O Sequestro || Sabiany

Capítulo 04♤

Sabina

Any estava fazendo de tudo para ficar acordada até chegar ao destino. Todos estavam em cima dela, preocupados. Eu poderia dizer que eu posso ajudá-la a tirar a bala, mas todos estão apavorados demais e não me escutam.

- Mãe por favor, eu voltei pra você por favor. - diz a filha dela chorando segurando sua mão.

- E-eu vou f-ficar bem, amor. - diz Any com dificuldades.

- Como essa merda foi acontecer? - diz Joalin.

- Gente, estamos chegando! - grita o loiro do banco do motorista.

Olho pela janela, e só vejo árvores. Volto minha atenção para dentro e vejo todos aflitos, acho que agora da pra mim falar.

- Eu posso ajudar ela. - minha voz ecoa pelo lugar fazendo todos me encararem, menos Any que está de olhos fechados gemendo de dor.

- Por que não disse antes sua vadia? - diz Joalin me olhando nervosa.

- Eu tentei dizer mas vocês estavam todos apavorados, e falando ao mesmo tempo...- dou de ombros. A mesma ainda me fuzila com os olhos.

- Chegamos, os meninos vão levar a Any pro quarto dela na casa, e você vai ajudá-la. - diz Heyoon autoritária. Todos concordam. Percebo que ela é a segunda mais poderosa daqui, e depois dela tem a loira que cismo comigo.

A porta da van e aberta, todos vão descendo um por um. Any está sendo carregada por dois dos garotos que estavam aqui. Heyoon pega em minha mão me ajudando a descer da van.

Olho para a casa, quer dizer mansão, que estamos. Eles são bem poderoso.

Entramos na casa. Me deparo com uma espécie de hall de entrada. Sigo os passos de Heyoon para um elevador? Olho a enorme sala de estar antes de entrar no elevador. Só está nos duas.

- A Any foi pelo outro elevador. - diz. Concordo com a cabeça. - Eu não sei o que vai ser daqui pra frente, mas conta comigo, eu vou te ajudar, o erro foi nosso em te sequestrar.- diz olhando para suas mãos.

- Tudo bem, obrigado por me defender da loira. - digo ela me encara sorrindo - Agora eu tenho que aceitar o que vai ser de mim daqui pra frente. - digo dando de ombros. A porta do elevador se abre. Mostrando o quanto essa casa e luxuosa. Um corredor bem iluminado, e com várias portas, no fim do corredor tem uma grande porta.

Ela sai e eu acompanhei seus passos. Andamos até a grande porta no final do corredor.

- O destino as vezes nos prega um peça, que não podemos evitar, somente viver o que ele nos proporcionou! - diz. Se virando para mim. A expressão em seu rosto e neutra. Fico em silêncio.

Ela abre a porta e entramos, um quarto espaçoso é revelado. Tons de cinza e preto, predominam no quarto. Vejo Any deitada na enorme cama, atrás uma enorme janela, com a vista para área de lazer da mansão. A noite está estrelada. O que deixa a vista mais bonita.

Vejo a filha de Any ao seu lado, junto com Joalin.

- Eu vou precisar que vocês a segurem, como não tem anestesia. - digo e elas concordam.

Me sento perto de Any, levanto sua blusa, e vejo melhor onde a bala está. Pego um pano da caixa de primeiros socorros, e começo a limpar o sangue para poder ter uma visualização do ferimento melhor. Pego uma pinça, passo o álcool e vou em direção para retirar a bala. Olho para as meninas, que entendem, e começo a retiração.

Any grita de dor, estou quase fechando o ferimento.

- Essa merda dói. - ela grita. Termino os pontos, faço um curativo e pronto.