Capítulo 31

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No capítulo anterior

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      Lorna estava certa de que a sua viagem para o Paquistão lhe traria grandes resultados, inclusive, ela esperava o fim disso tudo.

Rapidamente Lorna fez uma pequena mala pois não pretendia passar mais de que uma semana no país, a passagem foi comprada às pressas e logo ela estava sentada na poltrona do avião. Seriam mais de 24 horas de voo até chegar a Abbottabad, um bairro histórico, famosa por inspirar quadros que retratavam o romantismo, a província ficava ao sul do Paquistão.



No desembarque Lorna pegou um táxi e seguiu direto para a casa mais acolhedora daquela vila, o jardim era lindo e bem cuidado com flores das mais diversas qualidades, muitas raras, era uma das grandes paixões da senhora Kamal. O balanço de madeira ainda estava lá, aparecia em quase todas as fotos de infância da Nas e da irmã mais nova, a Amélia, sempre foi um bom lugar para observar a chegada da noite e ver as estrelas.

- Lori por que não me avisou que viria? Eu teria ido lhe buscar no aeroporto. — Perguntou a Sra. Kamal ao recebê-la na porta. Mesmo com tudo ela insistia em manter o seu sorriso.

- Me desculpe Sra. Kamal, eu nem sabia se deveria ter vindo. — Disse ela ainda parada na porta.

- Por que não filha? Você está em casa! — Falou lhe abraçando. — Venha, entre. Vou pedir para levarem a sua mala até o seu quarto.

- Eu não quero incomodar, não vou passar muito tempo, tem algumas coisas que eu queria ver pela última vez. — Ela falou olhando para cada parte daquela casa. — Queria reviver algumas lembranças boas que passei aqui, com a Nas.

Logo ela levou a recém-chegada até a sala de jantar onde os empregados já tinham montado uma mesa com as especiarias do lugar, algumas das comidas Nas sempre preparava na sua casa em NY, cozinhar era uma paixão e uma forma de distração da agente, que muitas vezes buscava sua tranquilidade agradando as pessoas que mais amava através dos seus pratos.

- Você será sempre bem-vinda aqui! Desde a primeira vez que a Nas me falou sobre você eu sentia que seria bem mais que uma amizade. — Disse ela observando Lorna que não tinha tocado em nada da comida. — Há quanto tempo você não dorme direito filha?

- Semanas. — Confessou ela. — Eu não aceito o que aconteceu, a forma como aconteceu. Tiraram alguém que a gente tanto amava Catherine, e eu não acho justo ficar de mãos atadas. — Lorna lamentou, ela trazia consigo um ar de tristeza e sofrimento.

- Você sabe que quem fez isso é capaz de coisas muito piores, não é? — Disse ela que sabia um pouco, mas o suficiente para sentir medo. — Eu nunca concordei com o trabalho do meu marido e quando a Nas decidiu seguir o mesmo caminho eu senti um frio enorme na barriga, mas também sentia orgulho da filha que eu eduquei com tanto esforço, com tanto carinho. — Ela secou as lágrimas. — Lorna você é mãe, precisa proteger a Emm, sei que tudo o que você faz é por ela e para o bem dela, mas não se arisque com isso, o pai dela também precisa participar disso, ele tem esse direito.

A MORTE TEM COR Onde histórias criam vida. Descubra agora