Apesar de gostar da correria, era como se eu estivesse em dois empregos. Eu já passara por isso antes e havia desenvolvido uma espécie de gastrite nervosa.
Eu andava fraca, suando frio e com enjoo. Comprei Dramin para aliviar um pouco.
Fora esse o remédio que me administravam quando eu dava entrada na emergência no Brasil.— Querida, não quer ir no hospital e fazer uns exames? Faz dias que a vejo muito pálida. Pode ser falta de ferro — Até Mrs. Thomas começara a notar.
— Que nada. Eu já tive isso antes — A tranquilizei.
Tom estava fora, sem previsão de retorno. A equipe foi com ele.
Certa manhã, Mrs. Thomas me pediu que batesse o tapete da entrada. À medida que eu caminhava, sentia a respiração ficar mais difícil, mas continuei. Minha testa estava pegajosa.
Quando levantei o tapete, senti um zumbido no ouvido, ao mesmo tempo que ouvi um latido de Koul. Perfeito, eu estava delirando. Minha visão começou a ficar turva e o chão se aproximava rapidamente. Alguém impediu minha queda, segurando minha cintura e eu apaguei.— Afastem-se. Deixem ela respirar — Eu sentia alguém me abanar.
—Ela está voltando — Ouvi Mrs. Thomas dizer.
— Alana, sou eu. Consegue me ouvir? — Era Tom?
— Tom? — Consegui perguntar.
— Oi. Que susto você nos deu! Hoje mesmo farei Karen acompanhá-la no hospital.
Me levantei, sentando-me.
— Quando voltou? — Era tudo o que eu queria saber.
— Nesta madrugada. Quis te fazer uma surpresa, mas cheguei a ponto de impedir que você caísse no chão.
— Foi só estresse. Já tive isso antes.
Mas as pessoas haviam tirado muitas fotos minhas nos braços de Tom. Isso não era bom.
— Vá, por favor. Você está se expondo — Ainda bem que ele me ouviu.
— Cuide dela, por favor. Eu voltarei — Ele disse à Mrs. Thomas e se foi.
— Querida, eu não acho que isso seja estresse — Pelo tom de Mrs. Thomas, eu já sabia do que ela estava falando.
— Não pode ser, nós... — Mas minha voz foi morrendo quando lembrei daquela vez, no carro.
Eu fiz um teste de farmácia e ele confirmou as suspeitas de Mrs. Thomas.
Ela me disse que pensaríamos nisso juntas. Eu precisava contar a Tom. Só não sabia que não teria oportunidade.
Alguma das imagens do meu desmaio chegou à minha agência, que veio e me obrigou a fazer uma bateria de exames. Assim que os resultados saíram, eles me chamaram para uma conversa.
— Quem é o pai? — O diretor quis saber — Na verdade, isso pouco importa agora. Você terá que deixar a Inglaterra imediatamente. Isso quebra seu contrato de permanência no país.
— Quanto tempo eu tenho? — Eu precisava falar com Tom.
— Nenhum. Precisa partir hoje mesmo — O diretor foi pontual.
"Mas eu preciso falar com ela" Ouvi uma voz familiar, abafada do lado de fora. Era Karen.
Abri a porta a mais de mil.
— Karen! — Corri para ela como se fosse minha tábua de salvação — O que faz aqui? Onde está Tom?
— Oi, querida. Está tudo bem. Eu consegui parar as fotos de Tom com você nos braços, mas ele me pediu que viesse ajudá-la. Ele já sabe sobre a sua...
— Oh, Tom! — Quase chorei.
— Deixe-me resolver isso, okay? Espere lá fora, por favor. Eu não demoro.
Parecia uma eternidade. E agora? Eu consegui. Destruí minha chance aqui e a carreira de Tom. Eu sou uma burra!
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Eu noto vocês, viu? Só consigo vizualizar quem curte ou comenta e, se pudesse, dedicaria os capítulos novos a cada uma de vocês. Então, meu muito obrigada, VivianeSousa033, pelo carinho em forma de estrelinhas. Essa aqui vai pra você, seja bem-vinda! 🌟
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Mr. White, Mr. Right
RomanceOs clichês de filmes românticos acontecem quando menos se espera. Quem imaginaria que um intercâmbio em um mundo pós-pandemia renderia a Alana os melhores e piores momentos de sua vida? O destino - que as vezes usa pessoas e, nesse caso em especial...