um dia vou conhecê-lo? — pergunto animado com a possibilidade. — Mariana puxa o lençol e o envolve em seu corpo, em seguida se levanta e para bem em minha frente.

— Se não me falha a memória, você me pediu em casamento ontem, ou será que aquele papinho foi só para passar a noite comigo?

Levanto-me e puxo-a de encontro com meu corpo.

— Nunca falei tão sério em toda a minha vida. — Seguro sua nuca e trago seu rosto para bem perto do meu.

— Então, Pedro Mota Assunção, vai se preparando para conhecer o meu pai, só não esquece de comprar um anel, porque para pedir a minha mão, vai ter que ser do jeito tradicional — sentencia toda marota.

Sinto meu coração pulsar com mais entusiasmo, nem mesmo eu imaginava que me sentiria dessa forma, tão emocionado.

— Mariana...Não brinca comigo... — repreendo-a, temendo estar criando falsas expectativas.

— Eu jamais brincaria com algo tão sério. — Ela mantém seus olhos nos meus. — Você pediu e eu disse que precisava pensar, mas ter dormido aqui, grudadinha em você, me fez perceber que eu vou adorar fazer isso pelo resto da minha vida, então, para que perder tempo?

Era para ser assimOnde histórias criam vida. Descubra agora