Boa leitura 💚🍃
POV - Sabina
— Sina ? - Acabava de chegar do centro da cidade, depois de uma manhã intensa de compras - Amor ?
Procuro a mulher pela casa colocando as sacolas em cima da mesa. Não ouvia nada, nenhum som de televisão, chuveiro ou algum grito. Estava tudo muito silencioso, o que era estranho se tratando de Sina e nossa filha.
— Pequena ? A mama chegou - Subo as escadas olhando para os quartos, mas ali também elas não estavam - Não acredito que você está outra vez no lago Sina.
Falo para mim mesma depois de encontrar algumas peças de roupa em cima da cama. Desci caminhando pelo velho caminho de grama verde. O sol que fazia do lado de fora me fez estreitar os olhos, dificultando um pouco minha visão.
Não tardo para ouvir gritinhos infantis naquela parte específica de onde morávamos. Era o lugar favorito das duas. Desde que ela nasceu minha esposa fez questão de ensiná-la a nadar.
O que eu poderia fazer ? Só me restava admirar.
— De novo mamãe - Mal chego no local e encontro mais roupas e toalhas espalhadas pelo chão.
— Só mais uma vez, não quero que você se machuque - Junto o que encontro prendendo sobre o braço direito - No 3.
E as duas começaram a contar juntas em mais uma tentativa de pulo sobre a água. Meu maior medo era de um dia acontecer o pior, mas no auge dos seus cinco anos minha pequena nadava melhor do que eu.
Fechei os olhos quando seu pequeno corpinho pulou fazendo o barulho de água ser ouvido, segundos depois houve uma comemoração e foi preciso abrir para ver o amor que transbordava bem diante dos meus olhos.
— Muito bem, estou orgulhosa - Sina a pega no colo.
— Você viu mamãe, desta vez foi mais rápido - Sento em um tronco de árvore que tinha alí perto, não querendo atrapalhar a interação.
— Eu vi, só precisamos ter cuidado para a sua mãe não ver você fazendo isso. Já imaginou se ela nos pega - Reviro os olhos.
Eu sei de tudo Sina Maria.
— Mas mama briga com você mamãe, não comigo - Fato - Até por quê é você quem me ensina.
Contive a risada colocando a mão na boca. Para uma menina de cinco anos ela era bem esperta. Falava praticamente tudo, comunicativa até demais. Está sempre cercada de amigos e não existe tempo ruim.
Cada dia que passava ficava mais a cara da minha esposa, mudava somente a cor dos olhos. Grandes em um castanho mel belíssimo iguais aos meus. Coisa que rende suspiro de todos quando a conhecem.
— As vezes esqueço que o seu sangue é latino e que o complô latino está sempre contra a minha pessoa - Cruzo os braços observando minha esposa virar o corpo e me encontrar - Opa.
— De novo Sina ? - Se eu não me engano, era a segunda vez no dia.
— Está calor amor - A pequena fez gestos para sair do colo da loira que caminhava para onde eu estava - Calma, sei que você prefere ela do que a mim.
— Não diga besteiras - Falo pegando o roupão rosa de capuz minúsculo - Vem cá meu peixinho.
E logo ela vem correndo abrindo os braços na minha direção. Amava tanto que não cabia mais em mim tanto amor desta forma. Como um raio seu corpinho vestido em um biquíni braco de borboletas se choca contra o meu, molhando toda a minha roupa.