Mr. White, Mr. Right

Fãs e Ressaca

      Dei um Google no bar que a equipe de Tom havia falado e vi que era bem diferente do que eu estava habituada a ir no Brasil.
      Optei por um macacão preto bem justo e cabelo solto. Isso teria que servir. Fiquei com medo de ir arrumada demais ou de menos. 

"Estamos chegando" 

     Tom me avisou por mensagem. Achei melhor descer. Não seria bom que ele saísse do carro. 

“Tudo bem, vou descer e te encontrar. Não se exponha."

      Quando o carro estacionou, Rob desceu do passageiro e abriu a porta para mim. Karen estava no banco traseiro. 

— Uau, então uma brasileira produzida é assim? — Frank me elogiou à sua maneira. 

— Eu estou produzida? — Lhe provoquei, olhando em volta.

Tom vestia uma camisa verde bem clara, com as mangas dobradas e calça caqui. A camisa estava bem amassada. Os meninos estavam casuais e Karen vestia um tubinho preto de gola alta.

      O bar era na vizinhança, então, logo estacionamos. Tom me ajudou a sair do carro e fez o mesmo com Karen. Caminhamos todos juntos para uma mesa externa. 

      Assim que nos acomodamos, os fãs começaram a chegar um por um. Tom os atendia sem reclamar. 

— O que vai pedir, Alana? — Frank perguntou me entregando o cardápio. 

— Não vamos esperar por Tom? — perguntei, assistindo-o de longe. 

— Só se quiser sair daqui sem beber ou comer — Karen disse já se levantando. — Vou ajudá-lo e ganhar uns minutos de sossego. 

      Ela saiu e cumprimentou as pessoas em volta dele, se oferecendo gentilmente para tirar as fotos. 

— Vá se acostumando. É sempre assim — Rob disse calmo. 

     BEu precisaria de bebida para aguentar isso. 

— Vou querer uma Margherita, por favor — Falei fechando o cardápio. 

— Tem preferência para a comida? — Frank perguntou. Mas eu havia perdido a fome. 

— Algo com camarão está bom — Respondi. 

      Tom vinha em nossa mesa, mas conseguia passar poucos minutos e logo outra turma de fãs o abordava novamente. Enquanto isso, eu fui da Marguerita ao whisky. 

      Como não dancei, o álcool me deixou mole. Acabei dormindo na mesa. 

Saímos antes da meia noite. 

— Venha, você consegue caminhar? — Tom me guiava pela cintura. 

— Quero dormir — Falei. 

— Você já está dormindo — Ouvi Frank dizer. 

— Calado — Rob o repreendeu, mas também sorria da minha situação. 

      Acho que dormi o caminho todo, porque só despertei quando me colocaram em uma cama e voltei a dormir. 

      Acordei no meio da madrugada. Algo peludo estava nos meus pés e ouvi a respiração suave de alguém ao meu lado. Era Tom. Eu estava em sua cama. 

      Levantei, abri o zíper do meu macacão e coloquei a camisa verde que Tom usara mais cedo. 

— Hey — Ele falou sonolento quando eu voltei para a cama. 

— Hey. Durma... — falei acariciando seu cabelo, e ele adormeceu. 

     Fiquei olhando-o sem acreditar na minha sorte. Adormeci também. 

6:30am - piii piii piii piii

Woof! 

— Estou ferrada! Tom? — Ele não estava na cama. 

     Levantei e pus meu macacão de volta. Tom estava com roupa de treino, vindo da academia que ele tinha em casa. 

— Você não chegará atrasada. A levarei de moto — Disse ele, super calmo.

— Obrigada. Vou ter que tomar café no trabalho, não quero mesmo chegar tarde. 

      Tom voava naquela Ducati. Em dez minutos eu cheguei em casa. 

— Vejo você mais tarde. Prepare uma mala — Ele disse e se foi logo em seguida. 

      Só tive tempo de subir, escovar os dentes e lavar o rosto. Troquei de roupa e desci. Eu estava péssima!

      Mrs. Thomas já me aguardava com sorriso de raposa e um café na mão. Eu teria que contar-lhe tudo. 

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Sumi tão rápido quanto voltei. Eu estou chegando perto da meia noite em casa, por conta do trabalho. Mas, quero deixá-los entretidos com mais alguns capítulos. Curtam, comentem... Eu gostaria de saber o que se passa na cabecinha de vocês enquanto vão avançando na história.
"Terá algum vilão?", "Alguém morre?", "gostei de fulano "...