Boate e Reggaeton

342 28 9
                                    

       Dali em diante, eu passei a ser alguém constante na vida de Tom. Até o acompanhei onde seria a locação das gravações, em Budapeste. Fomos de jatinho. 

— Estou com saudades das baladas brasileiras. Aqui, as pessoas não dançam — Lhe disse enquanto fazíamos o caminho de volta para Londres. 

— Você acredita que eu fui em uma balada gay no Brasil? Gostei bastante — Tom confessou. 

— Sabia. Mas você é... Bi? — Agora eu estava curiosa. 

— Não que eu saiba, acabei indo por engano. Mas me diverti muito, as pessoas são extremamente animadas. 

— É disso que eu sinto falta. Até um funk eu dançaria, se tocassem — Foi só falar isso e Tom me olhou com surpresa. 

— Você dança daquele jeito? — Eu não sabia decifrar o que se passava em sua cabeça. 

— Que jeito? 

— Fazendo aquelas coisas com a bumbum?! — Ah, era isso. 

— Não sou nenhuma profissional, mas sei me mexer. Está no sangue. 

      Tom levantou meu cabelo e falou em meu ouvido. 

— Eu quero ver. 

— Você verá. 

      Naquela mesma semana, fomos em uma boate super animada e eles não tocaram funk, mas tinha muito reggaeton e eu me movia sensualmente, trazendo rebolados do funk para as batidas latinas. Tom maravilhado. 

      Quando as pessoas começaram a perceber sua presença, saímos de fininho. 

— Quase estragaram nossa noite — Ele estava ofegante quando entrou no carro. Pulei em seu colo, desabotoando sua camisa. 

— Você ainda vai nos fazer ir presos por atentado ao pudor — Mas o volume em sua calça discordava de seu protesto. 

— Então vou fazer valer a pena. 

      Sabem a expressão "nem guindaste"? Pois é. Só parei quando estávamos os dois mais que suados, no clímax do clímax. 

— Acho que vamos ter que ir de táxi, você me deixou sem as pernas — Tom respirava com dificuldade. 

— Você disse que queria ver como eu rebolava — Eu disse na maior cara de pau.
Olha no que esse homem havia me transformado. 

       Tom e eu havíamos desenvolvido essa necessidade um do outro. Ele me acordava com toques quentes e eu também.

       Apesar do trabalho corrido, ele sempre encontrava tempo para mim. Sua agenda começou a apertar mais por conta dos treinos e da dieta. Mas eu o acompanhava sempre que possível, disfarçada na equipe.
      Karen estava me ajudando como ninguém a entender de seus compromissos. Eu já ne me sentia à vontade. 

Pela primeira vez, eu estava realmente feliz.

Mr. White, Mr. Right Onde histórias criam vida. Descubra agora