Minha sogra disse que Tom havia conversado com ela há alguns dias e ele concordara em uma visita surpresa para mim enquanto eu estava sozinha.
— Mas o que aconteceu com ele? Não consigo entrar em contato — Aquilo já estava me fazendo acelerar os batimentos. Os bips do aparelho estavam frenéticos.
— Isso eu não sei dizer, mas depois de hoje, estou levando-a para minha casa. Você não pode mais ficar sozinha assim. Acalme-se, por favor. Pense no bebê — Minha sogra dizia com olhos preocupados.
— Você acha que ele está bem? Eu recebi umas mensagens... — Eu ficava tensa só de lembrar.
— Mensagens? — Ela estava confusa — Não pense nisso por agora. Lembre do seu bebê... de Tom. Ele retornará em breve.
Uma enfermeira entrou e pediu que eu me acalmasse.
— Vamos fazer o seguinte — Disse Mariane — Eu analiso as tais mensagens enquanto você descansa. Depois, podemos tomar uma decisão juntas. Okay?
— Okay. Mas não me deixe sozinha, por favor.
— Estarei aqui.
Eu consegui dormir e mais tarde, o médico do plantão veio me ver.
— Então, doutor. Está tudo bem com eles? — Marianne foi direta.
— Sim, o menino é forte.. Mas a mãe necessita de repouso absoluto. Ela terá que suspender atividades físicas e não pode mais se estressar — O médico sentenciou — Pela manhã ela estará de alta.
Um menino. Era um menino.
— Seguiremos suas orientações, doutor. Muito obrigada. — Agradeceu Marianne.
O médico saiu.
Minha sogra virou-se para mim — Viu só? Tudo termina bem quando acaba bem. Iremos para minha casa. Isso deixará Tom menos preocupado. Ele vibrará quando souber que vocês terão um menino!
Decidimos reportar o perfil e as mensagens às autoridades e anexamos meus laudos médicos para ganhar força na investigação.
Tom ficou felicíssimo com minha mudança. Ele estava em uma locação difícil, em uma espécie de mangue, por isso ficou sem sinal e sem bateria.
— Me desculpe não avisá-la. Você passou maus bocados por minha causa. Minha mãe é a melhor, você estará em boas mãos.
— Eu sei, amor. Mas não quero mais falar disso. Eu e o bebê estamos bem, a propósito, teremos um menino!
Tom abriu e fechou a boca várias vezes. Eu sei que ele queria um menino.
— Você sabe que qualquer sexo seria bem-vindo, mas eu mal posso esperar para vê-lo. Estamos progredindo rápido. Em breve, estarei em casa — Enquanto ele falava animado, eu analisava cada pedacinho seu pela tela do celular.
— Eu te amo, você sabe disso, não é? — Eu tinha medo de não poder dizer-lhe novamente — Se alguma coisa me acontecer, eu quero que você saiba que eu vou te amar de onde eu estiver.
— Não diga isso, Alana. Você não vai a lugar nenhum. Eu não vou permitir — Tom também estava com medo. Não sabíamos quem estava me vigiando, se ainda estava me vigiando.
— Pela primeira vez, tive medo. Medo de não o ver mais antes... — Minha voz quebrou.
— Shhh, você está segura agora. Eu estou movendo uns pauzinhos. Em breve, pegaremos esse infeliz.
Os dias passavam mais rápidos, pois a casa dos White estava sempre cheia, com filhos, noras e netos.
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Cheguei de novo e mais cedo hoje! Gente, eu tô tão feliz pelo crescimento da participação de vocês. Queria dar as boas-vindas às nossas novas leitoras que me presentearam com estrelinhas. Obrigada, Lara-Araujo, Nanyreis10, Alannalovesmj e geovanajs.
Devo passar uns dias em casa, preparando aula e revisando textos (sim, estou em dois empregos), então, espero poder atualizar aqui em horários mais respeitáveis :p
A propósito, se vocês notarem algum errinho, me sinalizem nos comentários? A gente lê e relê tantas vezes, que fica cega. Beijinhos e até o próximo!
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Mr. White, Mr. Right
RomanceOs clichês de filmes românticos acontecem quando menos se espera. Quem imaginaria que um intercâmbio em um mundo pós-pandemia renderia a Alana os melhores e piores momentos de sua vida? O destino - que as vezes usa pessoas e, nesse caso em especial...