Capítulo 4- Pedro/ Mariana

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Pedro

Acordo bem-disposto, a festa de aniversário do meu bar precisa ser um sucesso e eu não vejo a hora de que a noite chegue.

Vou dar uma passada na academia, apenas para ver como andam as coisas, mas antes disso, vou até o quarto de Lorena.

Para minha felicidade, a pequena está acordada, brincando com o próprio pé, assim que me vê, escancara o sorriso mais lindo do mundo e nesse momento meu mundo fica perfeito.

—Vamos tomar um banho, meu amor? — Pego-a no colo e a encho de beijos.

De banho tomado e alimentada, coloco-a no carrinho e a levo para sala, dona Bina vai ficar o tempo todo com a minha filha, e, embora não seja necessário, eu explico para ela onde onde estão os remédios, o leite a papinha e também deixo grudado na geladeira um papel com todos os telefones onde ela pode me encontrar.

—Seu Pedro...Vá em paz. O senhor sabe que eu vou cuidar muito bem da Lorena, não precisa se preocupar. —Ela toca o meu braço e eu apenas sorrio. Sei que ela tem razão, mesmo assim não consigo partir cem por cento tranquilo.

—Amor do papai...Eu prometo que no domingo vou recompensar você... —Abaixo-me para beijá-la. —Vamos passar o dia todo juntos.

Sei que ela ainda não entende, mesmo assim sorri para mim como se aceitasse a minha barganha.

*****

Minha passagem pela academia leva um pouco mais de tempo do que eu imaginava, mas é por uma boa causa, com o verão dando as caras, as pessoas querem ficar com o corpo em forma por isso as matriculas não param de chegar.

Depois de dar todas as instruções ao Bruno, vou direto para o meu bar, os trabalhos estão a todo o vapor e eu até poderia aproveitar para descansar um pouco, mas adoro colocar a mão na massa, ou melhor, nas bebidas.

Vou para o estoque e começo a contar as caixas de cerveja e também as de whisky e vodka, três das bebidas mais vendidas da casa. Temos o bastante para atendermos ao menos duas semanas seguintes. Antes de subir para o meu escritório, procuro por Josias.

—Seu Pedro, esta é a Mirella, a hostess que contratamos para trabalhar na festa de hoje. —Ele me aponta uma jovem loira, muito bonita.

—Boa tarde. —Ela estende a mão para mim e sorri enquanto me olha dos pés à cabeça.

—Boa tarde —respondo de forma mais seca do que gostaria. Na verdade, faço isso para manter uma distância segura das pessoas que são contratadas por mim, aprendi isso dede o meu casamento e levo isso como uma regra. —Josias, eu preciso falar com você por um segundo. —Gesticulo com a cabeça, chamando-o para perto do balcão.

—Mirella, pode ir se arrumar, o banheiro feminino fica no fundo á direita e temos também um quarto de despejo bem ao lado. Fique à vontade. —Josias explica tudo para a garota e logo depois se aproxima de mim. —A moça nem conseguiu disfarçar que gostou do senhor.

Puxo o ar para evitar soltar um palavrão.

—Pior para ela, afinal, se ela me faltar com o respeito, neste bar ela nunca mais trabalha —digo sério. —Mas agora, vamos ao que interessa, ou melhor, para o que de fato me preocupa...

—Está falando da maluca da Silvia? —meu funcionário parece adivinhar.

—Isso mesmo...As ordens são claras... Hoje ela não entra aqui, eu não quero que a festa do meu bar seja estragada por causa das doidices dela.

—O senhor é quem manda, mas a última vez que eu tentei barrar ela, quase fui agredido.

Dou a volta no balcão e paro bem perto dele.

Era para ser assimOnde histórias criam vida. Descubra agora